Os Melhores Filmes de Anatole Litvak

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Anatole Litvak nasceu na Ucrânia, mas sua obra abrangeu filmes de várias nacionalidades, devido às diversas mudanças que ele fez ao longo da vida. Da Europa à América, seus filmes foram aclamados pela qualidade técnica e excelência na direção dos atores. Seu perfeccionismo extremo o levavam a repetir as cenas diversas vezes, causando controvérsia entre os produtores. Mas era algo que ele não abria mão.

Com uma carreira iniciada no teatro, ele passou de ator a assistente de direção e na década de 20 já se aventurava em filmes mudos. Por razões políticas mudou-se de Kiev para a Alemanha, e depois disso para a França. No país se tornou conhecido na indústria cinematográfica.  O sucesso de Mayerling fez com que os americanos voltassem os olhos para o cineasta que recebeu um convite para trabalhar na Warner Brothers. Ao aceitar o convite iniciava uma nova carreira dirigindo grandes astros como Bette Davis, James Cagney e Tyrone Power, dentre outros.
No final da década de 50 ele retornaria à Europa, falecendo em 1974 em sua residência na França. Possui uma estrela no Hollywood Walk of Fame por sua contribuição à indústria cinematográfica.

A nossa lista de indicações não é definitiva, apenas busca indicar alguns filmes imperdíveis do diretor ucraniano:

A Noite dos Generais (1967): Varsóvia, Segunda Guerra Mundial. Uma prostituta é brutalmente assassinada e os três suspeitos são oficiais de alta patente do exército alemão.

Crepúsculo Vermelho (1959): Budapeste, novembro de 1956. Uma revolta força a União Soviética a uma intervenção militar. Diana Ashmore (Deborah Kerr), uma inglesa divorciada, tenta tirar do país Paul Kedes (Jason Robards), um húngaro com quem está envolvido. Ele está com um passaporte inglês falso e foi ferido durante a rebelião, sendo que se for pego novamente será o seu fim, pois no passado já tinha sido torturado pelos russos. Entretanto ela tem de enfrentar o major Surov (Yul Brynner), um oficial soviético que submete todo seu grupo a uma série de entraves burocráticos, procurando de toda forma achar algum fugitivo.

Decisão Antes do Amanhecer (1950): Durante a Segunda Guerra, os americanos decidem recrutar prisioneiros alemães para espionar e levar informações da Alemanha nazista. Indicado a duas categorias no Oscar, incluindo Melhor Filme.

Anastasia, a Princesa Esquecida (1956): filme que trouxe Ingrid Bergman de volta para Hollywood após uma ausência de sete anos devido ao seu casamento com o italiano Roberto Rossellini. Mesmo sabendo que o público ainda condenava a atriz sueca, o diretor insistiu que ela era a atriz perfeita para o papel da princesa russa. Yul Brynner é o General Bounine, homem que está em busca de Anastásia, filha do Czar Nicolau II, e a única sobrevivente da chacina que exterminou a família. Ele encontra uma mulher sem memória e tentará ensinar a ela como ser a princesa esquecida.

Isto Acima de Tudo (1942): Prudence Cathaway (Joan Fontaine) choca sua família aristocráta por alistar-se na WAFs. Depois de alistar-se, uma companheira da WAF marca um encontro às cegas com um bonito homem, o temperamental Clive Briggs (Tyrone Power). Prudence descobre que Clive é um desertor, mas o ama e sente que ele ainda vai provar ser um patriota.

Mais Uma Vez Adeus (1961): A adaptação do romance de Françoise Sagan “Aimez Vous Brahms?” traz Ingrid Bergman como Paula, uma decoradora de 40 anos que é apaixonada por seu namorado. O conflito entre a liberdade e as convenções da sociedade sempre irão incomodá-la, pois apesar de toda a vitória na carreira, deseja apenas um casamento. Sua vida tem uma reviravolta quando ela conhece um jovem rapaz, interpretado por Anthony Perkins.

Mayerling (1936): Drama histórico baseado na história real da vida do príncipe herdeiro Rodolfo da Áustria e seu romance com a Baronesa Maria Vetsera, que levou ambos a um fim trágico. O filme que ajudou a criar uma reputação de grande diretor para Litvak. Trazendo Charles Boyer e Danielle Darrieux no elenco, traz uma das histórias de amor mais convincentes da sétima arte, segundo alguns críticos.

Na Cova da Serpente (1948): Olivia de Havilland e Litvak passaram vários meses observando pacientes reais em hospitais mentais. Na história, ela é Virginia, uma mulher que sofre uma estafa após o casamento e é internada em um manicômio. Ela presencia as péssimas condições do local e como as pessoas que sofrem de problemas mentais são tratadas. O filme tem uma excelente direção e a fotografia amplia a sensação de enclausuramento da personagem.

Tudo Isto e o Céu Também (1940): O diretor mais uma vez dirige Charles Boyer neste drama que traz Bette Davis como a professora Henriette relembrando o tempo em que trabalhava como governanta do Duque de Praslin. Tomada pelo ciúme, a esposa deste a acusou de ter um romance com seu marido. Logo em seguida, a duquesa foi encontrada morta.

Uma Vida por um Fio (1948): o noir traz Barbara Stanwyck como uma esposa delibitada e confinada em uma cama. Após tentar contato com seu marido, ela entra acidentalmente em uma linha cruzada e ouve a conversa de dois homens que planejam um assassinato. Um roteiro aparentemente simples e com poucos recursos produziu mesmo assim um noir digno de nota. Barbara Stanwyck mais uma vez brilha.

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