Tuesday Weld, Ícone Adolescente dos anos 60

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No final da década de 50 Tuesday Weld era muito popular entre adolescentes. A atriz que iniciou a carreira ainda na infância e chegou a trabalhar na Broadway também ficou conhecida por seu azar em recusar papéis em filmes que tornaram outras pessoas famosas.

Nascida em Nova York em 1943, Tuesday tinha três anos de idade quando seu pai morreu. fazendo com que a família ficasse com dificuldades financeiras. Para tentar acertar as contas, Yosene Balfour Ker, a mãe de Weld conseguiu alguns contratos para a filha como modelo.

O relacionamento entre as duas era bastante complicado, com cobranças mútuas e extremas responsabilidades colocadas nas mãos de Tuesday desde a infância. A questão foi tão séria que aos nove anos ela chegou ao seu primeiro colapso nervoso e aos doze já bebia, chegando a tentar o suicídio com a mesma idade.

A atriz tinha 16 anos quando conseguiu o papel principal em Ritmo Alucinante (1956), sendo dublada nas partes musicais por Connie Francis. No filme, ela interpretava Dori, uma garota que tenta de todas as maneiras comprar um vestido para dançar. Ritmo Alucinante era um filme de baixo orçamento, mas a participação fez com que Tuesday resolvesse investir na carreira.

Dois anos depois ela estaria ao lado de Paul Newman e Joanne Woodward em A Delícia de um Dilema (1958). Era o princípio de uma carreira onde ela colecionaria bons sucessos, embora nunca tenha chegado ao patamar de estrela.

A atriz participou da série The Many Loves of Dobie Gillis, e foi nomeada para um Globo de Ouro de Atriz iniciante. Sua interpretação em Return to Peyton Place arrancou elogios, mas o filme foi menos bem sucedido do que o anterior, Peyton Place. Em 1960 ela apareceria em High Time, filme estrelado por Bing Crosby e Fabian Forte .

Vários Papéis recusados

Apesar de ser reconhecida como boa atriz pelos críticos, sua carreira parecia estagnada em parte pelas recusas que ela fazia. Em 1962 ela recusou um papel que tornaria Sue Lyon reconhecida mundialmente: Lolita, de Stanley Kubrick. Outros filmes que ela chegou a recusar e que foram sucessos absurdos de público foi Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas (1967), Bravura Indômita (1969) e Bob, Carol, Ted E Alice (1969) e O Bebê de Rosemary. Com a carreira estagnada, ela partia para a televisão e filmes B.

Com Sal Mineo

Foi somente aos trinta anos que Weld foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu papel em Looking for Mr. Goodbar (1977). Na década seguinte participação do grande clássico Era uma Vez na América, de Sergio Leone. Weld apareceu em diversas séries televisivas, dentre elas Madame X (1981), o Círculo de Violência (1986), Reflections of Murder(1974).

E os namoradinhos?

Seus relacionamentos com homens mais velhos (como o ator John Ireland) escandalizavam a todos e aos dezesseis anos ela saiu de casa. Foi nessa época que ela conheceu Elvis Presley. Os dois chegaram a se envolver mas o romance não era levado à sério pelo astro que gostava de mulheres que ele pudesse controlar. Mas Tuesday era uma alma livre e jamais se deixaria controlar por um homem.

Ela trabalhou com Elvis em Wild in the Country (1961). Os dois tiveram um breve namoro

Seu primeiro casamento foi 1965 com o roteirista Claude Harz, com quem teve a sua filha Natasha (1966). O casal se separou em 1971 e quatro anos mais tarde ela conheceria o ator Dudley Moore. Dudley conheceu Weld na Broadway em 1974. Eles se casaram no ano seguinte em Las Vegas. Patrick nasceu logo depois.

Tuesday com a filha Natasha

Tuesday já tinha uma fama de pessoa selvagem nessa época, e Dudley também era conhecido por seu temperamento difícil, fruto de uma infância complicada. Após muitas brigas, o casal se separaria de vez em 1980. Patrick passou a morar com a mãe em Nova York. O último casamento da atriz foi com o maestro Pinchas Zukerman, com quem esteve casada entre 1985 e 1998.

Com Dudley Moore, com quem se casou

Em 2003 foi publicado uma biografia sobre sua mãe, intitulada If It’s Tuesday….. I Must Be DEAD. O livro escrito por Samuel Veta é baseado nas memórias de Yosene, mãe da atriz que faleceu em 2001. Lá ela colocou todas as suas mágoas com relação à filha que considerava mal agradecida, tratando sobre algumas questões delicadas sobre a vida de ambas, inclusive a iniciação sexual precoce da atriz aos onze anos.

O título foi inspirado em uma entrevista que a atriz deu dizendo que sua mãe estava morta. O livro é uma espécie de Mamãezinha Querida, livro escrito pela filha de Joan Crawford.

Certa vez, em uma entrevista, Tuesday afirmou que gostava de ficar sozinha e amava o silêncio. Desde 2001 a atriz vive tranquilamente no Colorado e não se ouve muito falar dela. Nos últimos anos tem sido procurada por antigos fãs e algumas vezes aceita participar de festivais em sua homenagem, mas na última hora cancela.

Fontes: Elviswomenimdbflavorwiregreatentertainersarchivesvillagevoicetelegraphelvis-history-blog

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