Alice (1988) | Obra Prima de Jan Švankmajer

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Jan Švankmajer é conhecido por seu perfil multifacetado e vasta utilização da técnica stop-motion em seus filmes. O tcheco, que ainda está na ativa, acabou influenciando outros cineastas como Tim Burton e Terry Gilliam. Como muitos, iniciou sua jornada ainda nos teatros, quando desenvolveu uma paixão pela técnica. Entrou para um grupo de surrealistas, onde conheceu sua esposa Eva Svankmajerová, uma pintora. Ela se tornou a partir de então sua grande colaboradora na vida e na arte. Desde cedo, o diretor sonhava em adaptar grandes obras de Lewis Carroll, Edgar Allan Poe e Marquês de Sade. Após o lançamento de alguns curtas, ele surgiu com aquela que acabou se tornando sua grande obra prima: Alice.

Jan Švankmajer é conhecido por seu perfil multifacetado e utilização do surrealismo em seus filmes, tendo influenciado outros cineastas como Tim Burton e Terry Gilliam. O diretor que fez parte de um grupo surrealista, iniciou sua carreira no teatro e acabou se especializando em animações stop-motion, trabalhando em muitas obras ao lado de sua esposa Eva Svankmajerová, uma pintora surrealista. O diretor sonhava em adaptar para as telas uma versão surrealista de grandes clássicos da literatura, desde Lewis Carroll até Edgar Allan Poe e Marquês de Sade.

Anteriormente publiquei uma matéria falando sobre as várias versões de Alice no País das Maravilhas. O livro se tornou a obra mais conhecida de Lewis Carroll e foi publicada em 1865. Conta a história de uma menina que cai numa toca de coelho e acaba sendo transportada para um lugar fantástico. Desde então tem inspirado inúmeras versões no cinema. Segundo o site IMDB, até o momento mais de 100 títulos baseados na obra já foram lançados, entre filmes, séries e jogos.

Uma das versões mais conhecidas deste livro é a de Tim Burton, amada e criticada em igual paixão. Pois se você amou essa versão, precisa conhecer de perto a de Jan, um filme que une o stop-motion com imagens de ação. Nada mais de acordo com o universo maluco do Carroll, que com certeza aprovaria a versão. Mas não se engane. A versão dificilmente agradará os pequenos, já que é uma versão voltada mais para o público adulto pelo seu tom sombrio. Não há trilha sonora, e é narrado pela pequena Kristýna Kohoutová, atriz mirim que não seguiu carreira artística, mas que ficou marcada por sua interpretação.

Alice é intrigante, sombrio e traz algumas das histórias contidas em dois livros: Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro lado do Espelho. Alice, tal qual no livro, é uma criança solitária, que narra suas histórias e vê seu mundo particular se transformar em uma grande magia. Em seu mundo infantil lagartas são feitas de meias e todo tipo de material pode se transformar em algum brinquedo.

O filme, depois de décadas de espera, acaba de chegar ao Brasil em uma edição remasterizada lançada pela Obras Primas do Cinema. A edição está repleta de extras. O maior destaque são alguns curta metragens inspirados também no livro de Carroll: Alice in Label Land (1974), “Stille Nacht II: Are We Still Married?” (1992); “Stille Nacht IV: Cant Go Wrong Without You” (1993) e Elsie and the Brown Bunny (1921).

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