Edward G. Robinson era um grande colecionador de artes

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Edward G. Robinson foi um dos rostos mais conhecidos dos filmes noir. Mas o que poucos sabem é que ele era um colecionador de artes. Um dos maiores.

Ele era um dos rostos mais conhecidos do cinema entre as décadas de 30 e 60 em filmes policiais. Muitas vezes interpretava gângsters em filmes como Little Caesar (1931) e Key Largo (1948), mas também era versátil o suficiente para atuar em comédias como A Slight Case of Murder (1938) e dramas como Our Vines Have Tender Grapes (1945). De fato era um dos atores mais versáteis de sua era, e também conhecido por seu ativismo político, contribuindo altos valores para instituições durante a guerra.

Edward G. Robinson foi, se não o primeiro, mas um dos primeiros grandes colecionadores de Hollywood, tendo uma das maiores coleções de arte impressionista francesa já montada por um americano.

E ao contrário dos personagens durões que interpretava nas telas, era um homem que preferia, em suas horas vagas, dedicar-se à música clássica e à colecionar obras de arte. Ele começou a comprar seus quadros por volta de 1936, e oito anos depois disso, teve que construir uma galeria para abrigar seus quadros que incluíam obras de Bonnard, Cézanne, Degas, Gauguin, Matisse, Picasso, Renoir, Frida Kahlo e Van Gogh.

O ator percebeu que não só ele, mas outras pessoas também deveriam ter a oportunidade de apreciar esses trabalhos. E assim, abriu visitações à sua coleção duas vezes por semana.

Além de colecionar quadros, ele também pintava cópias de obras famosas. O ator acabou se tornando também uma referência para seus colegas, e comprava aquilo que lhe agradava os olhos. No livro Greta Garbo, de Barry Paris (páginas 344 e 345), há uma passagem em que ele narra o dia em que a atriz foi procurá-lo em sua casa para opinar sobre uma pintura que ela tencionava comprar.

Imagem: Alamy

Seus quadros eram comprados muitas vezes em ocasiões especiais, como o nascimento de seu filho Manny. Para isto, comprou um quadro de Deggas e dois de Pissarro. Em outras ocasiões, aproveitava viagens ao exterior para adquirir outras obras.

Em 1956 ele foi forçado a vender toda sua coleção por causa do acordo de divórcio de sua esposa Gladys. O magnata Stavros Niarchos a comprou por US $ 3,5 milhões. Algum tempo depois Robinson reaveu 14 obras de sua coleção original e adquiriu tantas outras.

O ator teve uma carreira longínqua que durou seis décadas. Ele não se considerava um colecionador de arte, mas alguém que amava aquelas telas. “Eu nunca sigo conselhos sobre qual obrar comprar… um revendedor estava delirando e detalhando os méritos de um Pissarro e lembro-me de dizer: Não preciso de toda essa conversa. Deixe a imagem falar por si mesma”, disse em certa ocasião.

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