Ève Lavallière, a atriz de teatro que abandonou tudo para servir a Deus

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Já contamos aqui no site a história da bela atriz Dolores Hart, que depois de participar de alguns filmes, decidiu seguir para um monastério onde é conhecida como Irmã Judith. Clique aqui para conhecer essa história. Mas ela não foi a única que decidiu abandonar sua carreira após se converter. Ève Lavallière, uma atriz, também fizera o mesmo, décadas antes.

Seu nome não é conhecido hoje em dia, como muitas, mas Eugénie Marie Pascaline Fenoglio, mais conhecida como Ève Lavallière, se tornou quase tão famosa quanto Mistinguett e Sarah Bernhardt. Nascida em 1 de abril de 1866 em Toulon, na França, não era uma filha desejada por seus pais. Logo ao nascer foi dada para ser criada por uma família no campo.

Mas quando chegou a idade escolar, seus pais a mandaram para uma escola particular. Sua vida mudaria drasticamente quando o pai matou a mãe com dois tiros e logo em seguida atirou em si mesmo. Eles estavam se separando e brigavam pela guarda da pequena. Após a tragédia, Ève teve que sair da escola e passou de lar em lar, até fugir definitivamente e se juntar a um grupo de music-hall.

Por volta de 1889 iniciou aulas de dança, canto e atuação. Descoberta pelo diretor de variedades M. Bertrand, foi contratada para aparecer inicialmente em papéis secundários. Mas com a morte da atriz principal da peça, tomou o seu lugar e foi um sucesso instantâneo.

Tinha 25 anos, era uma cantora formidável e sabia encantar o público. Logo se tornou procurada e passou a interpretar as principais peças. Ganhando muito dinheiro e presentes de admiradores, por volta de 1910 já morava em uma grande mansão ao lado do marido Fernand Louvreau e sua filha.

Porém, em 1917 ela adoeceu repentinamente e buscou ajuda em igreja. Aos poucos foi se arrependendo de seu passado, e se converteu em uma devota católica. Algum tempo depois, o desejo de abandonar os palcos e o mundo das artes. Devido à seu passado, porém, não pode ser aceita como uma freira.

Mas, passando todos os seus bens para sua filha e obras sociais, incluindo suas casas, entrou para a ordem terceira dos franciscanos. Essa ordem é voltada para pessoas casadas ou não, que podem servir sem serem necessariamente freiras ou freis.

Éve passou o resto dos seus dias de maneira simples, ajudando os pobres e morando em uma pequena casa na aldeia de Thuillières. E foi lá que faleceu aos 62 anos, em 10 de julho de 1929. Na aldeia, há um museu dedicado a ela.

UNSPECIFIED – AUGUST 11: French comedian Eve Lavalliere (1866-1929) as marchioness of Arromanches in play “Le bonheur Mesdames” by FrancisdeCroisset, Paris, photo by Paul Boyer from french paper “Le Theatre” november 1905 (Photo by Apic/Getty Images)

Fontes: Missam, Verbinina, Michaeljournal

Livro Indicado: Eve Lavalliere: the idol of multitude, de Jean-Paul Claudel

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