Maria Antonieta (Marie Antoinette, 1938) foi o último projeto de Irving Thalberg. O grande chefe de produção da MGM faleceu em 1936, mas desde 1933 já vinha trabalhando nos detalhes, deixando engatilhado esse que seria o mais caro filme já realizado pelo estúdio. , William Randolph Hearst queria colocar sua amante, a atriz Marion Davies, no papel principal. Porém, seu poder não foi maior que o de Thalberg, que preferiu deixar sua esposa, a atriz Norma Shearer, como Maria Antonieta.
Não havia inicialmente planos de contenção de gastos. Thalberg não queria economizar nada na história que teria uma duração de 4 horas. Os cenários foram suntuosos. O salão de baile era duas vezes maior que o original em Versalhes, e o mobiliário foi trazido diretamente da França. Investiu-se pesado também nos figurinos.
Para tanto, Gilbert Adrian viajou para a França e analisou minuciosamente quadros e pinturas da época, detendo-se nos mais famosos retratos de Maria Antonieta. A atenção foi tão demasiada com babados, bordados e pedras preciosas, que os vestidos chegavam a pesar 1,768 libras. Foram utilizados os melhores tecidos e peles, alguns deles foram projetados para combinar com a cor dos olhos de Shearer. Adrian buscou inspirações e incluiu detalhes que normalmente não são vistos à olho nu. Foram feitos 34 trajes somente para a personagem principal. Os trajes masculinos foram criados por Gile Steele.
Desde o princípio o filme foi concebido para ser em technicolor, mas os gastos excessivos acabaram fazendo com que as filmagens fossem feitas em preto e branco. Para que você tenha ideia do que estou falando, foram gastos 2,9 milhões de dólares, e caso fosse feito em cores, haveria um aumento de 1,8 milhões de dólares. Um gasto altíssimo para a época. Foi uma decisão prática, mas que acabou prejudicando fortemente o filme. Adrian projetou e lançou suas cores de acordo com a evolução da personagem, e sentiu-se ofendido após tudo.
Por causa dos altos custos, todos os figurinos foram colocados à disposição de outras produções e foram vistas em outros filmes ao longo dos anos. Foram reaproveitados em filmes como Du Barry is a Lady (1943), Scaramouche e Ice Follies de 1939, Cantando na Chuva (1952) e outros.
Selecionei algumas fotos que mostram os trajes. Alguns podem ser vistos pelo grande público em algumas exposições pelo mundo. Outros fazem parte de coleções particulares. Confira:
Fontes: IMDB, Blog vivelaqueen
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