Brigitte Bardot causou frisson ao aparecer de biquíni em seu filme de estréia, “Manina… La fille sans voile” (1952), de Willy Rozier. No ano seguinte era comum encontra-la em várias matérias que exaltavam seu modo natural, curvas e imensa juventude. A Cinelândia destacava a “radioatividade” dos seus 19 anos sadios e bem postos:


Com uma imagem forte e com uma independente personalidade, Brigitte conseguia para si todos os flashes, se tornando o maior símbolo sexual da França em pouco tempo. E Cannes ajudou profundamente nisto. Dando uma olhada em revistas brasileiras da época, percebemos que as matérias ajudavam a fomentar sua fama no festival, trazendo sempre fotos, fatos, fofocas e notícias “quentes” sobre suas aparições. Como esta esfuziante corrida pelos jardins ao lado de Kim Novak e Danil Gelin:

A mesma edição reclamava sobre o estrelismo da atriz e enfatizava o choque do uso de um biquíni com um casaco de peles:

O choque parecia ser algo bem comum para as revistas brasileiras. Mas não havia bem um consenso sobre a atriz, que pouco tempo depois ela era descrita de uma maneira diferente na mesma revista: “(…) A estrela fica em seu jardim, primeiro fazendo ginástica, ensaiando passos de ‘ballet’, que segundo diz, conserva a leveza do corpo, a elegância do andar, o desembaraço das atitudes. Depois disso, come algumas frutas e toma café. Às vezes fica horas esquecida no balanço, ou recostada no banco, descansando ao sol. Quando se cansa, vai olhar o canteiro de orquídeas que fez no poço abandonado.” O Cruzeiro, 16 de junho de 1956:

A revista complementa com uma foto da moça sentada nos bancos de Cannes. A legenda, bastante poética, dizia: “Foi assim, tomando banho de sol em Cannes, que Brigitte foi descoberta por numerosos fotógrafos. Ninguém tinha visto um filme seu. Ela, sim, foi logo vista.”:

Sua vida pessoal também não era indiferente às revistas, que sempre podiam, atualizavam os fãs sobre os flertes e namorados. Nesta edição de 1957, Brigitte escandalizava a imprensa ao anunciar que se separara de seu marido Roger Vadin. “Divorciei-me de Roger Vadim porque me apaixonei por outro homem. Nada além disso, e nada demais. Mas não voltarei a me casar. Se me casei uma vez foi porque só tinha 17 anos“. Confira:

Em tempo: dois anos depois ela se casaria com Jacques Charrier, com quem teria seu único filho, Nicholas. A atriz continuaria durante vários anos alimentando os tabloides, mesmo após sua aposentadoria das telas em 1976.
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