Chaplin disse que o ator mexicano Mário Morenno Reis, ou melhor, Cantiflas, era o melhor comediante do mundo. Começou a fazer cinema em seu país. Seus filmes começaram a fazer fama também além das fronteiras, e logo os Estados Unidos o descobriam. Até hoje há controvérsias de como surgiu seu apelido Cantinflas. Uns dizem que era para ocultar seu nome verdadeiro dos pais, outros que vem da expressão “Cuanto inflas”.
De infância pobre no México, desistiu dos estudos e foi de tudo um pouco: engraxate, pugilista, toureiro, motorista de taxi, palhaço de circo. Até que resolveu se aventurar como artista ambulante, fazendo paródias de músicas antigas e dançando para ganhar uns trocados.
Mário era apaixonado por cinema. Sobretudo pelos westerns americanos. Gostava de John Ford, Howard Haws, mas também dos musicais de Vincent Minelli e Stanley Donen. Também gostava de coisas nossas, Grande Otelo e Oscarito. Começou a fazer cinema em seu país. Seus filmes começaram a fazer fama também além das fronteiras, e logo os Estados Unidos o descobriam. Criou também um personagem que trajava, assim como Chaplin, calças enormes e tinha um bigodinho peculiar: na verdade dois. Um de cada lado. Seu humor era baseado na sátira social.
Em Hollywood apareceu em “A Volta ao mundo em 80 dias” (1956). Quatro anos depois fez “Pepe” (1960), filme hoje tão raro que nunca foi lançado em DVD. Enriqueceu com o cinema. Mas também perdeu muito. Doando. Primos, amigos, desconhecidos, “parentes”, todos iam em busca de seu dinheiro. Fez generosas doações também a instituições de caridade. Chegou a ser membro do Sindicato dos Atores, e criou uma Casa de Amparo aos artistas.
Cantinflas morreu de câncer, aos 82 anos.