Seria o ator Leslie Howard um Espião?

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Leslie Howard ficou conhecido por seus papéis em filmes como “…E o vento levou”,  “Pigmaleão” e “A Floresta Petrificada”, dividindo a tela com várias estrelas, como Bette Davis, Olivia de Havilland e Vivien Leigh, dentre outras. Mas alguns relatos indicam que ele também teve um papel importante na história européia, por suas contribuições como agente do Governo do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. A informação vem do livro “O Vôo de Ibis”, do escritor espanhol José Rey-Ximena, que adiciona à biografia do ator uma pesquisa que levou mais de duas décadas para terminar.

Howard nasceu no Reino Unido, cresceu em Viena e falava alemão fluentemente. Ele tinha consciência do perigo que representava Adolf Hitler. Esse teria sido a sua motivação junto à resistência britânica. Uma ajuda que ia além de filmes que incentivavam os cidadãos a enfrentarem a invasão alemã numa guerra que por vezes parecia já perdida.

O ator faleceu em 1 de junho de 1943 quando seu avião foi bombardeado por caças nazistas. Ele ia da Espanha para o Reino Unido, após um mês em excursões pela Espanha e Portugal. Nessa excursão ele supostamente dava palestras sobre Hamlet, mas segundo uma circunstância “impossível”, segundo Rey-Ximena, devido “à importância de Leslie e ao momento tão crucial para a guerra” vivido na época. Várias cartas provam a comunicação entre Howard e Anthony Eden, secretário de Defesa do Reino Unido, e revelam que na verdade ele teria sido enviado à Espanha por “vontade do Governo para cumprir com os esforços de guerra britânicos”.

 

Howard e Conchita Montenegro

Fica a dúvida sobre qual teria sido a missão confiada a Howard, algo tão sério que teria deixado ele na mira de Hitler. Segundo Conchita Montenegro, atriz com quem ele se envolveu durante um período, ele se reuniu com o ditador Francisco Franco,  supostamente para falar de um projeto cinematográfico sobre Cristóvão Colombo, mas na verdade discutiam um pacto pelo qual a Espanha se manteria neutra na guerra em troca do reconhecimento do regime franquista por parte dos aliados ao fim do conflito, segundo os depoimentos da atriz, que faleceu recentemente.

 

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