Ginger Rogers além de Fred Astaire

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Ginger Rogers
Sempre que lembrarmos de Ginger Rogers lembraremos de Fred Astaire. Os dois formaram uma das maiores parcerias na dança de todos os tempos, tanto que as estátuas dos dois permanecem juntos no Museu Madame Tussauds. Foram 10 filmes iniciando a pareceria em Flying Down to Rio. Mas mesmo assim é imprescindível lembrar que a carreira dela não se restringe à dupla formada com Astaire.
A estátua de Ginger e Fred no Madame Tussauds

Ginger Rogers nasceu Virgina Katherine McMath em Indepence, Missouri, em 16 de julho de 1911. Aos 14 anos venceu um concurso de dança em Charleston  e começou a excursionar e a atuar na Broadway. Era o primeiro passo para se estabelecer em Hollywood. Apesar de dançar  maravilhosamente, ela não queria ser lembrada apenas como uma dançarina. A chance de se afastar dos musicais veio em 1940 em Kitty Foyle. Com sua performance ela ganhou o Oscar de Melhor atriz, batendo naquele ano atrizes como Joan Fontaine, Bette Davis e Katharine Hepburn. Era a prova de que ela podia tanto fazer musicais despretensiosos quanto dramas. Mas ela também era boa em papéis cômicos.

Ela faz uma dupla incrível como Cary Grant em Monkey Business (1952), um filme onde os dois bebem a água da juventude e começam a agir como crianças. Em The Major and the Minor (1942), do grande Billy Wilder, Ginger interpreta uma mulher que finge ser anos mais jovem do que realmente é para que possa viajar num trem e pagar menos. A atriz adorou trabalhar nesse filme e disse que foi uma dos seus trabalhos mais divertidos.

Na década de 50 sua carreira foi diminuindo de ritmo. O cinema não é muito gentil com as mulheres que vão envelhecendo, mesmo assim ela ainda conseguiu emplacar alguns sucessos. Estreou Storm Warning (1950), com Ronald Reagan e Doris Day. Foi nessa época também que estrelou ao lado de Cary Grant no já citado Monkey Business (1952) e no suspense Tight Spot (1955). Na década de 60 ela fez um espetáculo na Broadway, Hello Dolly.

Apesar da química nas telas, Ginger e Fred pareciam não se dar bem nos bastidores. Mesmo assim ela foi encarregada de entregar o Oscar Especial a ele, em 1950 e foram co-apresentadores do Oscar em 1967 causando um momento de euforia no público presente, que os ovacionou de pé durante a apresentação de uma dança improvisada.
 O senso de diversão parece estar sempre presente em muitos trabalhos feitos por Ginger, e é isso que faz com que sua dupla com Astaire também funcionasse. Ela dança com Fred de uma maneira que parece fácil, quando nós sabemos o quanto é duro fazer as coreografias perfeitamente. E além disso como era bonita! Essa forma de se expressar nos mais diversos gêneros fazem dela uma das mais fascinantes atrizes da antiga Hollywood e nos mantém sempre alertas quando surge um “novo” velho filme seu para assistir.

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