Nascida no México, Lupita Tovar se tornaria mais conhecida por seu papel na versão espanhola de Drácula, realizada nos estúdios da Universal ao mesmo tempo que a versão original, com Bela Lugosi. Ela também foi protagonista do primeiro filme mudo do cinema mexicano, o clássico Santa.
A atriz foi descoberta pelo diretor de documentários, Robert Flaherty. Em 1929 ele a conduziu a Hollywood. Lá ela iniciou sua carreira cinematográfica atuando em pequenos papéis em filmes mudos. Apesar de ser bem recebida, não conseguiu sucesso igual às suas compatriotas, Dolores del Río e Lupe Vélez, que já eram renomadas estrelas em Hollywood. Em 1930 Tovar iniciou uma prolífica carreira nas versões hispanas dos grandes filmes de Hollywood, entre os quais se destacam La voluntad del muerto (versão em espanhol de The Cat Creeps) e sobretudo na versão espanhola de Drácula.
Depois de Dracula, em 1931, Tovar voltou ao México, onde, sob a direção de Antonio Moreno, estrearia o primeiro filme sonoro do cinema mexicano, Santa, baseada no romance de Federico Gamboa. Em 1932, conhece em Paris o representante artístico americano, Paul Kohner, que logo se tornaria seu esposo.
Tovar terminaria por se retirar da indústria do cinema no início dos anos quarenta, logo depois do nascimento dos seus filhos: a atriz Susan Kohner (indicada ao Oscar em 1964), e o produtor de televisão, Pancho Kohner. A pesar de tudo, Lupita Tovar teria seu nome gravado em ouro na história do cinema de língua espanhola por sua histórica atuação em Santa.
Em 2006, Tovar recebeu uma homenagem da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos por sua colaboração na indústria do cinema.
Tovar é avó dos produtores americanos, Chris e Paul Weitz, famosos pelos filmes como Antz,The Nutty Professor e American Pie, entre outros. Atualmente junto com Mayra Sérbulo e Aurora Clavel é uma das três atrizes oaxaquenhas que chegaram a Hollywood.