Dean Martin é Larry Todd, um charmoso cantor de nightclub que fascina a todas as mulheres. Mas ele tem uma preferida, a dançarina Rosie (Dorothy Malone). O que o cantor não sabe é que Rosie é a namorada de um perigoso gângster que além de tudo é muito ciumento. Quando ele sabe disso, tenta escapar com seu amigo e companheiro de show, Myron (Jerry Lewis).
Claro que as coisas não são fáceis, e se complicam ainda mais quando Larry pensa que matou acidentalmente um dos comparsas do mafioso e tentando escapar acaba no quarto de uma bela moça. Mary Caroll (Lizabeth Scott) é uma milionária que está de viagem marcada para Cuba.
Ela acaba se apaixonando pelo músico e o ajuda em sua fuga, levando-o em sua viagem. Ao chegar em Cuba ele e Myron descobrem que acabaram entrando em outra enrascada, já que a mansão de Mary é assombrada!
Neste trabalho, Jerry Lewis e Dean Martin repetem basicamente a mesma receita que aplicariam em outros filmes: A mistura de números já conhecidos de seu espetáculo na Broadway. O bonitão (Martin) sempre acompanhado de mulheres e o bobalhado irmão/primo/melhor amigo (Lewis) que tem um bom coração embora seja infantilizado, e mulheres bonitas que rodeiam a dupla.
E a chegada da loura furacão que irá balançar a estrutura da dupla, e o coração do bonitão, que, afinal, é um grande romântico. Eventualmente o amigo infantilizado também encontra sua alma gêmea, mas não foi dessa vez neste filme.
Não há muito o que comentar com relação a isto: era uma fórmula que vinha dando certo e funcionaria perfeitamente nos filmes seguintes da dupla, que vivia seu auge naquele período. Eles trabalhavam em um nicho específico e o público gostava do resultado, embora os críticos em geral torcessem o nariz para a dupla.
A comédia dirigida por George Marshall também é marcada por ser o último filme que teve a participação de Carmen Miranda. Ela faz uma pequena participação como Carmelita Castilha, uma cantora alegre e sem nacionalidade específica, embora o seu nome aponte para as já usuais confusões que os americanos faziam entre Brasil e demais países. Sua personagem aparece esporadicamente, sempre feliz e puxa os números musicais no navio que leva os rapazes para Cuba. Ela também empresta suas roupas para que Jerry brilhe vestido de Carmen Miranda.
Com relação à pequena participação da luso brasileira, alguns pontos a serem tocados. É realmente uma pena que um talento como aquele fosse tão mal aproveitado, não só neste mas em outros filmes que ela fez na terra de Tio Sam. Quando embarcou para os EUA, cheia de esperanças e bom humor, ela talvez pensasse que teria uma chance real, mas o que observamos em sua carreira fílmica é um mal aproveitamento de uma artista tão completa.
Outro fato a observar-se é que ela, aos 44 anos, ainda brilhava, mas não conseguia acompanhar os passos rápidos do jovem Jerry Lewis. s shows continuavam sendo sua maior fonte de renda, porém, e ela passaria seus dois últimos anos de vida trabalhando e tentando controlar seu vício em remédios. Mas se o corpo já não obedecia ao comando e precisava de uma carga de energia que só os remédios naquela altura podiam dar, a luz dela ainda permanecia mágica.
Há relatos de que algumas das cenas da cantora foram cortados à pedido do próprio Jerry Lewis, mas não encontramos informações que comprovassem isso. O ator e comediante teria problemas posteriores com relação a isso, já que a própria dupla com Dean Martin acabaria por o cantor se sentir preterido em cena.
Vale lembrar que Scaref Stiff é uma refilmagem de O Castelo Sinistro (1940), que trazia Bob Hope, Paulette Goddard e Richard Carlson nos papéis principais e foi dirigido também por George Marshall.
Morrendo de Medo cumpre o quesito diversão e se tornou um sucesso entre o público já cativo da dupla. O filme está sendo lançado em DVD pela Classicline. O DVD traz a versão legendada e dublada. Clique na imagem abaixo para adquirir: