Indicação de bons filmes para o final de semana!

619

Opa, muitos me pedem indicações de filmes. Sabendo disso, vou fazer algumas indicações sempre que der. Aqui vão algumas:

Anders Als Die Andern (1919), de Richard Oswald: Um dos primeiros filmes a tratar do tema homossexualismo, sofreu cortes da censura, que queimou partes inteiras do filme. A maior parte sobreviveu e foi remontada. As cenas deletadas foram substituídas por imagens e legendadas.
Carrie (1952), de William Wyler: Laurence Olivier é um homem mais velho que abandona a mulher para viver com a bela Carrie (Jennifer Jones) e paga um preço alto por isso. O código Hayes deu umas cortadas no roteiro, que por si só é bem ousado para esse período em que tudo era proibido. O personagem do Olivier é forte e a história envolvente e deixa nosso coração em pedaços. Por incrível que pareça ele não foi indicado a Melhor ator.
Cleopatra (1934) , de Cecil B de Mille: Esqueça a exuberante Elizabeth Taylor na mais famosa versão de Cleópatra. Conheça essa interpretada pela Claudette Colbert, mais espevitada que nunca e extremamente sensual em figurinos desenhados por Vicky Williams.
Daisy Kenyon (1947), de Otto Preminger: Uma coisa que chama muito a atenção nesse filme é a iluminação sombria, sobretudo quando a Joan Crawford aparece em cena. Seu rosto, na maior parte aparece iluminado apenas em parte do rosto. Joan faz uma mulher que se cansa de ser a outra e decide se casar, mesmo sem amor com um homem que também não esqueceu a esposa falecida. Em entrevistas Otto Preminger dizia não lembrar desse filme, e eu não sei o porquê de tamanho esnobismo, já que é um filme gracioso, embora traga uma carga, explicável pela época, de moralismo.
Georgy Girl (1966), de Silvio Narizzano: Lynn Redgrave interpreta a adolescente Georgy, que se vê envolvida em um romance com o cunhado, ao passo que é idolatrada por um homem mais velho que deseja tê-la como amante. Uma comédia inglesa deliciosa.
Les Diaboliques (1955), do Clozot: mulher e amante decidem se unir para se vingar dos desmandos de um homem que as maltrata. O filme traz a brasileira Véra Clouzot no papel da esposa traída e a Simone Signoret como a amante. Foi refilmado em 1996 trazendo a Isabelle Adjani e a Sharon Stone nos papéis principais, mas a refilmagem não chega nem aos pés da original.
Matrimonio all’italiana (1964), de Vittorio De Sica: adaptado de uma peça teatral, traz Sophia Loren no papel de uma ex-prostituta que dedica sua vida ao garanhão (interpretado por Marcello Mastroianni) e sonha em se casar com ele. Um dos melhores filmes da dupla, dirigidos pelo competente De Sica.
Teen Kanya (1961), Satyajit Ray: O filme traz três histórias curtas sobre três mulheres e é uma ótima oportunidade de conhecer o grande mestre indiano Ray.
There’s Always Tomorrow (1956): Douglas Sirk arrebata em cada um de seus filmes quando mexe com a sociedade e família americanas. Ninguém melhor do que ele sabe traduzir para as telas os filhos chatos, as esposas conformadas e os homens mal amados. Barbara Stanwick está arrebatadora como a mulher que chega para abalar os sentimentos de um homem casado e desprezado por sua chata família.
Together Again (1944), de Charles Vidor: Irene Dunne era a parceira preferida do Charles Boyer, e de todas que trabalharam com ele, a minha também. Nesse filme eles já estavam com 46 anos, tinham já feito alguns filmes juntos e estão super à vontade. Irene está muito simpática como a viúva do interior que tem medo da opinião dos outros e entra em pânico quando o escultor, feito por Boyer passa a assediá-la. O filme conta ainda com o sempre Charles Coburn no eterno papel de vovô bacana.

A Maior parte dos filmes foram lançados em dvd.

Comente Aqui!