Romy Schneider nasceu Rosemarie Magdalena Albach-Retty, em setembro de 1938 em Viena. Filha de atores, sempre chamou muita atenção por sua beleza, e sua estreia no cinema foi aos 14 anos no filme “Quando voltam a florescer os lilases” (When the White Lilacs Bloom Again), onde trabalhou com sua mãe. Aos 17 anos ganhou o papel que iria marcar sua carreira: Sissi, a imperatriz da Áustria. Seu sucesso não ficou só em seu país, ganhando o mundo logo, e acabou tendo duas continuações: “Sissi, a Imperatriz” e “Sissi e seu destino”.
Mas a atriz estava cansada de viver papel de adolescentes, e em 1958 estrelou Senhoritas de uniforme, de temática GLS. Em “Christine”, teve enorme dificuldade no início, pois não sabia falar inglês ou francês. Em 1962 estrela “O processo” (The trial), de Orson Welles. “Boccaccio 70”, de Luciano Visconti trouxe uma mudança significativa em sua carreira. O sucesso seguiu durante a década de 70.
Romy trabalhou com os melhores diretores, como Claude Chabrol, Claude Sautet, Joseph Losey, Costa-Gavras. Andrzej Zulawski e Bertrand Tavernier, e teve como pares, além de Alain Delon, Yves Montand, Jack Lemmon, Michel Piccoli, Peter O’toole, Antony Quinn, Jean Claude Brialy, Jean-Louis Trintignant, dentre outros. Seu último filme foi “O bar da última esperança”, de 1981.
Ganhou o César (Prêmio do cinema francês) como melhor atriz em 1975 (O importante é amar) e em 1978 (Une histoire simple).Com relação à vida pessoal, Romy casou-se com o coreógrafo Harry Meyen (1966 – 1975), pai de David, e com Daniel Biasini (1975 – 1981), seu secretário, com quem teve uma filha, Sarah. Teve um romance com Alain Delon, que conheceu durante as filmagens de “Christine”, remake do filme de 1933.
Enquanto a vida profissional só florescia, sua vida pessoal não foi fácil. Por trás do rosto perfeito e de formas suaves, escondiam-se problemas pessoais que lhe levariam a depressões profundas ao longo da vida. O sentimento de rejeição sempre a acompanhou desde a infância, quando seus pais se divorciaram, e sua mãe, atriz, parecia dar mais ênfase à sua carreira, relegando a menina a segundo plano.
Seu pai também não lhe dava muita atenção. Sua vida amorosa pareceu ter sido um caos, sofrendo por Alan Delon uma das maiores decepções: narcisista ao extremo, depois de anos, acabou o relacionamento com um bilhete que dizia “Vou para o México com Nathalie”. As drogas e alcool acabaram sendo o refúgio para a atriz.
Aos 43 anos, no auge de sua carreira e vivendo em Paris, Romy sofreu uma parada cardíaca, depois de um longo processo de depressão ocasionada pelo suicídio do seu primeiro marido e do seu filho David, com apenas 14 anos, num terrível acidente em que foi perpassado pelas pontas da grade de um portão. Nos jornais uma ressalva: ela morrera de coração partido.