Piper Laurie, de Pin-up a mãe de Carrie, a Estranha

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Piper Laurie ficou marcada por sua participação como a mãe da personagem Carrie, no filme homônimo. Mas sua história é mais antiga que esta. A atriz estreou em 1950, tanto no cinema em duas fracas produções. A primeira, Louisa, que trazia Ronald Reagan no papel principal. A segunda foi The Milkman, cujo elenco incluia Donald O’Connor e Jimmy Durante.

Ela tinha então 17 anos e uma carreira pela frente. Engana-se, porém, quem pensa que ela sempre foi extrovertida como nessa foto, na verdade ela era muito tímida. Nascida em 22 de janeiro de 1932, seu nome verdadeiro era Rosetta Jacobs. Em 1949, após testes, ela foi contratada pela Universal.

Os estúdios logo trataram de lhe arranjar namorados fictícios. Um deles foi Rock Hudson, que foi constantemente ligado tanto a Piper quanto a outras belas atrizes da época como Marilyn Maxwell e Vera Ellen. De certo com Rock só os dois filmes que eles fizeram juntos, Sinfonia Prateada (Has Anybody Seen My Gal, 1952) e A espada de Damasco (The Golden Blade, 1953). Segundo a própria atriz, ela e Rock foram bons amigos, e ela ria muito com ele. A atriz relembra que ele parecia estar sempre faminto e vivia na cozinha preparando pratos.

Ela também apareceu em filmes com Tony Curtis. Os estúdios espalhavam que ela tinha romance com vários artistas, e lançavam falsas entrevistas em que mostravam uma moça um pouco diferente do que ela era. Isso a cansava e devia cansar também parte dos atores e atrizes que eram obrigados a se passarem por algo que não eram.

Paralela à vida no cinema, ela também participou de programas televisivos. Os astros da década de 50 já estavam se acostumando com a tv invadindo as casas. Com isso não podiam perder um espaço também importante. Piper estreou ao mesmo tempo com Playhouse 90.  Desafio à Corrupção (The Hustler, 1961) onde atuou ao lado de Paul Newman, trouxe sua primeira indicação a melhor atriz e finalmente um reconhecimento de que era uma grande atriz.

Tony Curtis e Piper Laurie em No Room for the Groom, 1952

Mas o fato é que mesmo assim ela não estava muito feliz em atuar. Afastou-se das telas, indo morar em Nova York, e retornando esporadicamente para atar em algum filme. Foi somente em 1976 que ela retornaria de maneira mais substancial, ao interpretar a mãe em Carrie (1976). Curiosamente ela iria trabalhar com Sissy Spacek em mais dois filmes: Ensina-me a Viver (1995) e As Parteiras (2001).

Com sua participação em Carrie, ela recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor atriz coadjuvante. Mas o sucesso foi o maior prêmio. A terceira indicação seria por Filhos do Silêncio (Children of a Lesser God, 1986). Piper continua na ativa, estreando esporadicamente alguns filmes. A atriz que foi casada uma única vez tem uma filha chamada Anne Grace Morgenstern.

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