Fatos sobre a vida e carreira de Natalie Wood

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Natalie Wood
A atriz Natalie Wood iniciou a carreira ainda criança, trabalhando avidamente durante a adolescência e se tornando uma atriz adulta bem sucedida. Considerada uma das estrelas mais talentosas de sua geração, recebeu três indicações ao Oscar antes dos 25 anos e fez parte do elenco de Juventude Transviada, um dos mais aclamados filmes do cinema clássico. Confira algumas curiosidades a respeito de sua vida e carreira:

 

Infância

– A atriz era descendente de russos e falava a língua perfeitamente, porém, com um sotaque americano. Sua mãe sonhava em ser dançarina, mas com os sonhos desfeitos, investiu na filha desde a primeira infância. Sua irmã Lana Wood também se tornaria atriz. Seu nome verdadeiro era Natalia Zacharenko, e ela não gostava do nome artístico, sobretudo Wood.

– Natalie começou a atuar com apenas quatro anos de idade em Happy Land (1943). O primeiro papel de grande destaque foi no natalino Miracle on 34th Street (1947), onde atuou ao lado da bela Maureen O’Hara. O filme faria dela uma das principais estrelas mirins da época.

Happy Land (1943), ao lado de Barbara Stanwyck

– Foram 20 filmes durante sua infância, dos quais a grande maioria desempenhando papéis de filhas de grandes astros como Margaret Sullavan, James Stewart, Joan Blondell e Bette Davis.

– Sua educação foi realizada na maior parte do tempo nos estúdios. Naquela época existia uma lei na Califórnia que exigia que até os 18 anos os atores deveriam passar pelo menos três horas por dia nas salas de aula.

 

Adolescência

– Rebel Without a Cause (1955) marcaria sua passagem para a adolescência. O drama protagonizado por James Dean e Sal Mineo se tornaria um ícone da juventude e renderia à ela uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

– A atriz teria conseguido seu papel de Judy em Rebel Without a Cause (1955) após “provar” a Nicholas Ray que se tornara mulher. Aos 16 anos Natalie se submeteu ao famigerado teste do sofá, perdendo a virgindade com o diretor.

– Um grande desgosto para a atriz na época foi a infinidade de filmes em que interpretou namoradas dos protagonistas. Os papéis secundários e com pouca expressividade causavam angústia e a fizeram desistir de muitos papéis. Ela também cometeu grandes erros. Dentre os filmes que recusou-se a participar estão O Grande Gatsby, Inferno na Torre e Adeus, Columbus.

– A atriz recusou o papel de Bonnie em “Bonnie e Clyde” porque não queria se separar de seu psiquiatra, já que as filmagens seriam realizadas em outra cidade.
– Após assistir Um Bonde Chamado Desejo (1951), Natalie se apaixonou pela interpretação de Vivien Leigh, que considerava uma das atrizes mais completas do cinema. A sensibilidade da atriz a tocou profundamente.
Natalie Wood com Jack Benny & Vivien Leigh

– Após o fracasso em “All the Fine Young Cannibals”, finalmente ela encontraria uma boa oportunidade em Splendor in the Grass, de Elia Kazan. Atuando ao lado de Warren Beatty, com um roteiro ousado sobre a repressão sexual, acabou sendo indicada ao Oscar de melhor atriz.

– Outro grande sucesso da atriz foi Maria em “West Side Story”, adaptação musical de Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Sucesso de bilheteria e crítica, ela interpreta uma jovem inquieta em meio a uma guerra de gangues. Esse é considerado um de seus maiores filmes.

West Side Story

– Embora tivesse muitos sucessos comerciais, a atriz também chegou a receber críticas por suas atuações, e em 1966 recebeu o Harvard Lampoon de pior atriz do ano. Bem humorada, foi receber o prêmio.

– Após o nascimento de sua filha Natasha (1970), passou a atuar cada vez menos, preferindo fazer aparições breves. Ela só retornaria quando suas filhas já estavam maiores.

– Quando faleceu, Natalie estava gravando Brainstorn (1983), filme estrelado por Christopher Walken. Havia planos de um contrato para uma produção teatral de Anastasia. O final do filme teve que ser reescrito e a peça foi cancelada.

Christopher Walken e Natalie em Brainstorm 1983

Vida Pessoal

– Natalie casou-se duas vezes com o ator Robert Wagner, por quem nutria uma queda desde a infância. Ela o conheceu finalmente quando completou 18 anos durante um encontro promovido pelo estúdio. O ator tinha 26 anos e um ano mais tarde se casaram em 28 de dezembro de 1957. O divórcio viria em 1962. Robert falou sobre como se apaixonou por ela:

“Eu vi Natalie quando ela estava fazendo Rebel Without a Cause e saia com James Dean. Eu estava no meio da multidão. A primeira vez que falei com ela foi em 1956. Ela era linda, mas não me pareceu muito interessada, não deu nenhuma sugestão sobre a paixão que nutria por mim. Mais tarde descobri que ela tinha assinado com meu agente simplesmente porque ele trabalhava para mim. Um mês depois a convidei para uma estréia. No jantar senti as coisas diferentes. Mandei flores e o namoro começou. Lembro-me do momento em que me apaixonei por ela. Numa noite a bordo de um pequeno barco ela olhou para mim com tanto amor que esse momento mudou minha vida”.

Com Robert Wagner

– Richard Gregson e Natalie namoraram por dois anos antes de unirem os laços em 30 de maio de 1969. A demora se deu por causa do demorado divórcio do ator. Da união nasceu Natasha. O motivo da separação em 1972 teria sido uma conversa que ela ouviu entre o marido e sua secretária. Sua família foi contra o rompimento, por achar que não era o momento certo, já que a filha do casal era muito pequena. Por causa disso, ela rompeu os laços familiares durante um bom tempo.

Com Richard Gregson
– No mesmo ano ela retomou o namoro com Robert Wagner, se casando em 16 de julho de 1972. A filha do casal, Courtney Wagner, nasceria em 1974, e os dois permaneceriam juntos até a morte da atriz em 1981.
Natalie com as filhas e Robert

– Dentre alguns de seus melhores amigos estavam Guy McElwaine, Mart Crowley, Howard Jeffrey, Asa Maynor e Norma Crane, Tom Mankiewicz. Geralmente Natalie era uma pessoa sociável e tinha muitos deles.

– Alguns de seus breves romances incluem Dennis Hopper, Henry Jaglom, Steve McQueen, Frank Sinatra e Ladislav Blatnik e Elvis Presley.

Com Elvis

– O relacionamento entre Natalie e sua mãe foi tumultuado. A mãe não tinha certeza sobre quem teria sido o pai da garota, e desde cedo dedicara-se a transforma-la em uma estrela. Certa vez, quando questionada sobre o pai, Natalie respondeu que sua mãe o tinha matado. Na idade adulta, ela evitava que ela tivesse contato com suas filhas, temerosa que tentasse influenciar as mesmas.

Natalie com a mãe e sua irmã Lana
– Ela viveu com Warren Beatty um romance quente, iniciado quando filmavam Splendor in the Grass. Segundo a atriz, os dois eram imaturos e temperamentais. A biografia escrita por Ellis Amburn revela que Beatty a humilhou quando tentou seduzir sua irmã em um hotel. O incidente provou amargura em Natalie que chegou a tentar o suicídio ingerindo comprimidos.
Ao lado de Warren Beatty

– Devido aos problemas familiares e pressões na carreira levaram a atriz ao alcoolismo e a dependência de medicamentos. Ela era adepta à terapia, que nunca faltava e que era necessária após a atriz sofrer um colapso emocional durante seu trabalho.

– Há rumores sobre um romance entre a atriz e Christopher Walken, presente no iate onde ocorreu o acidente que a vitimou. Estava presente também seu marido Wagner. Tal fato fez com que fossem levantadas suspeitas sobre um assassinato. A versão mais aceita, porém, é que os três estavam bêbados, e os dois homens não perceberam que ela caiu no mar. O casaco que ela usava teria ajudado a afogar-se, já que era muito pesado e a puxava para o fundo.

Wagner no seu funeral

– A rainha Elizabeth enviou um telegrama de condolências a seu viúvo, Wagner. E dentre os famosos presentes na cerimônia estavam Frank Sinatra, Elizabeth Taylor, Fred Astaire e Sir Laurence Olivier.

– Sua irmã, Lana Wood, pediu à polícia que reabrisse o inquérito sobre sua morte em 2010 após novas informações surgirem através do depoimento do capitão do barco, Dennis Darvern. O capitão afirmava que Wagner era culpado. A polícia no entanto, descartou qualquer participação do ator na tragédia.

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