Relembrando a triste e doce Maria Schell

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Imagem Devianart. BY Metek09

Quando lembro de Maria Schell sempre me vem à cabeça suas tristes personagens, sobretudo nos filmes como Quando o Amor é Pecado (1955) e Gervaise (1956). Ela parecia mesmo ter o dom de encantar tanto sorrindo quanto chorando. Seu rosto frágil e delicado parecia carregar todas as dores do mundo, mas quando sorria, iluminava qualquer ambiente. Ela tinha o sorriso dos que lutam e eu gostaria de lhe fazer uma homenagem.

Assim, como muitas de suas personagens, Maria não teve uma caminhada fácil, carregando dores físicas e psíquicas. Nascida em 15 de janeiro de 1926, esta premiada atriz cresceu em Viena ao lado dos irmãos mais novos: Maximilian Schell (que também se tornou um ator de sucesso), Carl e Immy, que também tentaram a vida artística mas não tiveram o mesmo destaque que os dois primeiros.

maria schell

Não tive o prazer de ver ainda este filme e ele não parece fácil de ser encontrado. Mas há um site que traz várias imagens dele. Mas Maria não pararia por aí. Estudou teatro e na década de 50 sua carreira decolou. Ter feito em Gervaise (1956), uma mulher sofrida que tem que lidar com um marido descontrolado e bêbado, abriu os olhos do mundo para ela.

Logo ela estava na América atuando ao lado do também “estrangeiro” Yul Brynner em The Brothers Karamazov ( 1958 ) e Glenn Ford em Cimarron (1960). A atriz casou-se com o diretor Horst Hächler. Após a separação, uniu-se a Veit Relin, com quem teve uma filha, Marie Theres Relin.

Histórico depressivo e tempos finais

Maria sofria de depressão. Não há informações sobre quando e como começou seu sofrimento, mas o problema agravou-se nos últimos anos de sua vida. Ela chegou a tentar o suicídio e só quem já passou ou passa por esse dilema sabe o quanto é difícil lidar com tudo ao seu redor. Mais velha, Maria não lembrava mais a jovem e bela garota que dançara ao lado de Yul Brynner. E o cinema é cruel para as mulheres quando envelhecem.

Ela passou seus últimos anos de vida isolada em uma pequena aldeia em Preitenegg (Áustria), e faleceu em 26 de abril de 2005 de pneumonia. Trazia ainda aquele olhar nos últimos dias, mas sofreu intensamente com a doença.

Seu irmão, Maximillian, fez um documentário onde fala mais sobre sua irmã mais velha e sua luta contra a doença. Maximillian faleceu em 2014 e é outro ator que também admiro. Ainda não tive oportunidade de ver o documentário, mas tão logo consiga aviso a vocês.

Ela passou seus últimos anos de vida isolada em uma pequena aldeia de Preitenegg, falecendo em 26 de abril de 2005 de pneumonia. Ela não mais lembrava a jovem que sorria enquanto dançava para Yul Brynner em Os Irmãos Karamazov (1958). Mas pode enfim descansar de suas dores. Mas é desse belo sorriso que preciso me lembrar.

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