Maiores Astros do Cinema Espanhol Clássico

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A geografia privilegiada fez com que os primeiros filmes espanhóis fossem realizados por volta de 1896.  Mas foi somente na primeira década do século vinte que cineastas começaram a incluir a Espanha no cenário mundial. Com a chegada do cinema falado, os cineastas enfrentaram uma grande crise devido  a escassez de recursos econômicos e o início da Guerra Civil.

Outra dificuldade encontrada ocorreu após a chegada do regime ditatorial do general Franco. O franquismo ditou regras de censura e podou a maioria dos cineastas que sofriam fortes censuras, causando também o exílio de muitos deles. John Orduña, Luis Saenz e José Gil Rafael ficaram e se destacaram por sua criatividade.

A renovação do cinema espanhol ocorreu na década de sessenta, com a chegada de diretores como Carlos Saura e Miguel Picazo que alcançaram sucesso de crítica e público. Os anos 90 trouxeram uma internacionalização deste cinema, que se tornou mais conhecido.
Dentre os diretores de maiores destaque podemos citar  Luis Buñuel, Pedro Almodóvar, Juan Antonio Bardem, Luis García Berlanga, Carlos Saura, Jesús Franco, Antonio Isasi-Isasmendi, Mario Camus, José Luis Garce e Alejandro Amenábar.

 Selecionamos alguns dos atores de maior destaque neste cinema clássico:

Amparo Rivelles (1925 – 2013): Sua vasta carreira teatral e cinematográfica começou em 1939, se tornando uma das principais atrizes do cinema espanhol pós-guerra. Conhecida como a rainha das novelas mexicanas, alcançou enorme popularidade também na televisão.

Aurora Bautista (1925 – 2012): Iniciando a carreira no teatro, teve em Loucura de Amor seu primeiro sucesso no cinema. O filme levou-a ao estrelato e ela se tornou uma das principais atrizes do período de Franco. No México, após seu casamento também realizou algumas películas de sucesso.

Carmen Sevilla (1930): Estreou no cinema em 1948 em Jalisco Canta en Sevilla. Com traços ciganos e exóticos, era constantemente chamada para papéis em musicais. Durante a década de 50 milhares de mulheres seguiam o seu estilo.

Carmen Maura (1945): Inciando a carreira nos anos 70, se tornou a primeira das musas de Almodovar.  Juntos fizeram alguns dos melhores filmes do realizador. A atriz permanece como uma das atrizes mais queridas da Espanha.

Concha Velasco (1939): A atriz e cantora iniciou a carreira como dançarina e aos quinze anos estreava no cinema em La Reina Mora (1954). Seu sucesso também estendeu-se para o teatro, local onde alcançou maior destaque em sua carreira.

Lola Flores (1923 – 1995): A atriz era também bailarina e um de seus maiores êxitos foi ao lado de Manolo Caracol. Ela também se tornou apresentadora de TV alcançando enorme popularidade. Atuou também no México.


María Luisa Ponte (1918–1996): Subiu aos palcos pela primeira vez aos seis meses, mas foi somente a partir dos catorze anos que se dedicou à carreira, viajando com a companhia de seu pai. Com uma voz potente, se tornou uma atriz popular que desde 1952 encantou o público, consolidando-se com uma carreira que durou mais de três décadas.

Paquita Rico (1929): Foi após participar de um concurso de rádio que ela iniciou uma carreira de suceso nos palcos ao lado de Carmen Sevilha. Descoberta por Florián Rei, estrelou Brindis a Manolete, alcançando imensa popularidade. Nos anos seguintes se tornou uma das atrizes mais queridas do público espanhol.

Pepa Flores (1948): A atriz e cantora foi descoberta por Manuel José Goyanes Martínez, após um concurso, passando a estrelar uma série de filmes como a personagem Marisol.

Sara Montiel (1928–2013):  Seu primeiro papel de destaque foi na película Locura de Amor. Sua beleza e talento fizeram com que conseguisse grande destaque, se transformando em uma das atrizes mais famosas do período franquiano. A atriz e cantora atuou também nos cinemas mexicano e americano.

Julia Gutiérrez Caba (1932): Filha de atores, iniciou a carreira em 1951 no teatro. Nos anos seguintes se tornou uma atriz requisitada, debutando no cinema em 1960 em A Las Cinco de La Tarde. Emprestando um tom dramático em suas performances, trabalhou também na televisão, onde protagonizou algumas séries.

Lola Gaos (1921 – 1993): A atriz começou a carreira durante seu exílio na América Latina durante a guerra civil Espanhola. Retornando à Espanha em 1945, trabalhou em películas coo A Casa de Bernarda Alba (1950) e Pelicano (1968).

María Isbert (1917 – 2011): Isbert trabalhou com a maioria dos grandes atores e diretores de cinema espanhol num total de 286 títulos. Infelizmente a grande maioria em papéis secundários. Dentre os maiores destaques podemos citar Viridiana, El Verdugo e Amanece que no es poco.

Maribel Martín (1954): Iniciando a carreira como atriz mirim aos sete anos em filmes como Tres de la Cruz Roja (1961) e La gran familia (1962), se tornou uma intérprete de sucesso nas décadas seguintes. A partir dos anos setenta iniciou uma carreira de sucesso no teatro.

Pilar Bardem (1939): Membro de uma família de artistas que incluem seu irmão e diretor Juan Antonio Bardem e seu filho Javier Bardem, trabalhou em filmes como Buenos días, condesita e La novicia rebelde. A atriz também trabalhou no teatro e televisão, estando ainda em plena atividade.

Soledad Miranda (1943 – 1970): A atriz de etnia cigana, era filha de portugueses e se tornou a musa do realizador Jesus Franco, que a descobriu quando ela tinha apenas dezesseis anos. Também trabalhou em Portugal e manteve uma carreira entre os dois países. Se tornou um mito na Espanha após sua morte precoce em um acidente aéreo.

Ana Torrent (1966): Impossível deixar de fora essa atriz que assombrou com sua interpretação da pequena Ana em Cria Cuervos, de Carlos Saura. A atriz brilharia em outras produções, rebendo inúmeros prêmios e indicações, incluindo um Goya por seu papel em Tese.

Alberto Closas (1921 – 1994): O ator que nasceu em Barcelona atuou pela primeira vez em Nada más que amor (1942). Seu nome está creditado em mais de 90 produções, entre cinema e televisão.

Alfredo Mayo (1911 – 1985): Durante a década de 40 ele se tornou um dos atores favoritos do cinema espanhol. Suas atuações em Obsesión (1947), El santuario no se rinde (1949) e La leona de Castilla (1951) renderam aclamações do público e crítica.

Emilio Gutiérrez Caba (1942): Em sua carreira cinematográfica, atuou em mais de oitenta filmes, tendo sua estréia em 1963. Seu primeiro grande papel foi em Nove Cartas para Bertha (1966).

Fernando Delgado (1930 – 2009): Filho de atores, estreou nos palcos aos seis anos de idade. Nos anos seguintes firmou uma carreira sólida. No cinema se destacou com filmes como El gran minué (1950), Medida por medida (1955) e La decente (1967).

Fernando Rey (1917 – 1994): Estreou nas telas em 1935 na fita Fazendo Fitas, trabalhou em mais de duzentos filmes e ficou mundialmente conhecido por ter trabalhado ao lado de diretores consagrados como Luis Buñuel, Carlos Saura e William Friedkin.

Francisco Rabal (1926 – 2001): Após iniciar a carreira como coadjuvante em algumas peças, conseguiu um trabalho regular no teatro a partir de 1947. Versátil, atuou como galã e vilão em filmes de destaque. Estrelou três filmes dirigidos por Luis Buñuel – Nazarín (1959), Viridiana (1961) e Belle de Jour (1967). Ao longo de sua carreira, Rabal trabalhou na França, Itália e México.

Jorge Mistral (1920 – 1972): Formado em Direito, decidiu se dedicar ao teatro, estreando nas telas em 1944 no filme The Call of the Sea diretor José Gaspar. Nos anos quarenta dedicou-se a alguns dos filmes mais populares da época como Pequeñeces e La hermana San Sulpício.

José Luis López Vázquez (1922 – 2009): O ator teve uma carreira regular desde sua estréia Maria Fernanda Jerez (1946), de Enrique Garcia Herreros. José Luis trabalhou quase continuamente desde 1953, muitas vezes participando em vários filmes por ano, até acumular mais de 220 títulos que compõem seu currículo.

Luis Mariano (1914 – 1970): Tornou-se celebridade em 1945 graças a La Belle de Cadix, uma opereta de Francis Lopez, sendo conhecido como o “Príncipe das operetas”. Após aparecer em Adventures of the Barber of Seville (1954) se tornou popular também na França.

Rafael Duran (1911 – 1994): Após abandonar seus estudos em Engenharia civil, dedicou-se ao mundo artístico inicialmente como um dançarino e seguindo para uma carreira no teatro. Estreou no cinema em 1935 em Rosario Cortijera. Durante a década de 40 tornou-se um dos mais proeminentes atores da época.

Vicente Parra (1931 – 1997): Iniciando a carreira no teatro, estreou no cinema aos dezoito anos no filme Rumbo (1949). Foi somente em 1956 que ganhou reputação com o filme El expreso de Andalucía.

Antonio Molina (1955): Com uma voz alta e um estilo inimitável, gozava de grande popularidade no teatro numerosos e estrelou vários filmes em que a sua capacidade vocal era a atração principal. Foi o progenitor da Família Molina, conhecida na Espanha como saga de artistas.

Armando Calvo (1919 – 1996): O ator apareceu em 90 filmes entre 1939 e 1984, trabalhando entre a Espanha, México e Itália com grande êxito. Membro de uma família dedicada ao do teatro, onde ele também tem triunfos significativos,alcançou prestígio e popularidade em todos os lugares onde trabalhou.

Joselito (1943): O ator e cantor espanhol que teve seu apogeu quando criança, sendo uma das mais famosas vozes infantis do século XX, protagonizando alguns filmes musicais bastante populares na década de 1950.


Pablito Calvo (1948 – 2000): Aos oito anos de idade, Pablito Calvo, como ficou mundialmente conhecido, tornando-se uma das figuras mais importantes do cinema espanhol por sua atuação em Marcelino Pão e Vinho (1955) um marco na cinematografia melodramática da Europa, que se manteve até a década de 1970. Na idade adulta ele se dedicou a profissão de engenheiro industrial.


Rocío Durcal (1944 – 2006): Considerada a rainha das rancheiras, vendeu aproximadamente 50 milhões de discos em todo o mundo. Sua carreira cinematográfica começou com  Canción de juventud , de 1962.

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