Essa loirinha nasceu em Chigago, e estrelou um filme ao lado de Elvis Presley. Porém, o chamado para se tornar freira enquanto ela fazia um filme sobre São Francisco de Assis.
Nascida Dolores Marie Hicks em 20 de outubro de 1938, Dolores Marie Hicks tinha as artes na veia: seu pai era o ator Bert Hicks e seu tio o tenor Mario Lanza. Seus pais se divorciaram quando ela era muito pequena, e aos 4 anos de idade a garota se mudou para a Califórnia com a mãe.
Era comum Dolores passear desde cedo pelos lotes de gravação em Hollywood. Nada mais natural que ela desenvolvesse uma paixão por esse meio. Criada certo tempo com a avó, Dolores teve uma educação religiosa e se converteu ao catolicismo aos 10 anos.
Desde pequena ela demonstrou interesse pelas artes, mas foi somente após se formar no colegial que o sonho começou a se tornar realidade. Em 1956 já tinha mudado seu nome para Dolores Hart, e assinava um contrato para estrelar um filme ao lado do astro Elvis Presley. Quando “A Mulher que eu amo” estreou em 1957 ela se viu rodeada de convites para outros projetos. No ano seguinte a dupla voltaria a se encontrar em “Balada sangrenta”, dirigida por Michael Curtiz.
A atriz também chegou a estrelar um espetáculo na Broadway chamado The Pleasure of His Company, sendo indicada a um Tony Award de melhor atriz. No início da década de 60 Dolores fazia parte de uma turma de atrizes bem populares dentre os adolescentes. Em 1961, porém, algo mudaria sua vida.
Em 1961 foi chamada para estrear o filme “São Francisco de Assis”. Enquanto estudava sua personagem Clara, frequentou alguns lugares onde os capuchinhos viveram. Tocada pela história, começou a pensar mais seriamente em se dedicar à vida eclesiástica. Nesse período também fazia jejuns e participava de retiros frequentes.
Até que em 1966 ela resolveu seguir o caminho que a chamava, internando-se num convento. Foi uma decisão muito difícil, já que no período ela estava noiva de Don Robinson, um arquiteto. Imagino o quanto foi doloroso para o rapaz entender a vocação de Dolores, mas os dois permaneceram amigos.
No tocante documentário Deus É o Elvis Maior, a irmã Judith, como ficou conhecida após a ordenação, recebe uma visita de Don. É tocante ver o carinho entre os dois. Don jamais se casou, e a visitava anualmente até sua morte em 2011.
Em entrevista recente ela afirmou, sobre sua decisão: “Quando cheguei para visitar o convento, percebi que trabalhar no cinema me dava menos felicidade do que servir a Deus. Era lá que eu seria feliz.”
Em 2013 a ex-atriz escreveu um livro de memórias onde conta mais sobre os motivos que a levaram a se afastar das telas e seguir o chamado para servir a Deus. Chama-se The Ear of the Heart: An Actress’ Journey From Hollywood to Holy Vows.
Confira nosso vídeo em sua homenagem:
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