Melhores Filmes Mexicanos

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No início do século XX já eram produzidos filmes no México, mas a maioria deles foram perdidas. Em geral eram feitos documentários sobre acontecimentos históricos. Mas foi somente na década de 30 que o cinema Mexicano começou a ganhar espaço influenciados por Serguei Eisenstein, começando o que ficou conhecido como os Anos de Ouro do cinema mexicano.

O primeiro filme desse período foi Allá en el Rancho Grande (1936) de Fernando de Fuentes. Durante esses anos houve uma conjunção de excelentes realizadores e um grupo de astros e estrelas que, juntos, permitiram a produção de um cinema de grande qualidade e êxito comercial.

A partir da década de 40 a indústria aumentou e surgiram nomes como o de Pedro Infante, Jorge Negrete, Mario Moreno (Cantinflas),Ramón Valdés, Joaquín Pardave, María Félix, e Dolores del Río que foram aclamados mundialmente.  O desenvolvimento desse período veio graças ao desenvolvimento econômico da região, graças ao apoio dos Estados Unidos. Outros astros se destacaram: Tin Tan, Niñon Sevilha, Antonio Moreno, Pedro Infante, Pedro Armendariz e Rodolfo Acosta. Nesse período o México se consagrou como a maior produtora de filmes em língua espanhola. O ápice veio em 1946 quando Maria Candelária, interpretado por Maria Félix, ganhou o prêmio no Festival de Cannes.

Como esquecer Luis Buñuel? Nascido na Espanha, tornou-se cidadão mexicano em 1948 e lá produziu alguns de seus melhores filmes. Da sua fase mexicana podemos citar Os Esquecidos, Viridiana e O Anjo Exterminador. Separamos alguns dos melhores filmes clássicos feitos no México que merecem ser vistos:

Ahí está el detalle (1940) de Juan Bustillo Oro: Cantinflas é o namorado da empregada de um rico industrial. Ele entra na mansão para matar um cão louco e cria uma enorme confusão com um bandido que tem o mesmo nome do cachorro e tem muito ciúme de sua esposa.
Allá en el Rancho Grande (1936) de Fernando de Fuentes: A amizade entre o fazendeiro Felipe e seu capataz Martín se vê ameaçada por uma serie de enredos e mal entendidos sobre a virgindade de Crucita, uma jovem camponesa ao qual Martín está apaixonado.

Aventurera (1949) de Alberto Gout: A vida tranquila da jovem Elena muda radicalmente quando sua mãe foge com seu amante, fazendo com que seu pai se suicide. Sozinha e sem recursos, ela emigra para cidade de Juarez a procura trabalho, mas sem sucesso. Na beira da fome, Elena concorda em trabalhar para Lucio sem suspeitar que sua oferta é na verdade, uma armadilha para prostituição. Ela acaba dançando no cabaré de Rosa, uma mulher que leva uma vida dupla.
Cadena perpetua (1978) de Arturo Ripstein: Pedro é um ex delinquente em reabilitação que agora trabalha em um banco. Mas, suas tentativas de fugir da vida do crime são frustradas quando ele se depara com “Burro” Prieto, um policial chantagista que o conhece há muito tempo…


Campeón sin corona (1945) de Alejandro Galindo: Roberto “Kid Terranova” é um jovem talento do boxe. Seus primeiros sucessos o tornam o boxeador do momento e rapidamente começa a ganhar – e gastar – muito dinheiro. Porém, sua sorte muda no dia em que enfrenta Joe Ronda, um pugilista americano. A partir daí, desperta-se em Roberto um profundo complexo de inferioridade…

Canoa (1975) de Felipe Cazals: Filme mexicano de 1976, baseado em um incidente real que aconteceu em 1968 quando um grupo de viajantes para em uma aldeia governada por um padre paranóico e fanático, eles são rotulados como comunistas e profanadores e são linchados pela população enfeitiçada.

Doña Perfecta (1950) de Alejandro Galindo: No México, no século XIX, a chegada de Pepe Rey, um jovem agrônomo e liberal, ao conservador povoado de Santa Fe provoca hostilidade e desconfiança entre os moradores. Pepe hospeda-se com sua tia Perfecta, uma senhora puritana que não compartilha da visão liberal de seu sobrinho. Em pouco tempo, o trabalho do rapaz é dificultado, pois ele passa a sofrer acusações infundadas. Quando o jovem apaixona-se por sua prima Rosario – filha de Perfecta – a senhora fará todos os esforços possíveis para separar o casal…

El compadre Mendoza (1933) de Fernando de Fuentes: Esta é a história de Rosalío Mendoza, um fazendeiro mexicano que viveu durante a Revolução Mexicana de 1910. Rosalio consegue sobreviver por fazer amizade tanto com o exército quanto com os revolucionários. Todo mundo é bem-vindo em sua fazenda, mas a situação se torna insuportável, obrigando Rosalio a escolher um dos lados.

El esqueleto de la señora Morales (1959) de Rogelio A. González: Após vinte anos de um casamento infernal, um homem que é taxidermista resolve se livrar da esposa.

El rey del barrio (1949) de Gilberto Martínez Solares: Caridoso e altruísta, o jovem ferroviário Tin Tan está determinado a proteger sua jovem vizinha Carmelita – por quem é apaixonado – mesmo que ela rejeite sua ajuda. Na verdade, Tin Tan é chefe de uma quadrilha de ladrões que se dedica a vários golpes, passando-se por músicos, pintores e cantores de flamenco. As coisas complicam-se quando a milionária Nena, uma de suas conquistas, apaixona-se por seus encantos e quer se casar-se com ele.

El ángel exterminador (1962), de Luis Buñuel: Após uma extravagante e farta refeição, os convidados se sentem estranhamente incapazes de deixar a sala de jantar e, nos dias que se seguem, pouco a pouco, caem as máscaras de civilização e virtude e o grupo passa a viver como animais.
El vampiro (1957) de Fernando Méndez: Ao retornar para seu lar, após anos de ausência, a jovem Marta (Ariadna Welter) encontra seu vilarejo dominado pelo medo, a mansão de sua família em ruínas, e sua tia Eloisa (Carmen Montejo) sob a influência de um sinistro Conde Lavud (German Róbles).

El lugar sin límites (1977) de Arturo Ripstein: Manuela, um travesti gay, e sua filha Japonesita, possuem um prostíbulo no pequeno povoado de Olivo, cujo dono Dom Alejo, deseja vender. Pancho é antigo protegido de Alejo e cliente do prostíbulo, ao regressar ao povoado causa problemas para a Manuela e a Japonesita.

Enamorada (1946), de Emilio Fernández: A história se passa durante a revolução mexicana. As tropas do General revolucinário José Juan Reyes tiram dos ricos para mantar seu exército. Quando ele está em uma cidade confiscando dos ricos, ele conhece Beatriz Peñafiel, que lhe desperta um sentimento que nunca teve antes na vida. Beatriz, porém, é filha de rico senhor Carlos Peñafiel, e detesta o General.

Flor silvestre (1943) de Emilio Fernández: Esperanza (Dolores del Río), uma bela e jovem mulher, narra a seu filho sua história através da Revolução Mexicana.

La cucaracha (1959), de Ismael Rodriguez: Quando explodiu a Revolução Mexicana, havia uma mulher que fez história, seu nome era “La Cucaracha” (María Félix). Sua grande paixão foi a Revolução, mas, o que provocou sua queda foi um homem: o coronel Antonio Zeta (Emilio Fernández), que, no entanto, só tinha olhos para uma outra mulher, a viúva Isabel, (Dolores del Río)…

La diosa arrodillada (1947) de Roberto Gavaldón: O milionário Antonio presenteia sua esposa com uma estátua de mulher nua como presente de aniversário. Rachel, amante de Antonio e modelo da estátua, o chantageia exigindo que ele se divorcie. Pouco depois, a esposa de Antonio morre misteriosamente.
La mujer del puerto (1933) de Arcady Boytler: O russo Arcady Boytler fez toda a sua carreira no cinema mexicano a partir de fins dos anos 20. “La Mujer Del Puerto” é uma das inúmeras jóias desconhecidas da história do cinema. Através de uma história melodramática sobre uma mulher que é levada a prostituir-se e que, no desenlace, tem uma surpresa terrível, Boytler fez um filme magnífico.

La otra (1946) de Roberto Gavaldón: A ambição leva uma mulher a matar sua irmã gêmea e assim se tornar herdeira única de uma fortuna. Mas ela não imagina as consequências incomuns de sua ação. O longa marca a primeira parceria entre o diretor Roberto Galvadón, a atriz Dolores del Rio e o escritor José Revueltas. O trabalho fotográfico rico em claro-escuro de Alex Phillips e o cenário barroco de Gunther Gerszo são essenciais para a tensão drámatica do filme.

 La pasión según Berenice (1975) de Jaime Humberto Hermosillo: Berenice é uma jovem muito calma e correta que vive com sua madrinha em uma pacata cidade provincial. Após o aparecimento de Rodrigo, sua vida sofrerá uma transformação profunda e sem precedentes.

La sombra del caudillo (1960) de Julio Bracho: Baseado no romance de Martin Luis Guzman, o filme situa-se no México pós-revolucionário e aborda o dilema de “El Caudillo” (Miguel Ángel Ferriz) para escolher seu sucessor presidencial. De um lado está seu favorito, o general Jiménez (Ignacio Lopez Tarso), Ministro do Interior, do outro, Ignacio Aguirre (Tito Junco), seu Ministro da Guerra. Nesse contexto, desenvolve-se a trama, até chegar a sua estrondosa conclusão…


Los Hermanos Del Hierro (1961), de Ismael Rodríguez: No norte do México, no início do século XX, Reynaldo Del Hierro é morto a tiros por Pascual Velasco enquanto cavalgava com seus filhos Reynaldo e Martin. No enterro, a viúva decide incutir em seus filhos o desejo de vingança. Os anos se passam e Martin vinga a morte de seu pai matando Pascual. Este evento dá início a uma série de assassinatos envolvendo os irmãos Del Hierro.

Los Olvidados (1950), de Luis Buñuel: Nos subúrbios da Cidade do México um grupo de jovens delinquentes passa os dias cometendo pequenos roubos. Um fugitivo de um reformatório, Jaibo (Roberto Cobo), por ser mais velho e experiente se torna o líder natural deles. Um dia, na companhia de Pedro (Alfonso Mejía), Jaibo se descontrola e espanca Julian (Javier Amézcua) até a morte, pois supostamente este o teria delatado. Pedro, que tem uma grande necessidade de carinho materno mas é ignorado por sua mãe (Estela Inda), carrega um sentimento de culpa por se considerar cúmplice de Jaibo, que se comporta como se nada tivesse acontecido. Jaibo ainda tenta seduzir a mãe de Pedro, que não lhe dá nenhuma abertura, fazendo com que o confronto entre Jaibo e Pedro seja algo inevitável.

Maria Candelaria (1944), de Emilio Fernández: Em 1909, Marí­a Candelaria e Lorenzo Rafael, casal indígena de Xochimilco, desejam se casar apesar das circunstâncias adversas. As pessoas do povoado hostilizam a Marí­a Candelaria por ser filha de uma prostituta e os dois devem enfrentar a adversidade.
Nazarín (1958) de Luis Buñuel: O humilde padre Nazarín, interpretado por Francisco Rabal, vive e compartilha sua pobreza com os necessitados que moram perto da pousada de Chanfa. Após proteger uma prostituta que provocou um incêndio, é obrigado a fugir da cidade. Em sua peregrinação, as ações de Nazarín provocam uma série de problemas que se contrapõem fortemente a visão da caridade cristã.

Pueblerina (1948) de Emilio Fernández: Aurélio volta à sua cidade natal para se vingar do estupro de sua amada Paloma. Ao chegar ele descobre que sua mãe morreu e Paloma vive no exílio com seu filho, resultado do estupro. Ela quer esquecer seu passado, mas o irmão dela não está disposto a deixar isso acontecer.

Salón México (1948), de Emilio Fernández: Mercedes trabalha em uma cabaré para custear os estudos de sua irmã mais nova, Beatriz, em um colégio de elite para moças. Beatriz não sabe em que trabalha sua irmã, e sonha casar-se com Roberto, filho da diretora do colégio e piloto do Esquadrão 201. Os problemas começam quando Paco, quem explora Mercedes, ganha junto a ela um concurso de “danzón” e se nega a dividir o prêmio, levando-a a subtraí-lo enquanto dorme.

Sensualidad (1950) de Alberto Gout: O severo juíz Alejandro Luque vê-se tentado pela sensualidade de Aurora Ruiz, uma mulher que ele condenou a prisão por prostituição e por quem, desde então, tornou-se obcecado. Cego de paixão por Aurora, Luque cometerá una série de delitos para conquistar a cruel cortesã. Mesmo que para isso, tenha que sacrificar toda sua vida de devoção a justiça…


Una familia de tantas (1948) de Alejandro Galindo: A ordem e a tranqüilidade da família Cataño é quebrada no dia em que bate a porta o vendedor Roberto del Hierro, determinado a fazê-los comprar um de seus mais recentes produtos. A partir desse momento, a adolescente Maru sonhará em romper as correntes que a prendem a sua conservadora família.

Víctimas del pecado (1950) de Emilio Fernández: Violeta é uma dançarina de um Cabaret que resgata uma criança que encontra numa lata de lixo. Ela decide criar o bebê e sua decisão a coloca em desacordo com Rodolfo, o dono do clube onde ela se apresenta.

Viridiana (1961), de Luis Buñuel: Às vésperas de ser ordenada freira, Viridiana passa uns dias na mansão do seu pervertido tio, que, obcecado com sua beleza, tenta seduzi-la de todas as maneiras. Com a morte repentina do tio, ela desiste da vida religiosa, indo morar na mansão.

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