Elizabeth Taylor sempre costumava lembrar o quanto a magoava o fato de que Richard Burton não tivesse ganho nenhum prêmio da Academia. Mas nós que acompanhamos a premiação sabemos todos que nem sempre o Oscar é justo. Richard Burton era de fato um excelente ator, e quem puder acompanhar a carreira dele ao longo dos anos poderá perceber a qualidade de seu trabalho.
Nascido em 10 de novembro de 1925 no País de Gales, fez sua estréia no teatro e tinha uma predileção por encenar peças de William Shakespeare. Algumas delas ele fez questão de também levar para as telas. Seu primeiro filme foi The Last Days of Dolwyn (1949). Apesar de gozar de certa popularidade, se tornou muito conhecido por seu envolvimento com Elizabeth Taylor.
Os dois formaram uma dupla dentro e fora das telas, atuando em alguns filmes juntos. Sua vida privada foi repleta de escândalos, a iniciar justamente por seu envolvimento com Taylor. Apesar de ser indicado ao oscar de melhor ator por sete vezes, jamais ganhou.
O ator faleceu em 5 de agosto de 1984, aos 58 anos. Ele sofria de alcoolismo e sua morte precoce veio em decorrência do seu processo de autodestruição. Porém sua obra ficou e por isso resolvi trazer alguns dos seus melhores trabalhos:
Eu te Matarei, querida! (My Cousin Rachel, 1952), de Henry Koster: Philip suspeita de que Rachel seja a responsável pela morte de seu primo. O motivo da viúva seria a valiosa herança da família. Mas, Rachel usa seu poder de sedução para atrair Philip que logo se apaixona por ela. Com Olivia de Havilland. Leia mais sobre o filme em nossa matéria.
O Manto Sagrado (The Robe, 1953), de Henry Koster: Épico bíblico que mostra a história de Marcellus Gallio, um homem errático que ganha o manto de Jesus e passa a ter visões perturbadoras. Com Jean Simmons.
Amargo Triunfo (Bitter Victory, 1957), de Nicholas Ray: Durante a Segunda Guerra Mundial, dois oficiais britânicos travam um conflito de valores em pleno deserto, enquanto levam a cabo uma importante missão. O que alimenta este conflito é o fato de que a esposa de um foi a amante do outro, no passado.
Cleopatra (1963), de Joseph L. Mankiewicz: A história da princesa egípcia e seus romances. Com Elizabeth Taylor. Leia mais sobre os bastidores do filme em nossa matéria.
A Noite de Iguana (1964), de John Huston: Um religioso alcoólatra vai para o México com um grupo de pessoas. Mas lá chegando, acaba assediando suas clientes e tendo que encarar o fracasso que é a sua vida. Com Ava Gardner, Sue Lyon e Deborah Kerr.
Becket, o Favorito do Rei (Becket, 1964), de Peter Glenville: Henry II é um rei que vive em batalha com a Igreja. O arcebispo de Canterbury indica Becket (Burton), um amigo que poderia ajudar nessa questão. Mas ele se surpreene ao Becket encarar a função com seriedade e se opondo ao rei. Com Peter O’Toole.
O Espião Que Veio do Frio (The Spy Who Came in from the Cold, 1965), de Martin Ritt: Em plena era da Guerra Fria, o espião britânico Alec Leamas é enviado à Alemanha Oriental para servir como agente duplo. Mas à medida que vão surgindo informações, o espião começa perceber que seus companheiros estão desconfiando de seu trabalho. Adaptação do romance escrito por John Le Carré.
Adeus às Ilusões (The Sandpiper, 1965), de Vincente Minnelli: Laura (Elizabeth Taylor) é uma artista que se refugia em uma pequena cidade da Califórnia. Lá conhece um sacerdote episcopal com quem acaba se envolvendo. Confira fotos dos bastidores em nossa matéria.
Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (Who’s Afraid of Virginia Woolf?, 1966), de Mike Nichols: Um casal em franca decadência discute durante uma noite tendo como convidados um casal. Enquanto a noite passa, mais verdades e mágoas são colocadas à tona.
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