Sempre divulgo aqui no site listas de filmes significativos. Bem, na maioria elas são bem controversas porque há elementos que são extremamente pessoais nessas escolhas. E acho que é bem isso, o filme pode ser tecnicamente perfeito mas não irá agradar a muitos por vários motivos, dentre eles o fato da experiência cinematográfica em geral ser algo que passe muito pela identificação. Por isso resolvi aderir à pessoalidade e fazer minha lista pessoal de filmes.
Resolvi começar pelos musicais, um gênero escapista que fez enorme sucesso entre as décadas de 30 a 60. Aconselho também a assistir aos documentários que falam estritamente sobre isso como Musicais, Grandes Musicais (1996) e os meus preferidos: Era uma Vez em Hollywood ( 1974) e suas sequências em 1976 e 1994. Através desses documentários aprendi mais sobre esse grande espetáculo que atraía tanta gente quando o mundo parecia ferver com guerras e quebras de bolsas de valores.
Fiz uma listinha de apenas onze momentos musicais significativos. Bem, não consegui fechar em 10 como sempre. Mas é evidente que tenho outros mais e que devo ir incorporando nessa seleção. Aproveite, inspire-se e faça a sua lista também! Não esqueça de me mostrar! Você pode colocar sua lista aqui nos comentários ou na nossa página do facebook. Será sempre bem vindo!
Cabaret (1972) surgiu quando o gênero já não levava mais tanta gente ao cinema. Mesmo assim fascinou muita gente com as coreografias inovadoras de Bob Fosse. Liza Minnelli acabou recebendo um Oscar por sua performance e meu momento preferido é este, quando o Cabaret é apresentado ao grande público. Curiosamente a Liza pouco aparece no momento. Vale a pena rever:
Cantando na Chuva (1952): Ai esse filme. Criado para ser uma grande homenagem ao cinema, se tornou definitivamente o maior filme musical de todos os tempos. Também pudera: figurinos, roteiro, músicas agradáveis e atores que deram o sangue para reproduzir as coreografias criadas por Gene Kelly. A Debbie Reynolds que o diga, já que segundo relatos seus, chegou a chorar em muitos ensaios. Sendo um pouco clichê, seleciono esse que tantas vezes quis imitar nas ruas:
O Mágico de Oz (1939): Sou uma grande fã de Judy Garland e pode se preparar, na minha lista terá mais momentos musicais dela. Eu não podia esquecer desse momento tão especial em um dos filmes que mais vi na vida e que acabou alçando a atriz ao sucesso mundial. Nem imagino outra atriz como Dorothy e entendo o tédio dela ao ter que reproduzir essa música em todos os shows que fez em sua vida. Mas não há como amar Somewhere Over the Rainbow, não é mesmo?
Chori Chori (1956): Ok, esse provavelmente quase ninguém viu, mas pra quem tem curiosidade, trata-se de uma versão indiana do clássico de Frank Capra, Aconteceu Naquela Noite (1934). Como todos sabem sobre filmes indianos, é repleto de grandes momentos musicais mas esse se supera. Tanto que quando quero mostrar momentos felizes em filmes não tenho como não lembrar dessa música:
Agora Seremos Felizes (1944): Mais um para a sessão “cenas que me deixam imensamente feliz”. E mais uma vez com Judy Garland. Bem, a atriz estava apaixonada por Vincent Minnelli naquele período e a beleza do momento parece estampada em seu rosto e na direção que ele deu a esse belo musical. The Trolley Song traz aquela ânsia da primeira paixão (e, oh, ela está apaixonada pelo garoto da casa ao lado) e é tão reconfortante lembrar de como nos sentíamos quando o amado chegava perto:
A Noviça Rebelde (1965): Julie Andrews tem aqui um de seus maiores momentos no cinema, quando sobe as montanhas cantando o tema central do filme. É bem libertador também e eu já subi um morro cantando isso. É assim que gosto de me lembrar dela: com sua voz inesquecível e pura:
O Homem que Sabia Demais (1956): Esse não passa nem perto de ser um musical, afinal é um filme de Alfred Hithchcock. Mas há um momento, e que momento, em que a Doris Day canta para seu filho a música Que Sera, Que Sera… e é mágico. A música guia os personagens também em seu reencontro. E é fascinante:
Os Homens Preferem as Loiras (1953): Curiosamente Marilyn Monroe não foi contratada como a estrela desse filme, mas a bilheteria mostraria que ela era sim o grande destaque. E é assim, sensual, linda e maravilhosa que MM desce as escadas com seu vestido luxo exclamando que os diamantes são os melhores amigos das mulheres. Também gosto da homenagem posterior que a Madonna fez a essa cena, que é uma das minhas preferidas, em seu clipe Material Girl.
Gilda (1946): Tá aqui outro que não é musical mas é impossível não citar. Uma glamourosa Gilda Rita dança Put the Blame on Mame enquanto retira as luvas e joga seus cabelos bafônicos. Não houve mulher como Gilda, e vendo essa cena entendo porque disseram essa frase:
Royal Wedding (1951): Oh boy, como amo isto: Fred Astaire entra em seu quarto e começa a dançar não com uma de suas parceiras mais famosas, mas com a própria sala, subindo nas paredes e deixando meus olhos fascinados com o que vejo. Poderia escolher mais 20 bons momentos musicais só dele, mas fico com esse que é inesquecível:
The Flying Deuces (1939): Nossa, já ia esquecendo de colocar essa cena que acho magnífica em todos os sentidos. Primeiro por ter uma música divina como a Shine On Harvest Moon, segundo por ter o Stan Laurel dançando tão graciosamente enquanto o Hardy a canta: