Cary Grant se tornou um grande astro até hoje reconhecido como um padrão de classe e elegância. Mas as coisas nem sempre foram assim, ainda mais quando ele conhecia a deusa Greta Garbo. Confira o desastre:
Cary Grant estava nos estúdios quando o chamaram para atender um telefonema. No outro lado estava o ator e dramaturgo Noël Coward lhe chamando para uma das festas que fazia em sua casa. Comentou que, entre outros convidados, estaria a tímida e reclusa Greta Garbo, a grande ídola de Grant e de quase toda a Hollywood. Coward acentuou o convite pedindo que o galã chegasse à tempo de conhecê-la antes que a atriz fugisse da festa. “Ela me disse que gostaria de te conhecer“, pontuou o dramaturgo.
Quando desligou o telefone, Grant estava com as mãos tremendo. No meio da manhã entrou em pânico, pois a imagem que tinha da atriz era de uma mulher extremamente linda, talentosa e distante. Uma lenda que ele estava com medo de conhecer. Grant tirou parte da tarde para ensaiar sua apresentação à ela. Dentre outras coisas planejava falar o quanto a bela mulher era maravilhosa e que admirava e respeitava sua carreira. Tudo ia dar certo.
Enquanto se dirigia para a festa continuava ensaiando movimentos e frases feitas. Ao chegar à casa de Coward caminhou lentamente enquanto o suor escorria por sua testa. Ele nem teve tempo de raciocinar, pois Greta foi a primeira pessoa que ele avistou. Coward sorriu ao ver o amigo e o chamou para apresentar à sueca. “Greta, eu gostaria que você conhecesse Cary Grant…”
A bela atriz sorriu e acenou com a cabeça enquanto Grant congelou e não conseguiu emitir nenhuma palavra. Ela foi extremamente simpática, disse que estava feliz pelo ator estar ali e fez uma pergunta que Grant jamais saberá qual foi, já que estava congelado e só sabia balançar a cabeça e dizer “uhum”. Por fim, após tentar bater um papo sem sucesso, Greta desistiu de conversar com o belo ator, e educadamente despediu-se dele.
Pouco tempo depois, Coward levou a divina atriz até seu carro. Grant arrastou-se miseravelmente atrás da dupla tentando salvar sua reputação. E quando a atriz já estava no automóvel, ele conseguiu balbuciar muito baixo sua primeira e última frase:
“Muito prazer em conhecê-la. Como você está? “. A história, contada no livro sobre o ator (link embaixo) virou uma piada dos amigos de Grant, e repetida à exaustão sempre que queriam o tirar do sério. Talvez naquele momento ele não soubesse, mas futuramente as pessoas também ficariam congeladas ao conhecer um dos maiores galãs do cinema.
Fonte: Cary Grant – um Toque de Elegância, de Warren G. Harris.
* Matéria publicada originalmente no nosso antigo blog, purviance.zip.net em 2006 e adaptada para o site Cinemaclassico.com