Nascida em Porto Rico em 11 de dezembro de 1931, Rosita Dolores Alverio se tornaria uma das atrizes e cantoras mais completas que Hollywood conheceu e muitas vezes ignorou. Vamos à sua história:
Morando em Porto Rico (que tem como língua oficial o castelhano), também aprendeu o inglês quando entrou na escola. Ela nunca escondeu que desejava se tornar uma atriz e quando partiu para os Estados Unidos ela conseguiu estrear em pequenos papéis no teatro aos 13 anos.
Mesmo perdendo muitas oportunidades por ser latina e por sua cor, ela seguiu em frente. Ela se ressentia disso mas provava a todos que tinha um enorme talento. A prova é que ela ganhou os principais prêmios americanos: O Tony, Emmy e o Oscar. E poucos artistas como Helen Hayes detém essa proeza.
A atriz também era dubladora desde os 13 anos. Vista por um olheiro da MGM, ela foi chamada para um teste e a partir daí aparecia em papéis pequenos em alguns filmes como Quando Eu Te Amei (1950), O Rei e Eu (1951) e Cantando na Chuva (1952). A atriz revelou que ela e a estrela do filme, Debbie Reynolds, se tornaram grandes amigas durante as filmagens, saindo constantemente para assistir algum filme. A amizade durou por toda a vida.
Quando ganhou um papel em Amor, Sublime Amor (1961), Moreno não podia acreditar, e ficou enormemente emocionada. Era uma oportunidade de mostrar-se como uma latina em um filme e papel de importância. Isso era de fundamental importância porque não era fácil para latinos e negros conseguirem papéis que não fossem estereotipados. Ela, que tem uma bela voz, dublou outras atrizes do filme nas músicas “A boy lke that” e em “Quintet”. Mesmo assim, ela não esperava, mas acabou ganhando o Oscar de Melhor Atriz coadjuvante pelo filme. Veja o momento:
A atriz achou que isso lhe abriria os caminhos mas se frustou totalmente quando a “maldição dos vencedores do Oscar” bateu à sua porta. Durante sete anos ela fez somente algumas participações sem importância.
Como muitos atores de sua geração, com a chegada da tv as coisas mudaram. Ela passou a fazer participações e séries como The Electric Company e The Muppet Show e Miami Vice. Enquanto isso continuava seu trabalho como dubladora e está no ar na série “One Day at Time”.
A atriz foi reconhecida por vários prêmios mas o que ela mais sonhava era ter seu nome na famoso Hollywood Walk of Fame. O sonho foi realizado em 1995 e emocionada ela se jogou em cima da placa.
Amores e desamores
A vida amorosa de Rita foi conturbada durante um bom tempo. Em seu livro Rita Moreno: A memoir ela conta várias dessas histórias. Um dos seus primeiros namorados foi o ator Anthony Quinn, que ela fala que era rude e que não era bom para as mulheres. Mas os dois devem ter feito as pazes.
O maior de seus casos e aquele que ela reconhece como o homem que mais amou foi Marlon Brando, que conheceu nos sets de Napoleão. A atração foi instantânea e os dois se tornaram amantes durante oito anos. Já falamos um pouco sobre esse assunto nesta matéria. A atriz chegou a tentar o suicídio com remédios quando o ator sugeriu um aborto. Ela só não morreu porque a assistente de Marlon a encontrou no chão do banheiro e chamou os médicos.
No livro ela diz que ele era um amante sensual e generoso quando queria, mas também podia ser agressivo ao extremo. Em um episódio dessas brigas, ela resolveu se envolver com o cantor Elvis Presley. Ela sabia que Brando tinha repúdio pelo rei do Rock. Mas quem acabou se frustrando foi Rita. Segundo a atriz, Elvis Presley era péssimo de cama e ela só o namorou para fazer ciúmes a Brando. Parece que deu efeito e ele voltou para ela durante um tempo.
Assim como muitas mulheres ela foi constantemente assediada. Em um depoimento recente ela afirmou que teve que passar pelo famoso e temido teste do sofá e que foi perseguida durante um ano pelo chefe da FOX, Buddy Adler. Isso só prova que os abusos sempre existiram e o mundo cor de rosa e recatado de Hollywood cabia somente nas telas. Nos bastidores a história era bem diferente.
Finalmente em 1965 sua vida entrou nos eixos. Ela casou-se com um médico, o Dr. Leonard Isadore Gordon, com quem teve sua única filha, Fernanda Luisa Gordon. Fernanda não seguiu os passos nem da mãe nem do pai e é uma designer de jóias de luxo.
Fontes: IMDB, Variety, CNN, Makers, Vulture, Brittanica, NY Times, Dailymail