17 de abril de 2025

No Último Aniversário de Judy Garland ela estava sozinha

Descubra como foi o último aniversário de Judy Garland, seus momentos finais e o legado que a estrela deixou no mundo do entretenimento.

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10 de junho de 1969: no seu último aniversário, a legendária Judy Garland estava sozinha. Judy se tornou conhecida por seus papéis em O Mágico de Oz e Nasce uma Estrela.

Sua carreira no cinema já havia declinado há anos, e ela sobrevivia fazendo alguns shows. As dívidas se acumulavam, o quinto casamento, com o músico Mickey Deans, não ia muito bem. A atriz entregava-se cada vez mais aos vícios, à bebida e aos remédios controlados, além de sofrer com a depressão. Segundo a biografia de David Shipman (Judy Garland: A primeira biografia completa), ela ainda alimentava sonhos: queria ser uma estrela da Broadway.

Mas o tempo era curto. Problemas com alcoolismodepressão — que a acompanhou por toda a vida — e o abuso de medicamentos fizeram com que se tornasse uma pessoa instável. Os empresários, temerosos, já não a contratavam para shows, devido aos constantes atrasos e ausências. Contratar Judy Garland tornava-se um tiro no escuro. A atriz e cantora perdia a voz e os contatos. Virava-se na vida.

Um documentário invasivo filmado por seu último marido

Mesmo assim, ela tentava. E assim permitiu ser filmada para o triste documentário “A Day in the Life of Judy Garland”, projeto do seu marido-playboy Mickey Deans. O documentário, que trazia a atriz em momentos caóticos de sua vida, causava vergonha alheia ao mostrar Garland bêbada, nua e desafinando em um de seus shows. Era triste.

Triste sob vários aspectos, porque mostrava uma Judy que mal cabia dentro de um corpo delicado e frágil. De tão ruim que era, ninguém se interessou pelo projeto, que acabou se tornando mais um fiasco na vida da intérprete de O Mágico de Oz.

Judy também sofria pelo desprezo dos filhosExausta pelos excessos da mãe, Liza Minnelli, que morava nos Estados Unidos, proibira que lhe passassem as ligações de Judy, que estava em LondresJoey e Lorna, os filhos mais novos, estavam com os pais e também não tinham muito contato com a mãe.

Os três só se reencontraram quando souberam da morte de JudyLiza Minnelli assumiu as despesas do funeral. Anos depois, Lorna Luft lançou “Me and My Shadows: A Family Memoir”, um livro de memórias que parece mais fantasioso do que real, no qual Lorna narra momentos que não pode provar terem acontecido daquela forma.

Entre outras coisas, ela afirma que cuidava da mãe a ponto de adoecer e enaltece o caráter do paiSidney Luft — o marido e empresário que, em várias ocasiões, agrediu Judy Garland e a explorou financeiramente. Os direitos do livro de Lorna foram vendidos e viraram um filme para a TV“Life with Judy Garland: Me and My Shadows” (2001), com Judy Davis no papel da eterna Dorothy.

No livro, Lorna relata que os filhos ligaram para Judy no dia do seu aniversário, todos sorridentes, e que a mãe estava muito bem. Mas não foi bem assim que tudo ocorreu. Eles já não tinham contato, conforme explicita David Shipman em sua biografia.

E assim, doze dias após seu aniversário, no dia 22 de junho de 1969, Garland foi encontrada morta no banheiro da casa simples que alugara em Londres. Seu corpo estava exausto, sem forças para lutar contra o vício em remédios que carregava há anos.

 Judy Garland em seu casamento com Mickey Deans, meses antes de sua morte.

Quando a garotinha de O Mágico de Oz começou a morrer?

Em que momento exato a jovem estrela que nos encantou em O Mágico de Oz começou a se perder? Eu me arriscaria a dizer que foi no instante em que lhe ofereceram a primeira pílula, ainda durante suas filmagens iniciais. O vício, que aplacava temporariamente seus medos, foi também a causa de seu destempero e de seus caminhos tortuosos ao longo da vida.

No último aniversário de sua vida, Judy Garland estava sozinha — assim como em muitos outros dias. Apenas mais um dia em sua curta e intensa existência.

Mas o tempo era curto. Problemas com alcoolismo, depressão que a acompanhou por toda a vida e medicamentos, fizeram com que se tornasse uma pessoa instável. Os empresários, temerosos, já não a contratavam para os shows, devido aos constantes atrasos e ausências. Contratar Judy Garland tornava-se um tiro no escuro. A atriz e cantora perdia a voz e os contatos. Virava-se na vida.

Um documentário invasivo filmado por seu último marido

Mesmo assim ela tentava. E assim permitiu ser filmada para o triste documentário “A Day in the Life of Judy Garland”, projeto do seu marido-playboy Mickey Deans. O documentário, que trazia a atriz em momentos caóticos de sua vida, causava vergonha alheia ao mostrar Garland bêbada, nua, desafinando em um de seus shows e era triste.

Triste sob vários aspectos, porque mostrava uma Judy que mal cabia em um corpo delicado e frágil. De tão ruim que era, não houve ninguém que se interessasse pelo projeto, que acabou se tornando mais um fiasco na vida da intérprete de O Mágico de Oz.

Judy Garland em sua última foto, horas antes de falecer

Judy também sofria pelo desprezo dos filhos. Exausta também pelos excessos da mãe, Liza Minnelli que residia na América, proibira que lhe passassem as ligações da mãe, que passava um período em Londres. Joey e Lorna, menores, estavam com os pais e também não tinham muito contato com a mãe.

Os três só foram se reencontrar quando souberam da morte da mãe. Liza Minnelli assumiu as despesas do funeral. Alguns anos depois Lorna Luft lançou “Me and My Shadows : a Family Memoir“, um livro de memórias que parecem mais fantasiosas do que reais, onde Lorna narra nos mínimos detalhes momentos que ela não tem como provar que aconteceram daquela maneira.

Dentre outras coisas ela informa que cuidava da mãe a ponto dela própria adoecer e enaltece o caráter do seu pai, Sidney Luft, o marido e empresário que por diversas vezes chegou a bater em Judy Garland e a explorava financeiramente. Os direitos do livro de Lorna foram vendidos e viraram um filme para a TV chamado “Life with Judy Garland: Me and My Shadows (2001)”, com Judy Davis no papel da eterna Dorothy.

No livro, Lorna relata que os filhos ligaram para a mãe no dia de seu aniversário. Juntos, sorridentes, e que a mãe estava muito bem. Mas não foi bem assim que tudo ocorreu. Eles não tinham mais contato, conforme explicita David Shipman em seu livro. E assim, doze dias após seu aniversário, no dia 22 de junho de 1969, Garland era encontrada morta no banheiro da residência simples que alugara em Londres. O corpo exausto, e sem forças para lutar contra o vício que carregava há anos: remédios.

Fontes:
Documentário: A Day in the Life of Judy Garland, Mickey Deans
Filme: Life with Judy Garland: Me and My Shadows (2001), de Robert Allan Ackerman
Livro: Judy Garland: A primeira biografia completa, David Shipman
Livro: Me and My Shadows : a Family Memoir, de Lorna Luft

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