No dia 19 de maio de 1962 seria dada uma festa em comemoração ao aniversário de 45 anos do então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy. A festa seria realizada no Madison Square Garden e contaria com convidados ilustres.
Peter Lawford queria trazer um presente especial: Marilyn Monroe cantando para o presidente. Ele teria conversado com ela rapidamente sobre o evento. A atriz ficara tão empolgada que resolveu implementar a surpresinha.
Procurou o estilista Jean Louis. O estilista francês que fez modelos para a Duquesa de Windsor e é o famoso criador daquele preto básico usado por Rita Hayworth em Gilda enquanto faz um striptease. Sabendo disso, a loura pediu um vestido único e inesquecível. E assim foi fornecido. O modelo que custou cinco mil dólares era tão justo que teve que ser costurado diretamente sobre a pele da atriz. Confeccionado com 2500 cristais, limitava profundamente o andar de Marilyn, que aparentemente demonstrava não ligar.
Mas quando Peter Lawford anunciou sua presença, todas as luzes voltaram-se para ela. Marilyn conseguiu a atenção que queria, embora tenha sido quase que imediatamente demitida do filme que estava gravando. Surgia o Happy Birthday mais famoso da história:
Recentemente o vestido foi vendido em um leilão por US $ 4,8 milhões.
Os boatos sobre o relacionamento entre Marilyn e Kennedy explodiram após o presidente declarar que “podia se aposentar da política após ter tido um feliz aniversário cantado de uma maneira tão doce e saudável”.
A realidade, porém, parecia ser um pouco menos romântica. Segundo Miss Copeland, irmã mais nova de Arthur Miller, a maneira sensual como Marilyn cantou surgiu porque a atriz estava atrasada, e teve que correr para chegar ao palco.
* Publicado originalmente em 2005.