É estranho pensar em Marilyn Monroe como uma linda idosa. Mas se estivesse viva, a atriz que nasceu no mesmo ano que a Rainha Elizabeth II, estaria completando 93 anos.
Nossa querida Marilyn Monroe nasceu em Los Angeles, em 1 de junho de 1926 como Norma Jeane e anos mais tarde se tornou um dos maiores símbolos sexuais do século XX. Tornar-se uma grande profissional era seu primeiro desejo. Por isso, apesar de suas grandes dificuldades na infância e adolescências, foi à luta.
Passou por grandes dificuldades para tentar encaixar-se como uma das maiores musas do cinema: estudou gestos, fotografou para as revistas mais famosas, reinventou-se como artista. Poderia ir mais longe se não houvesse um poder limitante que determinava que atrizes e atores só poderiam fazer um tipo de personagem. A dela foi a de sex symbol.
Confesso que ao longo dos anos minha imagem sobre a mulher e a atriz vem mudando enquanto aprofundo-me sobre sua história. Imagino o quanto foi difícil segurar a barra de ser uma mulher à frente de seu tempo, linda, com um sucesso extremo, e ainda ter que lidar com situações e pessoas extremas. Ser testada a todo instante e ter olhos virados para si o tempo todo deve ter sido delirantemente assustador.
Muitos lembram dela como a melhor modelo que já existiu, outros como uma atriz que sempre buscou melhorar mas não teve as oportunidades devidas. Em todos os casos, um ser humano maravilhoso e que buscava sempre o melhor de si.
Adoraria tê-la visto envelhecer como outras grandes mulheres do cinema, como Elizabeth Taylor, Lauren Bacall e Doris Day. Amaria vê-la superar seus medos e angústias, encontrar o que buscasse. A vida não é perfeita e nem sempre os finais felizes. Foi-se o mito aos 36 anos. Fincou seu nome na história.
Lia outro dia um texto escrito por Fernando Pessoa, e que imediatamente me fez pensar sobre essa questão da brevidade da vida de alguns, e a longitude de outros:
“Não morrem jovens todos a que os Deuses amam, senão entendendo-se por morte o acabamento do que constitui a vida. E como à vida, além da mesma vida, a constitui o instinto natural com que se a vive, os Deuses, aos que amam, matam jovens ou na vida, ou no instinto natural com que vivê-la. Uns morrem; aos outros, tirado o instinto com que vivam, pesa a vida como morte, vivem morte, morrem a vida em ela mesma. E é na juventude, quando neles desabrocha a flor fatal e única, que começam a sua morte vivida.” (Fernando Pessoa).
A você, Norma, minhas mais sinceras saudações. Onde estiver.