Olga Zubarry, a primeira atriz a protagonizar um nu parcial no cinema argentino

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Por Magda Miranda

Olga Zubarriaín, mais conhecida como Olga Zubarry, nasceu em Buenos Aires no dia 30 de outubro de 1929. Conhecida atriz de cinema, teatro e televisão, fez mais de 80 aparições em filmes, entre 1943 e 1997, durante seis décadas do cinema argentino. Começou sua carreira nos estudios Lumiton em 1943 em Safo, historia de una pasión, junto a Mecha Ortiz e Roberto Escalada, dirigida por Carlos Hugo Christensen com quem faria vários filmes. Em 1944 atuou em La pequeña señora de Pérez com Mirtha Legrand e Juan Carlos Thorry.

Conquistou a fama com a adaptação do romance Frau Elsie de Arthur Schnitzler chamado El ángel desnudo de 1946. Até hoje se diz que foi Zubarry  quem primeiro protagonizou um nu parcial no cinema argentino; de acordo com a própria atriz, sem dúvida:

“..Esse nu não existiu. Naquele momento não podia fazer um nu, primeiro porque eu era de menor. Os comentários maldosos que tinham de suportar os produtores, os donos do estúdio! Eu usava uma malha cor de carne. Tinha as costas maquiadas para que fosse da mesma cor da malha. Foi um presente”. 

Por esse trabalho foi premiada como «Revelação do ano» pela Asociación de Cronistas Cinematográficos:

“O problema é que o Lumiton queria me pagar uma miséria”. “Em 1947,  quando eu ainda não havia completado 18 anos ― nasci em 1929―, meus pais foram várias vezes falar com Guerrico. Chegaram a um acordo. Me pagariam mil pesos por filme até terminar o contrato. Devo lembrar que para essa data, Zully Moreno e Mirtha Legrand faturavam por volta de vinte mil, e o que fizeram comigo de verdade foi pura exploração”, falou a atriz em uma entrevista de 2012.

 Zubarry saiu de cena em 1997, aos 68 anos, tinha acabado de se tornar avó. Tinha acabado de ganhar o Prêmio Cóndor de Plata como atriz no filme Plaza de almas. Foi casada por 46 anos com Juan Carlos Gárate, presidente de Argentina Sono Film. Tinha duas filhas ―Mariana (que mora nos Estados Unidos) e Valeria― e três netos: Federico, Facundo e Lucía. Torcia pelo Clube de Futebol Huracán (de Buenos Aires).

Em 1983 foi madrinha dos lares MAMA (Mis Alumnos Más Amigos), uma ONG  caridade localizada naVilla Ballester (no norte da Grande Buenos Aires), lar este composto por mais de 50 meninos de rua, onde moram, estudam, se capacitam e saem profissionalizados. No dia do seu aniversário no dia 30 de outubro de 2012 foi internada tendo um quadro complicado de diabetes, doença que tinha há dez anos. Faleceu no dia 15 de dezembro de 2012 aos 83 anos. A cidade de San Jorge (província de Santa Fe) tem um cinema que leva o seu nome.

 

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