Divas do cinema mudo: Colleen Moore

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Essa atriz que tinha a peculiaridade de ter um olho azul e outro castanho. Ela também, ao lado de Louise Brooks popularizou o uso do estilo de cabelo hoje em dia chamado corte chanel. Nessa matéria vamos conhecer um pouco mais dessa atriz que anda tão esquecida do grande público mas que fez muito sucesso no período do cinema mudo.

Nascida em 19 de agosto de 1899, seu verdadeiro nome era Kathleen Morrison. Com quinze anos ela, como metade das garotas de sua idade, tentavam um espaço no cinema, essa nova indústria que chegava com tudo. Ela já era fã de artistas conhecidas como Marguerite Clark (hoje esquecida) e Mary Pickford (talvez uma das poucas lembradas daquele período). Ela sonhava em se tornar uma delas. E lá foi.

Foi seu tio quem conseguiu com que ela fizesse um teste de tela, e a partir daí Colleen passou a fazer figuração, primeiro passo da maior parte dos artistas. Inicialmente havia planos de transforma-la em uma nova Lillian Gish, mas ela acabou fazendo filmes ao lado de astros como Tom Mix na Essanay Studios (um dos estúdios do qual Charles Chaplin fez parte). Até aí ela era apenas um rostinho a mais na multidão.

De lá ela fez outras séries de contratos com pequenas companhias de cinema. Por volta de 1917 ela começava a ser notada por alguns jornais que destacavam seu rosto doce. Mas na verdade ela passou a se tornar destaque mesmo a partir da década de 20 quando passou a fazer parte do cast de companhias maiores como a Universal. Ela fez alguns filmes que se tornaram grandes sucessos, atuando ao lado de atores consagrados como Amor nunca Morre (1928, ao lado de Gary Cooper), Glória e Poder (1933, ao lado de Spencer Tracy).

Ela foi uma das atrizes que não conseguiram seguir carreira após a chegada do cinema falado, infelizmente. The Scarlet Letter (1934), que acabou sendo, infelizmente seu último filme. Ele pode ser encontrado no youtube. Aproveite.

Colleen foi casada quatro vezes. A primeira delas com John McCormick (1923 – 1930). Albert P. cott (1932 – 1934), Homer Hargrave (1937 – 1964) e Paul Maginot (1983). E foi seu terceiro marido, um corretor de seguros, quem a incentivou a investir no mercado de ações pensando no futuro. Se o casamento não deu certo, ela conseguiu juntar seu dinheiro.

A atriz publicou muitas décadas depois dois livros. Num deles contava como foi sua vida, no outro ensinava outras mulheres a investir no mercado de ações. O dinheiro guardado e investido fez dela uma das atrizes mais ricas de seu período, vivendo confortavelmente até o final de sua vida, quando faleceu aos 88 anos em 25 de janeiro de 1988. A atriz não teve filhos. Após sua aposentadoria das telas ela escreveu dois livros, falecendo aos 88 anos, na Califórnia.

Uma grande tristeza para os fãs ou novos fãs é que grande parte de seus filmes foram perdidos, mas há alguns trechos que podem ser encontrados no youtube.

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