Clark Gable e Paulette Goddard: O casal atômico de Hollywood

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Após a guerra, Clark Gable teve uma série de romance com várias atrizes, roteiristas e socialites. E com a espirituosa atriz Paulette Goddard.

Paulette foi abençoada com um rosto belíssimo, mais conhecida pelas comédias que fez, como os clássicos Tempos Modernos e O Grande Ditador. Um de seus filmes de maior sucesso foi As Mulheres. A atriz começou sua carreira em Hollywood no início da década de 1930 como uma garota loura da Goldwyn, mas mostrou que tinha talento para o drama e foi indicada ao Oscar por seu desempenho em A Legião Branca (1943). Ela também demonstrou que pode dançar em Second Chorus (ao lado de Fred Astaire) e Pot o’Gold (com James Stewart).

Paulette era uma das favoritas para interpretar Scarlett O’Hara de E o Vento Levou, mas acabou perdendo o papel porque o produtor David Selznick hesitou em assinar o contrato por causa do marido dela, um certo Charles Chaplin. A atriz ficou muito abalada por não ter sido escolhida, e teria chorado durante dias. Seu casamento com Chaplin também foi envolto em mistérios, e não se sabia se de fato os dois tinham casados oficialmente. Em 1949 os dois já estavam separados e Clark Gable iniciou uma aproximação com a diva. Ele abria mão de sua preferência por loiras para investir na morena sPaulette. Ela tinha o mesmo espírito brincalhão que Carole Lombard tinha, e parecia ser muito divertido estar ao seu lado. Era tudo o que Clark precisava naquele momento.

Um artigo de 1949 intitulado “Se ela quer, ela vai pega-lo”, descreve como teria sido o início do romance: Goddard e Gable se conheceram em uma festa em Hollywood. Os dois já tinham se visto pela primeira vez em 1939, quando Paulette estava trabalhando no filme As Mulheres, da MGM. Tornaram-se amigos, já que ambos estavam casados com outras pessoas. Foi somente anos depois que se encontraram e, já separados de seus conjugues, puderam ficar juntos. Apesar de rumores sobre um romance selvagem, os únicos vislumbres dos amantes juntos foram flashes ocasionais e rápidos.

O casal frequentava casas noturnas e também gostavam de se refugiar no rancho dele, onde o ator mostrava à amante seus dotes culinários. O “casal atômico de Hollywood” parecia sempre estar brigando. Clark não tinha muita paciência com isso, e não era do tipo que gostava de lavar roupa suja em público. Sabe-se que em uma dessas brigas ele teria caído totalmente vestido em uma piscina.

As revistas estavam todas falando sobre o romance, mas é possível que nenhum dos dois pensasse em casamento, pois as diferenças eram muitas. Paulette era uma espécie de diva, arrogante e bastante exigente. Ray Milland, sua co-estrela em quatro filmes, a descreveu como a atriz mais difícil com quem ele trabalhara. Já Clark era o extremo oposto, um profissional sempre presente no set, e que não fazia questão de dizer que era uma estrela. Ela era conhecida por amar a publicidade e adorava as colunistas sociais, algo que Clark desprezava. Os dois teriam brigado inclusive, porque ao avistar os fotógrafos, ela teria insistido para que ele a beijasse diante das câmeras e o ator recusou.

O dinheiro também era um grande problema. Paulette tinha e gostava de gastar. Ela amava jóias e tinha ganhado vários de seus maridos anteriores. Clark era conhecido por não comprar jóias para nenhuma de suas esposas. A gota d’água foi um medalhão que ela teria recebido dele e que não seria de ouro. O rompimento não foi amigável, e Paulette reclamou da avareza do amante. Em 1958 ela casaria com o escritor alemão Erich Remarque, se retirando para a Suíça onde morreu em 1970.

Traduzido de http://dearmrgable.com/?p=4789
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