Elizabeth Taylor: Seus Maridos e Amores Icônicos
Explore a fascinante vida amorosa de Elizabeth Taylor, descobrindo seus 8 casamentos e os homens que marcaram a trajetória da lendária atriz de Hollywood.
Trabalhando desde criança e sendo criada para ser uma estrela de cinema em tempo integral , Elizabeth Taylor teve pouco contato com o mundo real. Sua infância foi vivida nas telas e, na adolescência, não conheceu amigas com quem pudesse trocar informações. Apenas a figura de sua mãe, Sara, que guiava sua vida com mãos de ferro. Por conta disso, ela teve enormes dificuldades para desenvolver relacionamentos maduros ao longo de sua vida. Ainda adolescente, ela disse que queria ser uma grande atriz, mas sonhava ainda mais em encontrar um bom marido.
Seu primeiro namorado foi Glenn Davis, um jogador de futebol americano de 23 anos, seis anos mais velho que ela. O relacionamento deles foi coberto por toda a imprensa. “Quando olhei para ele pela primeira vez pensei: ele não é de verdade. É simplesmente maravilhoso!”. Sua mãe não aprovou o namoro, pois achava que a filha merecia um marido mais rico, e um jogador não era um marido ideal para uma estrela de cinema em ascensão. O romance durou pouco tempo, e ele não chegou a pedi-la em casamento.
Pouco tempo depois, ela conheceu William Pawley Jr., que logo começou a falar sobre casamento, mas não suportava a carreira dela como atriz. Taylor via nele uma maneira de fugir das mãos de sua mãe, que a controlava, mas ele também era bastante controlador, chegando a indicar as roupas que ela podia usar, as companhias com quem andava, além de insistir que ela abandonasse sua carreira. O término veio quando ela insistiu em fazer mais um filme antes de se tornar a Sra. Pawley, e ele disse que não toleraria vê-la trabalhando.
Foi então que ela conheceu Nicky Hilton, o herdeiro da cadeia de hotéis Hilton. Enquanto filmava A Filhinha do Papai , onde interpreta uma mulher prestes a se casar, Liz só pensava no seu próprio casamento. Sua mãe, Sara, enfim achou que ela havia encontrado o homem ideal, já que Nicky era muito rico. Ela se casou com ele virgem, e o casamento só se consumou três dias depois, devido à bebedeira que Nicky tomou.
O que Elizabeth não esperava era que ele imediatamente após o casamento mostrasse quem realmente era: um alcoólatra, apostador compulsivo e que batia na esposa constantemente. Ainda na lua de mel, a atriz buscou ajuda de amigos e se tornou uma compradora compulsiva como modo de aplacar a tristeza. Poucos meses depois do casamento, ela já tinha emagrecido 9 quilos e estava em depressão. Não havia mais como esconder. Sua mãe a levou para um local seguro, e ela pediu o divórcio alegando crueldade mental . Nicky morreria aos 42 anos em decorrência dos seus vícios.
Após a separação, ela se encontrou algumas vezes com Stanley Donen, e estavam se acertando, porém a Metro a enviou para a Europa para filmagens de Ivanhoé . Chegando lá, ela conheceu aquele que se tornaria seu segundo marido, Michael Wilding. Ele estava separado de sua primeira esposa, Kay Young, há pelo menos cinco anos, mas não tinham dado entrada no divórcio. Elizabeth Taylor o incentivou a dar entrada nos papéis para que os dois pudessem se casar. Em 1952, eles se casaram. Os primeiros tempos do casamento foram difíceis, já que a Metro cortou seu salário devido à gravidez. Do casamento vieram dois filhos: Michael Howard Wilding (nascido em 1953) e Christopher Edward Wilding (nascido em 1955).
As diferenças não tardaram a surgir. Taylor era uma boa mãe, mas Michael não dava tanta atenção aos filhos. Enquanto ela era agitada, ele era passivo. As brigas tomaram conta da casa, que vivia repleta com os animais de estimação de Liz. Ela achava que ele era pouco homem, já que não era grosseiro com ela. Os dois ficaram juntos até 1957.
Quando o casamento esfriou, Elizabeth se envolveu com Kevin McClory, e foi através dele que ela conheceu seu chefe, Mike Todd. Mike era um produtor americano de sucesso, e logo os dois se apaixonaram. Pouco tempo depois, ambos estavam pedindo divórcio de seus pares. Mike e Liz formavam uma dupla explosiva. Ele ornamentava-a com joias, e os dois brigavam constantemente, quebrando tudo que aparecesse no caminho, para logo em seguida fazerem as pazes. Debbie Reynolds, amiga do casal, interferiu numa dessas brigas para logo receber uma reprimenda deles, por ter se intrometido. Debbie e seu marido, Eddie Fisher, eram muito próximos de Mike, e Fisher tinha uma espécie de fascinação por tudo o que dizia respeito a Todd. Imitava seus gestos e seguia tudo o que ele dissesse.
Liz ficou grávida, e em 1958 nasceu Liza Frances Todd. Foi um ano muito intenso, de viagens para divulgação do filme A Volta ao Mundo em 80 Dias , e ela esteve constantemente fora de casa. Durante uma viagem de divulgação, em que a atriz não pode ir devido a um forte resfriado, Mike sofreu um acidente fatal em seu avião particular. A atriz, que já se separara duas vezes, estava agora viúva. Eddie Fisher passou a ser seu consolo, e juntos ficavam relembrando Mike Todd, até que se envolveram amorosamente.
Após a morte de Mike Todd, Elizabeth ficou abalada, e a única pessoa que conseguia confortá-la era Eddie Fisher. Logo os dois estavam profundamente envolvidos, e em setembro de 1958 resolveram assumir a relação. Debbie, que era amiga de Liz, sabia que seu casamento não estava bem, mas não esperava que ele a traísse justamente com Elizabeth. Vários fatores levaram um ao outro, e o amor que ambos sentiam por Todd foi o principal. De viúva amada, ela passou a ser vista como uma “rouba-maridos”, e a sociedade americana repudiou a atriz, que ignorando todos, continuou seu romance com Fisher.
Em 1959, finalmente ela se casou com Eddie Fisher, que conseguiu seu divórcio, e os dois puderam oficializar o relacionamento. Só que logo ela se arrependeu. Percebeu que havia casado apenas com a sombra de Mike Todd , seu grande amor anterior. Elizabeth preferia homens que mandassem nela, e Eddie apenas a idolatrava. O casamento durou até 1964, quando ela conheceu aquele que considerou o grande amor de sua vida: Richard Burton.
Richard Burton tinha fama de Don Juan, e o romance entre ele e Elizabeth Taylor era, até certo ponto, esperado. Contratados para filmar Cleópatra em Roma, os dois logo se envolveram intensamente. Brigas, discussões calorosas, bebedeiras e jantares magníficos estavam na rotina do novo casal, que não se importava muito em esconder a paixão desenfreada.
Eddie Fisher foi comunicado da separação e partiu arrasado para a América. Não havia muito a ser feito, a não ser aceitar. Com o término das filmagens de Cleópatra , Elizabeth já estava separada, mas Richard ainda estava indeciso sobre pedir o divórcio de sua esposa, Sybil Williams, que sempre aturava suas traições e o aguardava voltar. O casal tinha duas filhas.
O casamento de Liz e Richard, desde o início, foi conturbado. Eles viajaram muito, gastaram rios de dinheiro , viviam cercados de luxo e, com isso, se isolaram das pessoas ao redor. Richard era alcoólatra, e Liz logo começou a acompanhá-lo nas bebedeiras. No início, ela sentia-se poderosa por beber altas doses de álcool sem se embriagar, mas rapidamente também ficou viciada.
Liz o acompanhava onde quer que ele fosse, para garantir a fidelidade do marido, e ele também a acompanhava em suas filmagens. Os dois formaram uma dupla dentro das telas, estrelando vários filmes juntos, a maioria sem sucesso. O ritmo frenético, o alcoolismo e os ciúmes começaram a afastá-los. Liz começou a namorar Henry Wynberg ao saber das infidelidades de Richard. Após 10 anos de casamento marcado por infidelidades de ambas as partes , eles se separaram. Porém, a separação durou apenas seis meses, e logo eles iniciaram um novo casamento, que sobreviveu por pouco mais de 10 meses. Richard já estava apaixonado novamente quando finalmente assinaram os papéis da separação, e dias depois ele se casou com Suzy Miller, em 1976.
Durante uma visita a Washington para promover um de seus filmes, a atriz conheceu o político John Warner. Totalmente diferente de Richard Burton, ele era mais calmo, mas sua vida estava focada na política. Querendo um pouco mais de sossego após anos de um romance turbulento, Taylor aceitou o pedido de casamento e logo se transformou em uma esposa de senador .
As viagens por campanhas políticas e o excesso de visitas ao eleitorado a cansaram tremendamente, e ela logo começou a entrar em depressão. Foi usada pelo marido como peça estratégica para sua eleição. As viagens eram muito cansativas, e atuar 24 horas por dia a deixou exausta. Para lidar com o estresse, ela se entregou cada vez mais à bebida e à comida, engordando muito nesse período e chegando à obesidade
Após se separar de John Warner, Liz parecia desiludida com os casamentos, no entanto começou a namorar o advogado Victor Luna. Houve uma nova aproximação, dessa vez profissional, com Richard Burton. Os dois atuaram juntos em uma peça teatral e chegaram a posar para fotos ao lado de seus novos amores. Ele com Sally Hay, e ela com Victor Luna.
O relacionamento com Luna terminou quando ele percebeu que jamais tomaria o lugar de Burton. Ao saber da morte do ex-marido, Elizabeth Taylor ficou inconsolável e entrou em um profundo período de depressão, que Luna não conseguiu suportar. Assim, o relacionamento chegou ao fim. Ela ainda namorou brevemente Dennis Stein, mas logo terminaram.
Depois de um longo período sozinha, dedicando-se aos negócios, ela sofreu uma nova crise nervosa causada pelo uso de remédios pesados e foi internada. Lá, conheceu Larry Fortensky, um caminhoneiro 20 anos mais jovem que ela. Ele também era alcoólatra e já tinha passagem pela polícia, mas nada disso impediu Elizabeth de iniciar um namoro com ele.
Logo os dois estavam indo de um lado para outro juntos, até que, em 1991, ela subiu ao altar mais uma vez, na casa de seu amigo Michael Jackson . Larry fazia companhia à atriz e insistia em manter seu trabalho original, mas o casamento chegou ao fim em 1996. Após o divórcio, Elizabeth Taylor jurou nunca mais se casar.
Fonte: livro Elizabeth Taylor, de Donald Spoto
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