Estação Central do Cairo (1958): Clássico do Cinema Egípcio de Youssef Chahine
Estação Central do Cairo (1958) é um clássico egípcio que retrata dramas sociais e paixão obsessiva em meio ao caos urbano da estação ferroviária.
Dirigido e protagonizado por Youssef Chahine, o filme egípcio Estação Central do Cairo (Bab El Hadid) traz a história de Qinawi, um homem com deficiência física que é contratado para trabalhar na Estação do Cairo. Qinawi é obcecado por mulheres e, como é muito discriminado por sua condição, a única maneira de “tê-las” é através das figuras femininas que prega nas paredes de seu pequeno quarto.
Mesmo assim, ele se apaixona pela bela Hanuma (Hend Rostom). Apesar de ela estar apaixonada por outro homem, brinca com os sentimentos de Qinawi, que nutre esperanças de um dia se casar com ela. Após ser rejeitado por Hanuma, surge a grande questão do filme: seria Qinawi um fruto de sua realidade ou um psicopata?
Estação Central do Cairo estava na minha lista de filmes para assistir há algum tempo, desde que vi o documentário “História do Cinema: Uma Odisseia”. No documentário, esse filme é citado como uma joia do cinema egípcio, que, por esse período, ainda não era muito desenvolvido — e de fato pude comprovar isso. Ótima fotografia, diálogos ágeis e boas interpretações. O filme também traz cenas de pura sensualidade, o que foi inesperado para mim, tendo em vista o que o Oriente Médio representa hoje em termos culturais.
Além de Youssef Chahine, que brilha em todo o filme, o grande destaque é Hend Rostom. Nunca tinha ouvido falar dessa atriz, mas, lendo alguns relatos, soube que ela é considerada uma espécie de Marilyn Monroe do Oriente Médio. A atriz, falecida em 2011, parece ter feito enorme sucesso entre as décadas de 1950 e 1960.
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