A Dama das Camélias se tornou um clássico da literatura mundial. Publicado em 1848 por Alexandre Dumas Filho, trazia a história da nobre cortesã que abre mão de seu amor em honra aos bons costumes. A história trazia um cunho parcialmente autobiográfico: Dumas era filho ilegítimo do famoso escritor Alexandre Dumas, e sua mãe vivera na pele a tragicidade de ter um romance considerado aquém da sociedade em pleno século XIX. Além disso, a personagem central, Margarite Gautier, foi inspirada claramente na cortesã Marie Duplessis, ex amante de Dumas Filho. Os dois chegaram a se envolver, mas o romance não deu certo porque ele não era rico o suficiente para mantê-la.
Em A Dama das Camélias, Margarita Gautier conhece o jovem estudante de direito, Armand. Contrariando todos os prognósticos, se apaixonaram. Porém o romance não é bem visto nem pela sociedade (que a usa como um item de luxo), nem pelo pai de Armand (que acha que a moça será sua ruína social). Munindo-se de toda nobreza, Gautier renuncia a seu amor, morrendo logo em seguida.
O romance se tornou um grande sucesso, e a personagem foi representada em peças, óperas e filmes. Todas as atrizes cobiçavam a personagem tão bem caracterizada pelas grandes Eleonora Duse e Sarah Bernhardt. A última inclusive chegou a viajar para o Brasil, onde a representou para o Imperador D. Pedro II. Em 1912 Sarah o repetiria no cinema.
Cacilda Becker e Vivien Leigh também traria a personagem aos palcos:
O cinema, claro, trouxe Marguerite em várias versões. A primeira dela foi feita em 1907. Separamos algumas mais marcantes: