Chaplin, o maior Ícone do Cinema

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Tenho escrito sobre Charles Chaplin há pelo menos 20 anos. Foi meu o primeiro site em língua portuguesa feito em sua homenagem. No hoje já extinto site escrevi as primeiras matérias que em sua maioria podem ser encontradas aqui, e em outros sites que posteriormente ‘copiaram’ sem colocar os devidos créditos. É, portanto, uma paixãozinha antiga que me motivou a criar o próprio site Cinema Clássico.

Charles Chaplin nasceu há 129 anos e morreu há exatos 41. Um homem imperfeito, que errou em diversos aspectos de sua vida pessoal, sobretudo em seus relacionamentos com esposas e filhos. Justifica-se em parte a realidade e a dose de ‘loucura’ herdada dos laços familiares aliado às péssimas condições na primeira parte de sua vida. Mas não há como não perceber como seus atos machucaram a tantos.

Esse é o Chaplin que mesmo com tantos poréns, foi capaz de trazer à luz a luta de um pequeno homem contra a sociedade, contra o sistema, contra ele mesmo. Vimos, ao longo de sua carreira uma evolução desse personagem, que de imoral tornou-se cada vez mais humano, um tanto inocente, um tanto puro, mas sem perder a o caráter um tanto quanto insensível. É necessário um pouco de insensibilidade para passar por tantas dificuldades sem se ferir tanto.

Confira também:

Esse também é tema de uma matéria que cheguei a escrever sobre a evolução de Carlitos. O quanto ele conseguia nos fazer rir e chorar, nos sensibilizar e no final mostrar que ele sempre se levantada e seguia naquela estrada sem fim. Ora sozinho, ora acompanhado. Alguém assim não pode ser inteiramente ruim. Em tempos de julgamentos e massacres públicos da imagem, provavelmente haverá muitos comentários negativos sobre ele, sobre seu caráter duvidoso. Nossos tempos são assim: muitos juízes e nenhuma moral sobre diversos assuntos. Não há como escapar.

No entanto não conheço pessoas que sejam perfeitas em tudo, nem os ditos santos, muitos deles iludidos pela imagem de sua própria santidade a cometerem o pecado da vaidade. Há mesmo uma certa dúvida se o Carlitos roto, com suas vestes e face cansadas foram obra dele (escrevo um pouco sobre isso na matéria sobre Stan Laurel. Link aqui). O que não se discute é que ele  foi capaz de momentos de genialidade, saídas da mente de alguém que nunca estudou formalmente, que fora jogado nos palcos e nas telas de uma arte que estava brotando. Mesmo considerando que o Carlitos não era dele, não há como negar que ele tacou ouro nas vestes do vagabundo, elevou as gags a um estado de maestria, criou situações do nada, fez brotar o cinema que hoje conhecemos.

Dele não se pode tirar a capacidade criativa, que elevou algo ao ponto de tornar-se a primeira referência sobre cinema em todos os tempos. Nessa época de consumo imediato,onde ‘mestres’ e ‘ícones’ vão e vem em uma velocidade extraordinária, há ainda aqueles cujos rostos dificilmente serão esquecidos. Chaplin é um deles. E a ele dedico todo meu carinho e meu muito obrigada. Aos que nunca assistiram, dê-se a chance de assistir a alguns de seus melhores filmes.

Se pudesse defini-lo  em uma palavra, diria apenas: Chaplin é o cinema.

Abaixo algumas das matérias que escrevi sobre ele:

Fatos que você não sabia sobre Charles Chaplin

Teriam Charles Chaplin, Marion Davis e o poderoso WR Hearst se envolvido em um caso de morte?

A Última foto de Charles Chaplin

Charles Chaplin e a evolução de um personagem

As Casas de Charles Chaplin na América

Os Amores de Charles Chaplin

Charles Chaplin de A a Z

10 Melhores Filmes de Charles Chaplin

 

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