A Última Canção (1957)

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Dirigida por Juan de Ordunã, A Última Canção (El Último Cuplé, 1957) tem edição lançada em dvd no Brasil.

Em A Última Canção ela é Maria Luján, uma mulher que se tornou uma das maiores cantoras da Espanha e viajou o mundo. Mas agora ela está esquecida. A visita de seu ex empresário e amante Juan Contreras (Armando Calvo), a fará relembrar os bons tempos, quando arrastava multidões para seus shows. No auge do sucesso, surge um grande amor através de um homem mais jovem. Pepe Molina (Enrique Vera) sonha em se tornar toureiro, mas não sabe amar, dividindo sua atenção entre Luján e sua noiva.  Um grande golpe do destino fará com que a cantora entre em depressão e fuja para a França, caindo em total esquecimento.

O filme é um veículo para mostrar toda a potência musical de Sara, e peca talvez peque pelo excesso de músicas. Mas para os fãs, é uma ótima oportunidade de ouvi-la cantando “Fumando espero” e “El Relicario”, músicas que se tornaram grandes sucessos.  El Último Cuple lhe rendeu também um convite para estrelar Renegando Meu Sangue (1957). Neste último, trabalhou ao lado de Marlon Brando, e resistiu às investidas do ator. Bem, mais tarde ela reconheceu que se arrependeu de não ter aproveitado o momento…

 Apesar de aparentar luxo, a produção não teve muitos investimentos, e alguns cenários e enfeites foram feitos de papel. Além disso a censura pegou pesado na personagem que faria sua mãe, ao acha-la bastante atrevida ao chantagear a filha e incentiva-la a seguir outros homens. A solução encontrada foi mudar o parentesco da mesma, apresentando-a como uma “tia”. Houve também um processo do Grão-Duque Vladymir da Rússia, que exigiu que o personagem que trazia seu nome, um homem bêbado e abusivo, fosse suprimido. Como resultado, os produtores pagaram uma grande multa e deixaram o personagem apenas com o título de “grão-duque”.
O verdadeiro nome dela era Maria Antonia Alejandra Abad Fernández. Quando decidiu se tornar uma artista, homenageou sua avó Sara, assumindo seu nome, e a sua cidade, Montiel. Quando estrelou El Último Cuplé, ela vinha de um período de trabalhos na América. Tinha realizado Veracruz (1954) e Serenade (1956). A proposta inicial era que ela apenas dublasse suas canções, mas com uma cantora como Sarita, quem se arriscaria a colocar outra no lugar? Economia e sensatez fez com que os produtores resolvessem investir em seu canto, e o resultado foi espetacular. O filme fez enorme sucesso e a atriz emprestaria sua sensualidade e voz a outros trabalhos como  Meu Último Tango (1960), Pecado de Amor (1961) e La Violetera (1958), todos disponíveis em dvd no Brasil.
A Última Canção é o lançamento da Classicline e pode ser encontrado em qualquer loja do ramo. Você pode encontrar online também na livraria Saraiva. Clique na imagem para ser redirecionado.

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