Candice Bergen, uma História de Sucesso

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Filha de artistas, Candice Bergen conseguiria imprimir seu próprio estilo. Atriz de sucesso desde a década de 60, se reinventou e hoje permanece na ativa. Conheça mais sobre essa fascinante mulher.

 

Candice nasceu na Califórnia, em 9 de maio de 1946. Era a filha mais velha do casal Edgar e Frances Bergen. Seu irmão, Kris Bergen, nasceria em 1961 e mais tarde se tornaria editor de tv e cinema.

Edgar Bergen (1903–1978) era um conhecido ventríloquo e mais tarde, sua filha confessaria que odiava quando as pessoas diziam que ela era a irmãzinha do boneco de seu pai. Mas os belos traços, a garota iria herdar mesmo era de sua mãe, a modelo e atriz Frances Bergen (1922 – 2006), que atuou em filmes como Náufragos do Titanic (1953) e Gigolô Americano (1980), dentre outros.

Como era de se esperar, Candice desde cedo entrou em contato com o mundo artístico, respirando os ares do sucesso ainda na infância. Aos 9 tentou através de um teste, participar de um filme da Disney, mas mesmo com o pedido pessoal de seu pai, não conseguiu entrar no elenco do Clube Do Mickey (1955).

Aos 11, aparecia esporadicamente no programa de rádio de seu pai, e lá conheceu muita gente famosa. Já na fase da adolescência, chegou a cursar arte e música, mas acabou desistindo de ambos os cursos e começou a modelar. Fez várias capas e propagandas como esta:

Candice fotografada por David Bailey

Nas telas do Cinema e da TV

E foi após vê-la em uma dessas propagandas, mais precisamente um anúncio onde ela parecia estar segurando um leopardo mas era na verdade um travesseiro, que o diretor Sidney Lumet a chamou para realizar um teste de tela. Ela acabou estreando no cinema em 1966 em O Grupo (The Group).

Nos anos seguintes a jovem iria trabalhar em vários filmes de sucesso como Quando é Preciso Ser Homem (Soldier Blue, 1970), Ânsia de Amar (Carnal Knowledge, 1971) com Jack Nicholson e Ann-Margret, O Vento e o Leão (1975), com Sean Connery e Ricas e Famosas (1981) com Jacqueline Bisset. Seu sucesso na Europa a transformou em uma das mais populares mulheres da década de 70.

Em 1979 ela foi indicada ao Oscar pela única vez por Encontros e Desencontros (Starting Over), comédia romântica que atuou ao lado de Burt Reynolds:

Candice Bergen e Burt Reynolds em Starting Over (1979)

Em 1988 a atriz começou a atuar em “Murphy Brow”, que a tornaria imensamente conhecida. Na série televisiva ela interpretava uma jornalista que se envolvia em várias situações cômicas mas que ao mesmo tempo trazia várias questões importantes. Dentre elas a maternidade, o câncer de mama e a luta da personagem em várias situações.

A série ficou no ar durante uma década, mesmo chegando a chocar o vice-presidente Dan Quayle por Murphy ser uma mãe solteira. Além disso, Murphy Brown lhe rendeu cinco Emmys. Em 1998, após 10 temporadas, a série saiu do ar, mas a personagem chegou a aparecer em várias diferentes: Seinfeld (1989), Ink (1996) e Uma Família da Pesada (1998). Em 2018 está sendo realizada um revival que vale a pena ser conferido.

Ela jamais parou de trabalhar desde então, fosse em séries, dentre elas Seinfeld, Law & Order, Will & Grace e Sex and the City, fossem em filmes. Vale lembrar também que a atriz foi a primeira apresentadora do Saturday Night Live, que estreou em 1975 e a primeira mulher a participar do Five-Timers Club, em 1990.

Seu namoro com Terry Melcher e O Caso Sharon Tate

Há um capítulo macabro em sua vida que preciso citar aqui. Em meados da década de 60 ela namorou Terry Melcher (1942–2004), filho único de Doris Day e produtor de discos. Os dois passaram a dividir o mesmo teto em 1968 numa casa que ficava na Cielo Drive, em Beverly Hills. Porém, no ano seguinte se mudaram para Malibu, vendendo a casa para o jovem casal Roman Polanski e Sharon Tate. Em 9 de agosto de 1969 a casa foi invadida por seguidores de Charles Manson, que assassinaram Sharon Tate e um grupo de amigos. Polanski estava ausente finalizando O Bebê de Rosemary.

Candice Bergen e Terry Melcher

Posteriormente o grupo informou que estavam em busca de Terry, que negara um contrato a Manson. Eles não sabiam que a casa havia sido vendida, e na ausência do produtor, resolveram matar os que estavam presentes de maneira bárbara. Depois da tragédia, a casa foi demolida. Falamos mais detalhadamente sobre o caso nesta matéria. Clique aqui para ler.

 

Casamentos e vida Posterior

Candice e Malle apaixonadíssimos, no dia de seu casamento

Candice casou-se pela primeira vez em 1980, com o cineasta Louis Malle, um importante nome do cinema francês que nos presenteou com 30 filmes. Da relação nasceu sua única filha, Chloe Malle, em 8 de novembro de 1985. Os dois permaneceram juntos até a morte dele em 3 de novembro de 1995, após uma grande luta contra o câncer. Mas apenas observe essa foto acima e viva esse momento de tremenda alegria.

Foi somente em 2000 que Candice voltaria se casar novamente. Desta vez com o namorado de antiga data, o multimilionário e filantropo Marshall Rose, com quem vive até hoje.

Com sua filha Chloe

Atualmente a atriz dedica-se a alguns pequenos prazeres entre uma filmagem e outra. Dentre eles a um novo negócio: ela pinta animais em bolsas que são vendidas e tem seus lucros revertidos à caridade. Uma de suas clientes é a cantora Barbra Streisand.

Hoje, aos 72 anos Candice Bergen continua na ativa. Além da volta de sua personagem Murphy Brown, que será exibida na CBS, também estreou recentemente em Do Jeito Que Elas Querem (2018) , uma comédia ao lado das grandes estrelas do cinema: Diane Keaton e Jane Fonda.

No filme ela e suas amigas tratam a chegada da terceira idade de uma maneira leve, fazendo questão de frisar que mulheres de maior idade também tem direito a amar e serem amadas. Além, é, claro, de aproveitarem a amizade umas das outras. É um filme que vale a pena ser conferido.

Em uma entrevista recente à Marie Claire, a atriz declarou:

“Alguns de meus amigos querem muito manter suas idades em segredo. Mas, sinceramente, eu não entendo o porquê. Nós devemos nos sentir privilegiados por envelhecer. Tenho 72 anos, então qual é o problema?”.

Eu mesma posso responder, Candice: Nenhum. Você é uma mulher maravilhosa, com uma carreira que merece ser sempre lembrada e os anos só fizeram lhe favorecer. E você não está errada quando afirmou à Inquirer que “À medida que você envelhece, fica muito mais esperto. Sou 100% mais inteligente agora do que quando tinha 30 ou 40 anos“. Você permanece sendo um grande exemplo para todas nós. Vida longa!

Ajudaram nesta matéria: People, AARP, Biography, Dailymail, AOL

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