Indicações de Filmes para o Dia dos Namorados

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Pensei em fazer uma lista com grandes romances – de preferência aqueles bem fofos  – e que pudessem ser assistidos a dois. Mas aí revendo minha lista, vi que haviam muitos que mereciam uma indicação.

Afinal, o importante é assistir a filmes juntos, seja qual for o gênero, não é mesmo? Por isso fiz uma listinha com indicações de filmes para o dia dos namorados. E para depois também!

Quem estiver sozinho também não se furte desse prazer. A lista é curtinha, mas é de coração. Espero que vocês gostem:

Tudo o Que o Céu Permite (All that heaven allows, 1955), de Douglas Sirk:

Sirk é um dos maiores mestres do melodrama e um dos meus diretores preferidos. Indicaria fácil cada um de seus filmes, mas esse é um dos seus melhores. Trazendo Rock Hudson e Jane Wyman nos papéis principais, mostra a dificuldade de uma viúva em assumir o relacionamento com um homem mais jovem e de uma classe social menos favorecida. Uma crítica à sociedade e à família que acredita que uma mulher não tem direito sobre sua própria vida.

Um Gosto de Mel (A taste of honey, 1961), de  Tony Richardson:

Um filme oportuno sobre a maternidade. Jo (Rita Tushingham)  é uma adolescente cuja mãe não lhe dá o amor esperado. Acontece que Helen não queria ser mãe e a filha sofre por não ser amparada, sobretudo quando engravida de um marinheiro que a abandona. Como um círculo, Jo também não deseja o filho. A figura do melhor amigo surge como um amparo temporário em um mundo não tão doce de Jo. O título “Um Gosto de Mel” parece contraditório quando sabemos que de doce, a história de Jo não tem nada.

A Garota do Adeus (The Goodbye Girl, 1977), dirigido por Herbert Ross

Este é um daqueles filmes que fazem com que terminemos a exibição com um sorriso imenso no rosto. Ele conta a história de Paula (Marsha Mason), uma ex-dançarina que que além de ser abandonada por seu namorado, ainda descobre que ele antes de partir sublocou o apartamento onde ela vive para ouro ator, Elliot Garfield (Richard Dreyfuss). Claro que ela não deseja morar com um novo ator, mas obrigada pelas circunstâncias terá que se adaptar, junto com a filha pequena, a presença de Elliot e seu inseparável violão.

Chamas Que Não se Apagam (There’s Always Tomorrow, 1956), de Douglas Sirk

Mais um de Sirk. Um homem vive um momento delicado do casamento, quando ele já estagnou, os filhos cresceram e aparentemente ninguém se preocupa com ele. A chegada de uma mulher que se apaixonou por ele há muitos anos atrás faz com que surja a dúvida: abandonar a família e seguir um novo amor ou entregar-se à rotina, que afinal de contas pode não ser tão ruim assim?

Mais um filme fascinante do Sirk. A personagem de Barbara Stanwyck competente como sempre e independente me fez refletir sobre as personagens bobinhas, virginais e machistas interpretadas constantemente por Doris Day, e cujas histórias já nasciam antiquadas. Todas do mesmo período. Um filme que me fez refletir sobre os relacionamentos.Indiscrição (1945), de Peter Godfrey: Vai ter mais um filme de Barbara Stanwyck indicado sim. Aqui ela é uma colunista que inventa histórias e engana o público dizendo ser uma mulher bem casada e que cozinha horrores. O aperreio começa quando um herói de guerra quer conhecer a famosa colunista. Comédia deliciosa.

Jeanne Eagels (1957), de George Sidney:

Kim Novak maravilhosa numa cinebiografia romantizada da atriz Jeanne Eagels. Jeanne foi a primeira atriz a ganhar o Oscar póstumo por The Letter (1929). Curiosamente Bette Davis também interpretou um papel baseado na fatídica atriz em Perigosa (1935).

Maccheroni (1985), de Ettore Scola

O americano Robert visita Nápolis, e lá é surpreendido com a chegada de Antonio, um simpático italiano que afirma que o conhece dos tempos de guerra. Mal humorado, Robert não lembra de absolutamente nada, mas ao ver uma foto sua com a irmã de Antonio, começa a perceber que de fato a história é verdadeira e ao se aproximar de Antonio, surge uma grande amizade. Mastroianni e Lemmon são dois atores cujas carreiras faço questão de acompanhar desde o início, e vê-los juntos em mais um tocante filme do Scola é realmente cativante. O roteiro é tão bem desenvolvido e o texto tão bem delineado que é difícil terminar a exibição sem ser tocado por palavras tão doces e que refletem à amizade, à consideração, ao companheirismo, ao amor, coisas tão esquecidas do nosso cotidiano. E tudo isso dito com a voz serena de Mastroianni acaba sendo um bálsamo pra vida.

Meu Querido Maluco (Love Crazy, 1941), de Jack Conway

Tenho uma paixão por esse filme, que é uma comédia daquelas que sentamos para assistir e nem vemos o tempo passar. Ainda mais com essa dupla maravilhosa formada por William Powell e Myrna Loy. Uma série de mal entendidos no seu quarto aniversário de casamento leva a separação de Steve e Susan Ireland. Na tentativa de trazer a mulher de volta ele se finge de maluco.

Perigosa (1935), de Alfred E. Green

Bette Davis ganhou seu primeiro Oscar por seu papel neste filme, e apesar dela achar que quem merecia era a Katharine Hepburn, qualquer uma das duas levando seria justo. Franchot Tone, por sua vez, é daqueles atores pontuais, que não se destacam na carreira, mas estão sempre presentes em bons filmes de sua época.

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