Já tinha visto esse há um tempinho e sabe o que mais gosto nele? São as “coincidências” com a carreira da dupla Martin e Lewis. Para quem não sabe, Jerry e Dean Martin começaram a fazer sucesso quando se juntaram para se apresentar em casas de shows, e fizeram tanto sucesso que quando foram para o cinema já eram uma grande sensação. Seus shows lotavam e não era incomum eles se apresentarem várias e várias vezes à noite.
Sofrendo da Bola conta a história justamente de uma dupla de comediantes que sonhavam ficar ricos jogando golfe mas que embora tivessem jeito para a coisa, eram melhores como comediantes. O filme começa com uma dupla de comediantes de palco jogando fotos e mais fotos para seus fãs que se plantam lá embaixo.
Imagens reais da multidão lá embaixo são usadas com a gravação deles na janela. Dali eles começam a contar as dificuldades que passaram, principalmente Joe, personagem de Dean Martin, que sempre sabe se comportar nos lugares e ganhar o coração das moças de plantão. Principalmente de uma, Kathy, interpretada por Donna Reed, uma artista da qual gosto muito.
Já Harvey, que tem a ideia de ser o treinador de Joe, parece sempre se dar mal. Exceto naturalmente que dessa vez o personagem de Jerry ganhou um amor, Lisa (Barbara Bates), algo bem extraordinário nos filmes da dupla. Harvey se dá mal porque tenta colocar o amigo que só pensa em bebida e diversão no lugar, mas o que leva é ser considerado pelas pessoas nos torneios somente o carregador de tacos de golfe (daí o título original The Caddy).
Sofrendo da Bola só tem uma coisa estranha: o título. Talvez porque não encontraram um termo em português que substituísse The Caddy. Ficamos então com Sofrendo da bola que remete mais a alguém meio louco. A história é contada em flashback e o final tem uma surpresa maravilhosa que eu não vou contar para que vocês assistam. É um filme encantador.
Confira também:
Amiga da Onça (1949), o primeiro filme de Jerry Lewis e Dean Martin