Apenas 16 filmes foram necessários para que David Lean entrasse na lista dos diretores mais consagrados do cinema clássico. O diretor era adepto às técnicas tradicionais e gostava de contar uma boa história com início, meio e fim sempre em busca de qualidade.
Nascido em 25 de março de 1908 na Inglaterra, abandonou os estudos logo cedo, dedicando-se a trabalhar ao lado de seu pai. Sua única alegria nesses tempos era fugir para o cinema e assistir filmes dos seus diretores mais queridos. Indo em busca de seus sonhos, foi contratado pelos estúdios Gainsborough. Começando como assistente, passou por todas as etapas de produção até finalmente ser nomeado montador-chefe na Gaumont Sound New. Trabalhando como montador começou a fazer nome na indústria inglesa. Aós sucessivos convites negados, finalmente Lean resolveu aceitar um convite para dirigir o filme Nosso Barco, Nossa Alma (1942) ao lado de Noel Coward, que se tornou um dos mais importantes filmes sobre a segunda guerra mundial. O diretor dirigiu boa parte das cenas, e utilizou sua experiência na montagem. O resultado fez com que concorresse ao Oscar daquele ano.
O auge viria a partir da década de 50 e traria três grandes épicos: A Ponte do Rio Kwai (1957), Lawrence da Arábia (1962) e Doutor Jivago (1965). Passagem Para a Índia (1984) seria sua despedida das telas. Nesse ano o diretor foi laureado como Cavaleiro pela coroa britânica, se tornando Sir David Lean.
David Lean faleceu em 16 de abril de 1991 de pneumonia. A obra permanece viva. Vamos a uma indicação de filmes:
A Ponte do Rio Kwai (1957): Depois de liquidar suas diferenças com o comandante de um campo de prisioneiros japonês, um coronel britânico coopera para supervisionar seus homens na construção de uma ponte ferroviária para os seus captores – enquanto permanece alheio aos planos dos Aliados para destruí-la.
A Filha de Ryan (1970): Em uma cidade irlandesa, um rapaz com deficiência mental expõe para todos da cidade que uma mulher casada está tendo um caso com um oficial britânico.