Melhores Filmes de Jean-Luc Godard

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De infância nobre, Jean-Luc Godard estudou na Suíca. Escrevendo para a famosa revista Cahiers du Cinéma, uniu-se a outros críticos François Truffaut, Eric Rohmer, Claude Chabrol, Jacques Rivette e junto com eles criou a nouvelle vague, renovando o cinema francês. Acossado, seu primeiro longa realizado em 1959 é considerado o primeiro da nouvelle vague.

Sempre procurando superar o cinema e englobar outras artes e políticas, formulou linguagem fílmica revolucionária, livre de cultura burguesa, dominante no Ocidente. O cosmopolitismo crítico e a desconstrução formal se tornariam suas marcas registradas. Segue lista de seus melhores filmes:

Alphaville (1965): O agente secreto Lemmy Caution parte em missão para a cidade futurista de Alphaville  com o objetivo de persuadir o professor von Braun a voltar aos planetas exteriores. Natacha, filha do professor, lhe serve de guia. Lemmy reencontra Henri Dickson, antigo agente secreto, que lhe envia uma mensagem para destruir Alpha 60 e salvar aqueles que choram. Lemmy presencia uma execução pública. Depois, é submetido a um interrogatório conduzido por Alpha 60, o computador que governa a cidade, e é condenado à morte. Natacha, aos prantos, lhe murmura as palavras proibidas.

Duas ou Três Coisas Que eu Sei Dela (1967): O “Dela” no título do filme se refere à Paris dos anos 60, um retrato da sociedade de consumo, em meio à pobreza das massas e conflitos como a Guerra do Vietnã. Um dos exemplos dessa atmosfera é Vlady, uma dona-de-casa que se divide entre cuidar da família e a prostituição, o meio mais fácil que encontra para poder ganhar dinheiro e satisfazer suas necessidades mais frívolas.

Nossa Música (2003): Um filme em 3 partes: inferno, purgatório e paraíso. No inferno, imagens da guerra. Aviões, tanques e navios, explosões, execuções, populações em fuga, campos e cidades devastados. Imagens silenciosas, quatro frases, quatro peças musicais. No purgatório, a cidade de Sarajevo contemporânea, martirizada como tantas outras. Personagens reais e imaginários. Uma visita à ponte de Mostar enquanto ela é reconstruída representa a passagem da culpa ao perdão. No paraíso, uma jovem mulher, que vimos no purgatório, encontra paz à beira d’água, em uma pequena praia guardada por fuzileiros navais norte-americanos.

Nouvelle Vague (1990): Jean-Luc Godad conta a história de um homem (Alain Delon) que pode ter voltado da morte, numa narrativa desconexa composta por citações de filosofia e literatura acompanhadas por belas imagens e sons.

O Bando à Parte (1964): Dois rapazes tentam convencer uma garota a furtar quantia em dinheiro guardada no quarto de seu patrão, enquanto um deles vive com ela um pequeno romance.

O Desprezo (1963): Paul Javal é um roteirista que vai a Roma para trabalhar em uma adaptação da obra A Odisséia, que contará com a direção do cineasta alemão Fritz Lang. Enquanto decide os últimos detalhes para aceitar o trabalho, sua relação com a esposa, Camille, começa a desabar, em um jogo de paixão, ciúmes e desprezo.

Viver a Vida (1962): Nana (Anna Karina) é uma jovem que abandona o seu marido e o seu filho para iniciar sua carreira como atriz. Para financiar sua nova vida começa a trabalhar numa loja de discos, mas não ganha muito dinheiro. Como não consegue pagar o aluguel, Nana é expulsa de casa e decide virar prostituta. No primeiro dia que começa a trabalhar na rua, reencontra Yvette (Guylaine Schlumberger), uma velha amiga que lhe confessa que também se prostitui por necessidade. Yvette lhe apresentará a Raoul (Saddy Rebot), que se converterá em seu cafetão. A partir desse momento, Nana irá introduzindo-se progressivamente no mundo da prostituição.

Week-End à Francesa (1967): Um casal ambicioso e inescrupuloso planeja uma viagem ao interior da França, na tentativa de conseguir uma herança. No meio do caminho, encontra estradas completamente engarrafadas, acidentes automobilísticos graves, personagens de histórias infantis e guerrilheiros. O que se segue é uma constante e complexa reflexão sobre o modo de vida burguês e os contrastes sociais sublinhados pela sociedade de classes.

Acossado (1960): Homem rouba um carro e mata um policial antes de seguir para Paris. Lá, ele se esconde na casa de uma mulher, que tem o desejo de ser engravidada por ele. Quando ele perde a consciência e comete alguns pequenos delitos, dá também a brecha para os policiais o acharem e darem início a sua perseguição final.

Elogio ao Amor (2001): Diretor de cinema encontra garota que considera perfeita para seu novo filme. Aos poucos se lembra que a conhecia de um projeto anterior, e que ela precisa de trabalho para sustentar os avós.

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