Nos Cinemas: X-Men: Fênix Negra (2019)

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Olá, amigas e amigos do Cinema Clássico. Estou de volta para falar para vocês obre minhas impressões do filme X-men: Fênix Negra, que estreará esta semana (05/06/2019).

Antes de adentrarmos realmente no filme, vale explicarmos alguns pontos importantes para que vocês compreendam o macro no qual este filme está inserido:

A Fênix Negra encerra um ciclo de quase vinte anos de filmes dos heróis mutantes que se iniciou em 2000 com o filme X-men, aquele que nos apresentou Hugh Jackman como o magnífico Wolverine e Halle Berry como a Tempestade que ainda está em nossos corações. De lá pra cá foram muitos filmes, alguns bons e outros completamente sem noção. O certo é que a linha do universo cinematográfico dos X-men tornou-se em certos aspectos uma grande confusão, um emaranhado temporal conflituoso e desconexo.

Esta película, em particular, finaliza a trilogia que iniciou de forma razoável com X-men: Primeira Classe, passando pelo apocalíptico e famigerado X-men: Apocalipse.

A Fênix Negra é dirigida por Simon Kinberg, que também é roteirista ao lado de Chris Claremont. O elenco conta com diversas estrelas, tais como: a vencedora do Oscar, Jennifer Lawrence (Mística), Sophie Turner mais conhecida como Sansa de GOT (Jean Grey e Phoenix), James McAvoy de Fragmentado e Vidro (Xavier), Michael Fassbender (Magneto), Jessica Chastain (é a vilã Lilandra), dentre outros.

Tecnicamente o filme: é bem trabalhado do ponto de vista dos efeitos visuais; a mixagem de som se destaca fazendo as salas I-Max tremerem; a trilha sonora é boa mais um tanto repetitiva; A direção de arte e figurinos são elaborados de modo condizente para o período em que se passa o filme; já a maquiagem permanece no mesmo nível dos filmes anteriores dessa trilogia – entretanto, considero que poderia ser melhor, pois a primeira trilogia tinha maquiagens excelentes, a exemplo da utilizada em Rebecca Romjin, que interpretava de modo primoroso a Mística.
Agora quando falamos de roteiro… ele passa longe de ser grandioso e digno para o final de 20 anos de filmes – já que agora a Fox pertence a Disney que possivelmente irão fazer um reboot (recomeço) dos X-men para que estes venham a fazer parte da 4ª Fase Universo Cinematográfico Marvel (MCU).

O filme se arrasta por quase duas horas em um looping infinito que dá a impressão de sempre estar em um recomeço sem chegar a um fim. Os clichês são muitos e a sensação de déjà vu permeia o filme do início ao fim, até por que a Fênix também encerrou a primeira trilogia dos heróis mutantes. Não sei se foi algo particular, mas o filme realmente não conseguiu me empolgar, nem me fez ficar triste nas cenas de drama. Em dados momentos a combinação das cenas com a trilha sonora fazia-me sentir como ouvir um piano de uma tecla só, mergulhado em diálogos quase sem fim e com certo vazio emocional e interpretativo que fizeram achar que o filme era bem mais longo do que realmente o é, mesmo com tantas cenas de ação.

A interpretações são em geral retilíneas, quase robóticas; daí, para mim, a melhor personagem ter sido a vilã Lilandra, que realmente deveria ser desprovida de sentimentos, o que a atriz consegue fazer muito bem.
Em verdade, posso dizer que o filme supera X-men: Apocalipse, que foi o maior dos fiascos, porém, eu realmente não poderia defini-lo como um filme bom ou ruim, creio que esteja entre os dois pontos – é um filme comum e talvez isso já baste.

Entretanto, se você gosta de filme de ação, sem se preocupar com grandes roteiros, ou se simplesmente quer assistir o fim dessa saga, vá ao cinema e faça sua própria análise.
Obrigado pela atenção e você pode ver essa análise em vídeo, juntamente com a do Aladdin, sem spoilers no KnowGeek:

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