Top Gun – Ases Indomáveis (1986)

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Tenho para mim, que não haverá década mais mágica, do que a dos anos 80. Tempinho bom esse. E graças a Deus, sou felizardo por ter vivenciado boa parte dela. Quantas coisas maravilhosas a década de 80 deu ao mundo — e isto, em todos os setores. Está certo, a moda era medonha — confesso, usei faixa na cabeça estilo Mark Knofler, mas não existem fotos comprovando este meu pecado. Ops! Há uma. Mas, não pensem que permitirei que vocês vejam.

Nem minhas camisas listradas e tênis verde-limão. Tá aquele shortinho esquisito que Frejat usou no Rock In Rio I, também o usei. Mas, todo mundo usava. Todos os garotos usavam. Oh Senhor, que vergonha! Ainda bem que, destes tenho certeza, não restam fotos. Eram confortáveis, mas não coloco outro hoje em dia, creiam em mim.
Geralmente, quando falamos deste tempo maravilhoso, muitos lembram-se das grandes bandas que surgiram no rock nacional e internacional — The Smiths, principalmente, a maior de todas. E dos desenhos animados — quem nunca assistiu He-Man, vibrou com Corrida Maluca ou ficou acordado até tarde assistindo os Menudos — não, eu nunca gostei dos Menudos. Sério.—, só para depois ver a turma do Charlie Brown. Ou do Perdidos Na Noite — o Faustão era legal, vocês podem acreditar em mim —, e a Tela Quente passava filmes inéditos o tempo todo. Na sexta, era a vez do SBT contra-atacar com o Cinema Em Casa — pode ser surpresa, mas foi o canal do Silvio Santos que apresentou o Rambo para o Brasil. Sim, Rambo I passou pela primeiríssima vez no SBT! Semanas depois, Roberto Marinho & Cia. passaram o Rambo II na Temperatura Máxima, que era exibida as terças-feiras, logo depois do TV Pirata. E o Silvio reexibiu no dia seguinte Rambo I.
Havia as guloseimas — balas Soft! —, e todas aquelas lendas urbanas: os discos malditos que rodados para trás mostravam mensagens. A faca escondida dentro do boneco do Fofão — o que, você nunca ouviu falar do Fofão jovem leitor? Ele era muito legal. Mas, feio pacas! Não, feio mesmo, eram os Bebezões da Estrela — criaturazinha medonha aquela, credo! Dava medo. Uma vez, jogamos uma dessas bonecas que pertencia à irmã do meu amigo Zé de cima do telhado da casa dele. Ela não sofreu um arranhão. Nenhum. Depois, jogamos ela escada abaixo — diversas vezes. Pulamos por sobre a boneca. Usamo-la como goleiro. Amarramos a criatura com uma corda na bicicleta e puxamos pela rua toda. Parecia que era o Clark Kent de Smallville. Ou seja, indestrutível. Havia lendas sobre aquela boneca, parece que voltava-se contra os que a machucassem. Não colocamos no forno, pois, descobriram nosso intuito.
 Oh sim, tinha a loira do espelho, as figurinhas com tatuagens que continham LSD — vinham nos chicletes Ping-Pong. Os prêmios no picolé da Kibon — eram caros, e deliciosos. Dizem que todo mundo tirou algum prêmio — bem, não conheço ninguém, fazer o quê. Ah, antes que me esqueça: não conheci ninguém que morreu após engolir uma bala Soft, também. Mas, dizem que muitos morreram. Centenas de crianças, mas tudo era encoberto pela Rede Globo e TV Manchete.
Voltando ao cinema — motivo pelo qual estamos tendo esta conversa saudosista. Talvez, nunca em um espaço de tempo tão pequeno — os dez anos mais rápidos da história da humanidade —, o cinema tenha colocado em suas telas tantas obras-primas. Só para citar: De Volta Para o Futuro,
Quase Igual aos Outros, Te Pego Lá Fora, Namorada de Aluguel, Goonies, Pague Para Entrar Reze Para Sair — o primeiro filme de terror da minha vida —, Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo, Jogos de Guerra, Curtindo A Vida Adoidado — cara, eu queria ser Ferry. Bem, todos nós, os garotos, queríamos ser ele! Gazeamos a primeira vez na escola, para sentirmos o que ele sentiu no filme — O Enigma da Pirâmide — o melhor filme sobre Sherlock Holmes que já vi! —, Uma Linda Mulher — Richard Gere e Julia Roberts dando uma aula de atuação —, Conta Comigo, Viagem ao Mundo dos Sonhos — o primeiro filme a mostrar um chip de computador! —, Ghost — era muito engraçado, ficar sentado na calçada em frente ao instinto Cine Itajaí, vendo as meninas sair do cinema chorando, abraçadas a seus namorados, após assistir a película. Só vi isto acontecer uma outra vez, quando saiu Titanic. Só que Ghost, vi e revi, dezenas de vezes. E Titanic, só tive paciência para assistir uma única vez — filmezinho maçante.
Só fica interessante, quanto o Jack começa a morrer. Quanto a Ghost, existe uma lenda de que, no México e outros países, os donos do cinema davam um envelope com um lenço dentro para as garotas —, Indiana Jones, E.T., o extra-terrestre — eu tive um telefone igualzinho aquele, de brinquedo. “Miiiinha casa! Miiiinha casa!” — Gremlins, Karate Kid, Os Caça-Fantasmas, Peggy Sue, Os Intocáveis, Corra Que a Polícia Vem Aí, Uma Cilada Para Roger Rabbit — como incomodei minha mãe para comprar o gibi —, Top Secret, O Exterminador do Futuro, Brinquedo Assassino, Fuga de Nova York, Uma Linda Mulher, O Trem Atômico, La Bamba, Os Heróis Não Tem Idade — esse tinha estória da hora: o protagonista tinha um herói de brinquedo, via e falava com ele, e entra numa enrascada danada devido a um cartucho, isso mesmo, cartucho, de vídeo-game —, Flashdance…
 A lista de clássicos é grande. Mas, como clássicos, Ricardo? Quer dizer, a maioria deste filmes tem vinte anos. Por que, você jovem leitor acredita que mérito de clássico equivale somente a películas lançadas pré-anos 70? Lembre-se: Casablanca na década de 40 era um lançamento. Como um dia fora O Nascimento de Uma Nação e Anjos do Inferno. Cidadão Ken, também um dia teve estréia e era comentado nas esquinas pelos jovens e execrado pelos pais destes. O Crepúsculo dos Deuses, outrora novidade era — e ao mesmo tempo, clássico. Idem, Luzes da Ribalta e Tempos Modernos.
O que torna um filme clássico, não é à distância deste com os dias atuais, mas, dois pontos distintos: 1º) Sua importância na vida das pessoas; 2º) Sua importância para a história do cinema — efeitos, luzes, músicas.
Mas — na minha opinião —, o primeiro item é o mais importante, porque os filmes são feitos para nós, e não para os críticos e estudiosos. Por isso, não me surpreendo quando um garoto diz que Matrix é um clássico. Ou que O Senhor dos Anéis, será para todo sempre lembrado. Incluo nesta lista, o melhor filme pós-Platoon: O Resgate do Soldado Ryan. E insisto em dizer: Top Gun — Ases Indomáveis —, é o maior clássico dos anos 80.
O Inesquecível Verão de 86
Howard Hughes, entrou para a história do cinema — não por Scarface ou o fraco O Proscrito, lembrado apenas pela beleza de Jane Russell —, mas, pelos minutos finais de Anjos do Inferno (1930). Espero que tenhas sido afortunado de vê-lo — poucos conseguiram, apesar de boa parte da película estar à disposição do público no YouTube —, de modo que, sendo afirmativa a resposta, sabes do que estou falando: da belíssima cena da batalha aérea. Ponto alto de todo filme — excetuando Jean Harlow.
Desde esta época: diretores, produtores, roteiristas, vinham tentando recriar a magia apresentada em Anjos do Inferno (Hells Anjos), inclusive, Hughes com o seu: Estradas do Inferno (Jet Pilot) lançado em 1957, tendo a grande Jane Leigh e John Wayne nos papéis principais. Porém, todas as suas tentativas, eram vãs. Por muito tempo, as batalhas aéreas seriam um pesadelo para estes. De modo que, houve uma época, que filmes, voltados para a aviação, foram deixados a parte. Aviões serviam somente para atirar bombas nos mocinhos presos no Vietnã ou para assustarem soldados.
Com o tempo, nós os meninos, não desejávamos ser pilotos. Mas, dirigir tanques, empunhar metralhadoras, usar facas, enterrar minas. Na selva, estavam os verdadeiros heróis de guerra. Caras que conheciam tudo sobre combate, estratégias, lutavam pela liberdade de seu país. Piloto mesmo — piloto respeitado —, eram os caras dos helicópteros, que morriam mais do que os vietnamitas nas mãos do Rambo. Os dos aviões eram uns covardões — qualquer um podia pilotar um avião que lançava bombas, e jogava os “verdadeiros heróis” na selva. Pilotos, ergh!
Isto é, até que, o diretor Tony Scott junto com os roteiristas Jerry Bruckheimer e Don Simpson, resolveram que era hora de mudar o jogo. De modo que, naquele inesquecível verão de 86, os meninos jogaram suas metralhadoras no lixo, e ao saírem do Cine Itajaí — e de outros cines no mundo todo —, sonhavam em serem agora pilotos das Forças Armadas, ter uma moto invocada para rodar ao longo das praias da Califórnia, um amigo fiel — inclusive que usasse aquela camisa havaiana e casado fosse com Meg Ryan. Ah Meg, você ainda arrancaria suspiros nossos em The Doors, um ano depois com aquele jeitinho ripongo. E lágrimas minhas em A Cidade dos Anjos —, uma namorada gatíssima e loira — é, baby, na selva não havia possibilidades para o amor —, pelo qual deveria lutar — oh sim, as garotas passaram a quererem aquele cabelo —, uma jaqueta da hora — de couro, no melhor estilo James Dean —, um rival apelidado de O Homem De Gelo (Iceman) — que você também sabia que era um grande piloto. E acima de tudo, por um dia, ser o cara que tava arrancando suspiro de todas as meninas do colégio e as levava a loucura — mais do que os Menudos e Paulo Ricardo (RPM) juntos, sério —, e ainda as levaria por muito, muito tempo a sonharem em serem senhora Cruise. Estou falando do grande Tom Cruise, na sua melhor atuação, isto é, antes Vanila Sky ao lado de Penélope Cruz — mostrando aqui, toda sua versatilidade dramática.
Top Gun — Ases Indomáveis —, tem tudo o que torna um filme clássico: grandes atores (Cruise, Val Kilmer, Anthony Edwards), atrizes (Meg Ryan, Kelly McGillis — hoje percebo, fui apaixonado por muito tempo pela Karina, porque ela é a cara da Kelly naqueles tempos), os temas do filme que são insuperáveis — tenho o disco, da primeira a última faixa, tá o melhor do cinema na década de 80 —, a fotografia a cargo de Jeffrey L. Kimball, e, claro, as cenas de batalha aérea que — se estivesse vivo —, dariam orgulho a Hughes.
O Filme Que Fez Centenas de Garotos Se Alistarem Nas Forças Aéreas
Válido ressaltar é, que o que torna Top Gun numa obra-prima acima de tudo, vem a ser consistência do roteiro. Os diálogos escritos por Jerry Bruckheimer e Don Simpson são de saltar os olhos. Estes deixaram os termos técnicos de lado usados em aviação — poucos são os que aparecem —, preocupando-se mais em mostrar o dia-a-dia dos pilotos — seja nas impressionantes batalhas aéreas, no banheiro, no bar, e mesmo na praia —, usando e abusando de uma linguagem jovem — que jamais soou datada. Não se preocupe, não rolam gírias dos anos oitenta, de modo que, os diálogos rolam numa boa ainda hoje em dia. Seus personagens têm demônios pessoais, sofrem por amor, pensam na família que deixaram lá atrás, sonham com o sucesso, e acima de tudo, desejam encontrar a felicidade. Vão do romance ao dramático, da ação a comédia, numa boa. Top Gun, é uma viagem por todos os estilos da sétima arte.
A abertura do filme é umas das melhores que já vi. As imagens fundem-se com um clássico da música instrumental criado às pressas por Harold Faltermeyr (sintetizadores) e Steve Stevens (guitarras), e que para todo o sempre, estará ligado às cenas de aviação.Top Gun Anthem é o cartão de visitas do filme. Pianos, sintetizadores — usados à torta e direita —, convivem lado a lado com paredes e mais paredes de guitarra distorcida, e um solo feito com tapping nos minutos finais, com as cenas dos jatos militares F-14 decolando e pousando. Já do início, você deseja ser um piloto, porque Top Gun é adrenalina pura como o bom e velho rock n’ roll cansado de guerra.
Maverick (Tom Cruise) e Goose (Anthony Edwards), são dois pilotos da Forças Armadas americanas, que há muito estão juntos. São ótimos pilotos, todavia, por suas audácias, são vistos como problema para seus superiores. Maverick, é talento puro. O jato nas suas mãos não é um equipamento militar, mas parte do seu corpo. Todavia, é um tanto lóki — perdão, não pude evitar a gíria. Traduzindo: imprevisível, faz o que dá na telha sem medir as conseqüências, aparentemente —, enquanto o co-piloto Goose, outro talento, é o cara que segura a onda do amigo. Em resumo: completam-se.
Após estar na mira de Mig-28 das forças russas — que é posto para correr diante dos malabarismos de Maverick e Goose —, o melhor piloto das Forças Armadas Cougar (John Stockwell), tem uma crise de nervos e abandona para todo o sempre o serviço militar. De modo que, os “pilotos problemas”, são escolhidos para ingressarem na Academia Aérea aonde irão se tornarem pilotos de caça — chamada de Top Gun, lá só entram os melhores dos melhores, são a “nata” da aviação americana.
Aproveitando. Realmente existe a Academia Aérea americana, como mostrada no filme, que surgiu no intuito de ensinar táticas de combate aos pilotos de caça, todavia, conforme documentário incluso no DVD, não existe o troféu apresentado no filme, pois conforme um dos comandantes: “os pilotos se matariam”.
A academia fica em Miramar (Califórnia), e o instrutor chefe é ninguém menos que o comandante Mike Viper Metcalf (Tom Skerritt), uma lenda da aviação de guerra, que lutou junto ao pai de Maverick — este, morreu há muito. Paira sobre o passado deste, que o sinistro veio a ocorrer devido o mesmo ser um tanto quanto “indisciplinado”.
Maverick, convive com este fantasma. De modo que, quer ser tão bom quanto seu pai, ao mesmo tempo que procura seu lugar ao sol.
Logo de cara, nossos colegas sabem sobre o campeonato para ver quem é melhor piloto. E conhecem ninguém menos que Iceman — O Homem de Gelo —, interpretado por Val Kilmer — que por incrível que pareça, foi obrigado a fazer o filme por obrigações contratuais.
Os atritos começam. Iceman, é o oposto de Maverick — pensa duas vezes em tudo o que vai fazer —, é tão preciso em suas manobras, que por muitos é considerado por antecipação como o dono do troféu Top Gun — oh sim, eles terão seus nomes inscritos na placa dos melhores alunos da Academia também.
Mas, Iceman não esteve cara a cara com um Mig-28 como Goose e Maverick. Em terra ou no ar, o encontro deles sempre é nitroglicerina pura, e as frases sarcásticas são tão precisas quanto um míssel lançado de seus jatos.
Logo a seguir, veremos ambos no ar. Os melhores momentos do filme. Jeffrey L. Kimball caprichou mesmo na fotografia. Um ponto interessante, nenhum dos atores está usando protetor no capacete — o que é obrigatório na vida real, visto que, estão acima das nuvens, e sol bate direto em seus rostos —, já que, havia uma preocupação da Paramount de mostrar seus artistas para o público, e “como eles iriam ser reconhecidos, ocultos por aqueles protetores”, conforme informa o documentário em DVD. Os jatos cortam a tela de forma interessante — espero que tenhas tido a oportunidade de ter visto o filme no cinema. Porque se você já fica com frio na barriga vendo numa televisão de 21 polegadas, imagina com todos nós ficamos vendo estas cenas no telão dos cinemas do mundo todo. A trilha que incorpora o “pega” nos ares ficou a cargo de Kenny Loggins, e se chama Danger Zone (Zona de Perigo), nada mais apropriado.
Mas, e quanto a Kelly McGills? Esperem meninos, ela logo aparece, numa cena em um bar. Onde nosso caro Maverick, tenta ganhar a menina — aqui chamada de Charlotte —, com uma das cantadas mais interessantes do cinema moderno. Ele canta em coro com outros pilotos o clássico You’ve Lost That Lovin’ Feeling — que veio a ser eternizado no Brasil pelo Legião Urbana no mais do que clássico também: Música Para a Acampamentos. Esta canção, inclusa não está no disco Top Gun, aparece só no cinema.
Mas, a cantada não funciona. A garota está esperando um outro cara.
Todavia, quem diz que Maverick aceita um não? Obviamente, o cara invade o banheiro feminino na tentativa de conquistá-la.
Charlotte é uma mulher mais madura — isto fica, evidente na tela —, mas não deixa nada a dever as “lolitas” californianas.
Ela pergunta-lhe se acaso seria piloto? Oh sim, sua resposta. Charlotte apenas sorri.
O que ninguém espera, é que o cara leva outro fora. Mas, como, o cara é Tom Cruise, a menina deveria cair aos seus pés! Verdade, até os galãs tem seus maus dias.
Ao sair do banheiro, Charlotte, no entanto aproxima-se de Goose e diz:
— Seu amigo, foi maravilhoso.
O cara fica de queixo caído. Esqueci de dizer: ambos tinham feito uma aposta, para ver se Maverick ficaria com ela aquela noite. Provavelmente, a menina escutou.
O pior estava por vir. Depois de um fora histórico, na manhã seguinte, os pilotos são apresentados a uma instrutora civil, que irá avaliá-los e, será peça chave na decisão se estes ganharam seus “brevês”.
Esta instrutora é ninguém menos que Charlotte. Maverick fica totalmente perdido quando a reconhece.
A verdade é que, durante boa parte do filme, Charlotte finge não estar encantada por Maverick, e ele, luta mais para conquistá-la do que por qualquer troféu bobo.
Outra cena antológica ocorre quando os dois discutem, por causa de uma manobra de Maverick. Este sobe em sua moto — uma máquina, que por muitos anos, sonhei em ter —, e a deixa falando sozinha. E quem pensa que a dama fica atrás, sai em perseguição do piloto.
Cortam sinais fechados. E Maverick, ao descer da moto acusa:
— E depois, diz que sou um irresponsável. Mas, olhe só como você dirige!
Quando ela confessou estar apaixonada por ele, e o tão esperado beijo aconteceu. O instinto Cine
E é neste momento, quando os dois ficam a sós na casa dela, que entra no ar, o tema que para todo o sempre será lembrado o casal Maverick e Charlotte: Take My Breath Away (Leve Meu Fôlego Embora). Uma das canções mais tocadas em rádios AM/FM naquele ano, nos bailes, e tema de muitos casalzinhos que nasceram por aquela época.
Se na terra, Maverick é um vitorioso, no ar, as coisas não estão lá tão bem. Um desastre vai mudar o rumo da sua história. Mas, quanto a isto, deixo para vocês descobrirem.
Epílogo
Depois, de Top Gun, muitos filmes apareceram sobre aviação num curto espaço de tempo. O mesmo ocorreu com Karatê Kid — o que havia de filmes sobre arte-marcial, não tava no gibi. Mas, tais como este, nenhum deixou lá grande recordação.
Top Gun foi único, um marco do cinema moderno, e, mesmo passado mais de vinte anos, continua sendo um clássico inesquecível para todas as idades.
Em tempo: voltando sobre os anos oitenta e aquelas lendas urbanas. Há muito, um amigo meu tinha um disco do Wham! — para quem não sabe, George Michael fazia parte do grupo. Talvez você não conheça o George Michael, mas digamos que ele seria o tal Justin da sua geração. Uma espécie de Fergie, mas precisamente, só que homem.
Certa vez, giramos o disco pra trás. Sabe o que ouvimos? Uma mensagem, com voz monstruosa onde dizia: Eu sou o Mal! Eu sou o Mal!
É verdade, juro. Qual era a faixa e o disco? Ah, bem, não me lembro. Mas outro dia, liguei para este meu amigo e toquei no assunto. Ele também jura que ouviu, e que outro amigo dele ouviu também.
Mas, qual era o disco e a faixa. Ah, disso ele não se lembra. Apenas que, jogou fora o velho bolachão numa tarde de limpeza em meados dos anos 90.
O que posso dizer: nem tudo era lenda, naquela época. Nem tudo. Espero apenas, que aquele disco, não esteja assombrando ninguém por aí.
Por: Ricardo Steil — Itajaí/SC

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