Em 1937 não havia cidadão que não achasse Shirley Temple adorável. As crianças a amavam e suas mamães imitavam seu estilo. Infelizmente nem todos viam dessa maneira e ela chamava a atenção também de homens adultos.
Graham Greene, escritor da revista Night and Day, insinuou isto em uma matéria e se tornou uma persona non grata pelos chefes da Twentieth Century Fox:
“Os seus admiradores – homens de meia-idade e clérigos – não reagiam à sua dúbia coqueteria, à visão (…) do seu desejável pequeno corpo, (…) devido apenas à cortina de segurança da história e dos diálogos divididos entre a sua inteligência e o seu desejo.”
O escritor chegou a ser ameaçado e fugiu para o México. Os estúdios conseguiram fazer com que o escritor não falasse mais da atriz mirim.
* Matéria escrita em 2004.