10 de maio de 2025

Maiores Astros do Cinema Alemão Clássico

Conheça os nomes que brilharam no cinema alemão clássico. Talentos que marcaram gerações e continuam a encantar cinéfilos.

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O **cinema alemão clássico** é reconhecido como um dos pilares da história do cinema, tendo influenciado gerações de cineastas ao redor do mundo. Durante as décadas iniciais do século 20, o cenário cinematográfico alemão revelou talentos extraordinários que se tornaram verdadeiras lendas das telas. Esses astros não apenas definiram uma era de inovação e criatividade, mas também ajudaram a moldar o expressionismo e outros movimentos artísticos que permanecem relevantes até hoje. Explorar os **maiores astros do cinema alemão clássico** é mergulhar em um universo de atuações marcantes, narrativas envolventes e momentos históricos que transformaram a sétima arte.

Entre os nomes icônicos que dominaram esse período, encontramos figuras como **Fritz Lang**, **Marlene Dietrich** e **Emil Jannings**, cujas carreiras transcenderam fronteiras e conquistaram plateias globais. Suas performances elevaram o cinema alemão a um patamar internacional, consolidando sua importância na cultura cinematográfica mundial. Ao revisitar esses astros, compreendemos melhor o impacto de suas contribuições e o legado duradouro que deixaram para o cinema contemporâneo. Descubra quem foram esses gigantes e por que suas obras continuam sendo celebradas como marcos indispensáveis da história do cinema:

Emil Jannings (1884 – 1950): Emil foi o primeiro ganhador do Oscar de Melhor ator, e apesar de ter nascido na Suíça foi na Alemanha que desenvolveu boa parte de sua carreira. Trabalhou com FW Murnau e Josef von Sternberg e um dos seus maiores sucessos foi O Anjo Azul (1930).

Hansi Knoteck (1914–2013): Tornou-se popular após 20 anos de carreira. Um de seus papéis de maior destaque foi no filme O Barão dos Ciganos (1934). Outros sucessos foram Woronzeff (1934), “The Girl From Moorhof” (1935) e Sherlock Holmes (1937).

Klaus Kinski: (1926 – 1991): Nascido na Polônia, ganhou notoriedade por sua parceria com o cineasta Werner Herzog. Dentre seus papéis principais se destaca Fitzcarraldo (1982), Nosferatu (1979) e Aguirre, a Cólera dos Deuses (1972). É pai de Natasha Kinski e conhecido também por seu personalidade difícil.

Peter Lorre: (1904 – 1964): Nascido no Império Austro-Húngaro, se tornou uma sensação após atuar em “M – O vampiro de Düsseldorf” (1931) de Fritz Lang. Partiu para a América no final dos anos 30 onde atuou como coadjuvante em vários filmes. O mais famoso dele foi O Falcão Maltês (1941). Infelizmente não teve grandes oportunidades na América.

Conrad Veidt (1893 – 1943): O ator se tornou célebre por seus papéis em filmes como O Gabinete do Dr. Caligari, O Ladrão de Bagdá e Casablanca. Também atuou em um dos primeiros filmes a abordar os direitos dos homossexuais, Anders als die Andern (1919) e também esteve presente no primeiro filme falado da Alemanha.

Lil Dagover (1887 – 1980): Iniciando a carreira em 1918, no ano seguinte trabalhou ao lado de Fritz Lang em Die Spinnen (1919). Dentre seus filmes de maior sucesso estão Der Kongress tanzt (1931), Die Tänzerin von Sanssouci (1932) e Der Flüchtling aus Chicago (1934). Trabalhou até a década de 70, mas seu ápice foi nas décadas de 20 e 40.

Lilian Harvey (1906 – 1968): Nascida na Inglaterra, passou boa parte de sua juventude na Alemanha, se tornando famosa como atriz e cantora. Seu primeiro papel no cinema foi como uma jovem judia em The Curse (1924). Chegou a ser chamada pela imprensa de “a garota mais doce do mundo”, também conhecida como a Mary Pickford alemã. Trabalhou em muitas comédias malucas e também atuou em cerca de 55 dramas românticos, além de comédias e musicais.
Hildegard Knef (1925 – 2002): Iniciou sua formação aos 15 na UFA (estúdio localizado em Berlim). Se tornou mundialmente conhecida após trabalhar em Os assassinos estão entre nós (1946), recebendo posteriormente vários prêmios por suas atuações. Foi de fato a primeira grande estrela do cinema alemão pós guerra.

Werner Krauss (1884 – 1959): Fazendo enorme sucesso tanto no teatro como no cinema, foi considerado um dos maiores astros do seu tempo, dominando as telas na década de 20. As suas habilidades nas caracterizações de seus personagens lhe renderam o título de “o homem de mil rostos”.  Dentre seus filmes de destaque estão O Gabinete do Doutor Caligari (1920) e Waxworks (1924). Após sua colaboração com os nazistas passou a ser mal visto no meio. Hitler o classificou como um embaixador cultural da Alemanha nazista.

Marlene Dietrich (1901 – 1992): Atriz e cantora, se destacou inicialmente por O Anjo Azul (1930), dirigido por Josef von Sternberg. Esse filme lhe trouxe fama internacional, e ela partiu para a América onde emplacou vários sucessos, se tornando uma das maiores estrelas também de Hollywood.

Curd Jürgens (1915 – 1982): um dos maiores astros do cinema alemão, trabalhou em cerca de 160 filmes ao longo de uma carreira que durou quatro décadas. Ele também se dedicou à recitação das obras literárias e trabalhos para a tv.

Heinrich George (1893 – 1946): Dentre seus trabalhos mais importantes estão Metropolis (1927) e Dreyfus (1930). Com a chegada do nazismo, foi considerado um ator não desejável, graças a suas afiliações políticas. Chegou a ser proibido de atuar, e embora tenha concordado em estrelar filmes de propagandas nazistas mas foi levado para um campo de concentração, onde morreu de fome em 1946.

Heinz Rühmann (1902 – 1994): Provavelmente o ator mais famoso e popular no cinema alemão clássico. Além de ator, também dirigiu alguns filmes com sucesso. Sua última participação foi em Faraway, So Close! (1993), de Wim Wenders. Dentre seus filmes de maior sucesso podemos destacar The Punch Bowl (1944) e Das schwarze Schaf (1960).

Hans Albers (1891 – 1960): Foi uma das maiores estrelas masculinas da Alemanha entre as décadas de 30 e 40. Extremamente popular, trabalhou em cerca de 100 filmes na era do cinema mudo. Dentre seus filmes mais famosos estão O Anjo Azul (1930) e The Cooper, no mesmo ano.

Hardy Krüger (1928): ator e escritor, foi um dos poucos atores alemães que fizeram sucesso após a segunda guerra. Participou de numerosas produções, dentre as quais se destacam Hatari (1962) e O Vôo do Fênix (1965).

Willy Fritsch (1901 – 1973): Ator e cantor, trabalhou em cerca de 120 filmes entre 1921 e 1964. Dentre seus filmes podemos destacar Spies (1928), Melody of the Heart (1929) e Glückskinder (1936).

Ilse Werner (1921 – 2005): Nascida nas Índias Orientais Holandesas, retornou à Alemanha com a família em 1931, se tornando cidadã alemã em 1955. Se tornou famosa em filmes como ” Die Schwedische Nachtigall ” (1941) e “Wir machen Musik” (1942).

Olga Tschechowa (1897 – 1980): Nascida na Russia, mudou-se para Berlim em 1920. Seu primeiro papel no cinema foi em The Haunted Castle (1921). Na década seguinte se transformaria em uma das estrelas mais queridas do Terceiro Reich e admirada por Adolf Hitler. Apareceu em filmes como Der Choral von Leuthen, embora preferisse comédias. Chegou a atuar em Hollywood mas não conseguiu fazer sucesso por causa de seu forte sotaque.

Lilli Palmer (1914 – 1986): Atriz e escritora, foi indicada duas vezes ao Globo de Ouro. Fez sua estréia no cinema em Crime Unlimited (1935), de Ralph Ince. Trabalhou ao lado de grandes astros europeus como Curd Jürgens , James Mason , Louis Jourdan , Jean Gabin , Jean Marais , Jean Sorel e Gérard Philip. Palmer retornou à Alemanha em 1954, onde desempenhou papéis em muitos filmes e produções televisivas.

Hanna Schygullambro (1943): Sua carreira começou quando do seu encontro com o cineasta alemão Rainer Werner Fassbinder, de quem ela se torna musa. Essa colaboração deu origem a cerca de vinte filmes. Além do cinema e do teatro, ela se lança no mundo da canção e da poesia na década de 1990. .Ela é geralmente considerada a atriz alemã mais proeminente do Novo Cinema Alemão.

Brigitte Helm (1906 -1996): Seu mais importante trabalho foi como a Maria do filme Metropolis (1927), de Fritz Lang. Depois de Metropolis, participou de pelo menos 30 filmes, como The Love of Jeanne Ney (1927), Alraune (1928), Gloria (1931), The Blue Danube (1932) e Gold (1934). Com a ascensão do nazismo, partiu para a Suíça e se aposentou das telas. Recusou-se a dar entrevistas até sua morte.

Karin Baal (1940): Uma das atrizes mais populares e belas das décadas de 50 e 60, aparecendo em cerca de 90 filmes desde 1956. Tardiamente também trabalhou com sucesso em várias peças de teatro. 

Ruth Leuwerik (1924 – 2016): Atuou em 34 filmes entre 1950 e 1977. Leuwerik é provavelmente melhor conhecida por suas atuações como Maria von Trapp nos filmes The Trapp Family e The Trapp Family in America.

Margot Hielscher (1919): Cantora e atriz, apareceu em mais de 50 filmes entre 1939 e 1994, recebendo vários prêmios por sua contribuição ao cinema alemão. Também foi designer de moda e representou a Alemanha no Festival Eurovisão da Canção 1957 e no Festival Eurovisão da Canção 1958.

Otto Gebühr (1877 – 1954): Ator de teatro e cinema, atuou em 102 filmes entre 1917 e 1954. Gebühr morreu em 1954. Seu último filme, Die Loiro Frau des Maharadscha , foi lançado oito anos depois de sua morte.

Horst Buchholzo (1933 – 2003): Capaz de falar várias línguas, Buchholz expandiu-se em trabalho cinematográfico fazendo dublagem de voz em língua estrangeira. O ator alemão se tornou conhecido por seus trabalhos em língua inglesa. Destes, podemos destacar Cupido não tem bandeira (1961), Sete homens e um destino (1960) e Marcados pelo Destino (1959).

Viktor de Kowa (1904 – 1973): Estreou no cinema em The Heart Thief (1927). Durante o Terceiro Reich ele se juntou ao Partido Nazista , dirigindo filmes de propaganda para o governo. Apesar de seu envolvimento com o cinema nazista, conseguiu seguir sua carreira após a guerra. 

Gustaf Gründgens (1899 – 1963): foi um dos actores alemães mais conhecidos do século XX. O seu papel mais conhecido foi como Mephistopheles no Fausto de Goethe.

Hans Söhnker (1903-1981): apareceu em 105 filmes entre 1933 e 1980, fazendo enorme sucesso após a segunda guerra. Dentre seus maiores sucessos estão Hallo, Fräulein (1949), Weiße Schatten (1951), Die Stärkere (1953) e Hoheit lassen bitten (1954).

Fritz Rasp (1891-1976): Se destacou em papéis e vilões e traidores, perfazendo um total de 104 filmes entre 1916 e 1976. Destaque para Metropolis (1927), Diário de uma Menina Perdida (1929) e The Threepenny Opera (1931).

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