Sem dúvidas é difícil escolher os melhores filmes de determinado de Bette Davis sabendo que ela atuou em mais de 123 filmes ao longo da carreira. Mas é de consenso geral que nem todos os filmes em que ela apareceu são de qualidade, não por causa dela, mas pelos fracos roteiros. A própria atriz entrou em choque com os estúdios para que eles lhe dessem roteiros mais consistentes e conseguiu. Considerada uma das maiores atrizes do mundo, trabalhou até a velhice, fechando o ciclo com As Baleias de Agosto. Ainda faria uma outra participação no televisivo A Madrasta, mas sem grande sucesso. Fizemos uma seleção de alguns de seus melhores filmes para quem quiser começar a ver a filmografia dessa querida atriz:
A Carta (1940): Leslie Crosbie (Bette Davis), a esposa do comerciante Robert Crosbie (Herbert Marshall), mata um homem e alega legítima defesa, mas omite que eles eram amantes. É quando a viúva procura o advogado da assassina, chantageando-a com uma carta. Esse foi indicado a 7 Oscars, não levou nenhum mas é sem sombra de dúvidas uma das maiores interpretações da carreira de Bette.
A Malvada (1950): Na noite de entrega do prêmio Sarah Siddons, todas as atenções se voltam para Eve Harrington (Anne Baxter). Utilizando o flashback, a vida de Eve é revelada, desde quando conheceu e foi contratada como secretária de Margo Channing (Bette Davis), uma grande estrela da Broadway, até ela mesma alcançar o estrelato. O filme mais conhecido de Bette, que atua ao lado de Anne Baxter. Marilyn Monroe faz uma pequena participação.
Baleias de Agosto (1987): As velhas irmãs Libby (Bette Davis) e Sarah (Lillian Gish) vivem juntas numa casa ampla no rochoso litoral do Maine, onde costumavam passar o verão desde a infância, sempre de olho nas baleias que aparecem em agosto. Agora Libby está cega e Sarah precisa cuidar dela. Ambas vivem de recordações da família, dos maridos e dos amigos. Último filme de Lillian Gish. O filme conta também com a participação de Henry Fonda.
O que Aconteceu a Baby Jane (1962): Bette Davis é Jane Hudson, uma artista que alcançou a fama quando menina e ficou conhecida como “Baby Jane”. Agora envelhecida e distante do público há muitos anos, vive encerrada em uma mansão com sua irmã, Blanche Hudson (Joan Crawford) desde um acidente que selou a sorte de ambas, terminou a carreira brilhante de Blanche e acelerou a decadência geral de Jane. Duelo de titãs. Os bastidores desse são um filme à parte.
O Aniversário (1968): Bette interpreta uma viúva extremamente manipuladora e hostil que usa como pretexto seu aniversário de casamento para se reunir com seus três filhos e atormentar a vida deles. Apesar de não ser um filme muito conhecido dela garante boas risadas e não tem como odiar / amar a sogra detestável que ela interpreta nesse filme.
Com a Maldade na Alma (1964): Bette é Charlotte Hollis, uma mulher que vive “presa” em casa por sofrer um trauma no passado. Quando o governo decide derrubar sua casa para construção de uma estrada ela entra em confronto com as autoridades. Com a chegada da prima Miriam (Olivia de Havilland), Charlotte se sente mais segura, até descobrir as falsas intenções dela. Um ótimo suspense que contaria com a presença de Joan Crawford, que foi cortada de última hora e substituída por Olivia.
Perigosa (1935): Bette Davis é Joyce, uma atriz alcóolatra que aos poucos está acabando com a sua vida e conta com a ajuda de Don Bellows (Franchot Tone), que tenta de tudo para que ela não deixe de brilhar nos palcos. Ocorre que Don é também apaixonado por Joyce. Tanto que está decidido a deixar a namorada para ficar com ela. Mas Joyce tem um marido rude e ciumento, que não quer assinar o divórcio. Bette ganhou o Oscar por seu papel no filme. Vale a pena conferir.
Jezebel (1938): Em 1852, em Nova Orleans, uma jovem egocêntrica da aristocracia local provoca o rompimento do seu noivado ao usar um vestido vermelho, quando as moças deviam usar branco. Apesar de seu antigo noivo se casar com outra mulher, ela continua amando-o. Ela tem a grande chance de lhe provar que realmente deixou de ser uma jovem mimada quando uma peste se abate sobre a cidade. Dizem que o filme foi uma consolação para a Bette, que teria perdido o papel principal de E o Vento Levou.
Pérfida (1941): Melodrama sobre o impacto da industrialização no sul dos EUA, narrando as atividades predatórias de uma família, os Hubbard. Bette Davis faz uma perversa de envergadura, confirmando seu talento. A partir da adaptação feita por Lillian Hellmann de sua própria peça teatral, William Wyler desdobra seu talento criando seqüências memoráveis com habilidade extraordinária.
Vitória Amarga (1939):Judith Traherne é uma jovem rica da sociedade. Um dia, seu médico Frederick Steele faz um terrível diagnóstico: ela tem um tumor no cérebro. Submetida a uma cirurgia, aparentemente ela se recupera. E também se apaixona pelo cirurgião. Mas Steele conta à sua secretária que o tumor irá reaparecer e Judith poderá morrer. Ao saber disso, ela entra em profunda depressão. Mas o médico Steele tenta de todas as formas salvar a vida da jovem.