Fizemos uma pequena parte onde relembrávamos algumas estrelas do cinema mudo (ou silencioso, como você preferir). Nele trazíamos a história de alguns deles, como Florence Turner (conhecida como a Vitagrah girl), Florence Lawrence (da Biograph), Mary Pickford e sua cunhada Olive Thomas. Para conferir essa matéria basta clicar no link abaixo:
Revisitamos particularmente algumas estrelas, como Clara Bow, Theda Bara e Louise Brooks (clique nos nomes para lerem as matérias). Diante do sucesso, resolvi fazer posts fixos, onde trarei semanalmente a história de pelo menos algumas delas. Vamos começar com Mary Miles Minter.
Mary Miles Minter (1902–1984)
Mary fez grande sucesso nos filmes mudos mas sua carreira não ultrapassou a barreira do cinema falado.
Mary Miles Minter, cujo nome verdadeiro era Juliet Reilly, nasceu em 25 de abril de 1902. Sua irmã Margaret Shelby também se tornou atriz. Aos cinco anos ela acompanhou sua irmã em um teste e foi assim que iniciou a carreira. Coincidentemente estavam procurando uma pequena atriz e ela acabou ganhando o lugar. A partir de então se tornou bem conhecida, e para trabalhar posteriormente em filmes mais adultos, usou uma certidão de nascimento que pertencia à sua irmã Mary, já falecida. Foi a partir daí que se tornou Mary Miles Minter.
Seu primeiro papel nas telas foi em The Nurse (1912), quando tinha apenas 10 anos. No drama The Fairy eo Waif (1915) passou a ser mais notada. Ela teria sido uma atriz de maior destaque, se não tivesse se envolvido em um grande escândalo em 1922. Falei um pouco sobre isso nessa matéria que fala de seu envolvimento na morte do diretor William Desmond Taylor.
Ela, que tinha menos de 20 anos, foi amante do homem mais velho, e após descobrirem várias fotos dela nua em seu bangalô, Mary jamais conseguiu recuperar a fama de garota inocente que tanto pregava.
Houve mesmo um grande boato de que na verdade sua mãe teria sido a assassina, mas tudo isso fez com que ela abandonasse precocemente o cinema em 1923, quando tinha apenas 21 anos.
O assassinato de Taylor jamais chegou a ser resolvido e Mary abandonou o cinema após ter atuado em mais de 50 películas. Em 1970, Mary assumiu que os dois tiveram um romance, e que ela teria sido a primeira pessoa a encontrar seu corpo. Segundo a mesma, a decisão de se afastar das telas teria sido dela mesma.
Mary declarou posteriormente que nunca se arrependeu de abandonar as telas, e que foi imensamente infeliz enquanto esteve lá. Viveu o resto de sua vida em relativa tranquilidade, vivendo do aluguel dos imóveis que possuía.
Ao contrário do que possa parecer, o relacionamento entre mãe e filha era problemático, e apesar de tê-la dado um álibi, há relatos de que mais tarde a atriz chegara a escrever em seu diário pessoal que sua mãe de fato matara Taylor. Charlotte também seria acusada do assassinato por sua outra filha, Margaret Shelby. O caso seria reaberto, mas novamente arquivado por falta de provas.Foi somente quase vinte anos depois que Charlotte foi formalmente esquecida pela polícia, após concluírem que não havia prova alguma de que ela tenha tido algum envolvimento no caso. Sua mãe faleceu em 1957.
Já idosa, Mary sofreu um grande choque quando invadiram sua casa roubando seus objetos de valores e antiguidades. Naquele período ninguém mais a conhecia ou sabia que se tratava de uma antiga atriz de cinema. Ela faleceu pouco tempo depois, em 4 de agosto de 1984 em sua casa em Santa Mônica. Hoje em dia é difícil encontrar algum filme seu disponível. Uma pena.
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