19 de abril de 2025

O Assassinato de um Presidente (1973): Conspiração e Suspense no Poder

Em O Assassinato de um Presidente (1973), uma investigação revela segredos perigosos do poder. Suspense imperdível para fãs de política e mistério.

O Assassinato de um Presidente (1973)

Em 22 de novembro de 1963, o presidente John F. Kennedy, mesmo alertado sobre um possível atentado, chegava a Dallas. Durante seu desfile pela cidade, foi baleado e morto, chocando o mundo e deixando o povo americano em luto. Naquela tarde de novembro, a história era escrita diante dos nossos olhos. Pouco depois, Lee Harvey Oswald foi preso, mas, após negar envolvimento no crime, foi assassinado — e assim começaram as teorias da conspiração sobre o que realmente aconteceu.

Em 1973, dez anos após o assassinato, David Miller lançou Assassinato de um Presidente (Executive Action), filme inspirado no livro Rush to Judgement, de Mark Lane. A obra aborda um episódio traumático da história americana, tão dolorido que, nos anos 70, foi banido e boicotado em vários cinemas, saindo de circulação e só retornando após ser exibido na TV.

No filme, Miller dramatiza como conspiradores planejaram o assassinato de JFK. Com roteiro de Dalton Trumbo — que ficou anos na lista negra de Hollywood por ser acusado de “comunismo” —, a produção foi a primeira a tratar abertamente da teoria de que Oswald não agiu sozinho, sendo, na verdade, um bode expiatório em uma conspiração bem articulada.

Os verdadeiros vilões da trama eram agentes corruptos, políticos conservadores e empresários sem escrúpulos, que se sentiam ameaçados pelo governo populista de Kennedy. O filme mostra, em detalhes, o planejamento dos assassinos, com um elenco estelar: Burt Lancaster (James Farrington), Robert Ryan (Robert Foster) e Will Geer (Harold Ferguson). Cada ator trouxe uma interpretação poderosa, totalmente oposta às suas visões pessoais, tornando seus personagens assustadoramente convincentes como conspiradores fascistas.

Juntos, eles arquitetaram o crime perfeito — e conseguiram. Lee Harvey Oswald, preso em 22 de novembro, foi morto dois dias depois, em 24 de novembro de 1963, silenciando qualquer chance de defesa.

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