Minha Visita à Casa e Jardins de Charles Chaplin – Parte 1

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Esse foi o trecho mais esperado de minha viagem. Um sonho acalentado por décadas e que pude finalmente realizar. Visitar a casa de Charles Chaplin na Suíça.

O Museu Chaplin World foi inaugurado em 2016 depois de anos de preparações. E o que vemos lá explica tamanho zelo na composição do espaço. O museu localiza-se na Route de Fenil 2, 1804 Corsier-sur-Vevey, Suíça. Como Vevey é uma pequena cidade, não há muita dificuldade em chegar à propriedade.

Eu boba nos jardins

Dica primordial: Se você se hospedar em qualquer hotel da região de Montreux (que inclui Vevey) terá direito ao Riviera Card. Mas o que é o Riviera card? O cartão que você recebe já na recepção dos hotéis dá direito a vários descontos em atrações, trens, passeios, museus e também oportuniza andar de graça em todos os ônibus e funiculares da região.

Ou seja, com transporte você não precisa se preocupar e ainda paga metade nas atrações. A entrada inteira do Museu Chaplin custa 25 francos, e com o Riviera Card sai por metade do valor. Deixe para comprar lá mesmo o ingresso. Clicando aqui você tem maiores informações.

Agora o passeio!

Cheguei no primeiro horário para a visita à casa onde Chaplin morou nos seus últimos 25 anos. Se você for de ônibus, pode pegar ele perto da estação de trem de Vevey. O ônibus deixa você na porta do local, e a parada chama-se Chaplin. Não tem como errar. A casa apresenta-se imponente logo à nossa frente. E, meu Deus, é tudo o que eu achava ser.

Os Jardins da casa de Chaplin

Na lojinha de souvenirs, apresentei o Riviera Card e comprei  o ticket de entrada na casa. No dia em que fui não havia muitos visitantes, pois era dia de semana. A indicação é para que comece a visita na seguinte ordem: Estúdio, Casa e jardins. Subvertendo a ordem dos acontecimentos, não resisti e fui primeiro para os jardins. Não me arrependi, pois até aquele momento não haviam muitas pessoas nele.

Os jardins de Chaplin são imensos, bem arborizados e dá para ver porque Chaplin escolheu aquele cantinho: da varanda de sua casa pode-se ver as montanhas e relevos da Suiça. O silêncio do local é apenas quebrado pelos sons de pássaros. Fiquei ali por muito tempo, saboreando cada pedaço. Algumas fotos:

A visão da casa
Varanda com vista para as montanhas suíças
Visão da lateral da casa
Dentro da casa há vários vídeos que mostram Chaplin e sua família nos jardins
Jardins de Chaplin
Essa mesinha de chá *.*
Em vários locais dos jardins temos placas que explicam e mostram fotos de Chaplin no local.
como não lembrar das estradas tantas vezes usadas em seus filmes?

E aí comecei a filosofar enquanto fazia vídeos e fotos. A maior parte guardarei só para mim. Pode-se dizer que os jardins me deixaram inebriada.

A Casa de Chaplin

Entrar nessa casa tinha significados bem profundos para uma fã como eu. Chaplin morou nesta casa durante 25 anos, desde que saiu dos Estados Unidos. Foi aqui que ele criou seus filhos, viveu com sua amada Oona e trabalhou em suas últimas produções. Imagina o que era para mim tocar essas paredes e imaginar esses cômodos cheios de vida?

Boneco de cera de Chaplin logo na entrada. Foto de Oona, sua esposa, ao fundo.

Após a entrada, onde há uma apresentação da vida de Chaplin desde sua chegada, podemos adentrar nos cômodos. A maior parte dos móveis do ambiente pode ser tocada, com exceção daquelas em que há um cordão de isolamento. A casa é decorada de maneira elegante e simples ao mesmo tempo.

Outra visão do escritório. Esse sofá é delicioso
Mesa no escritório de Chaplin. Ele podia ver dali os jardins.

Na casa, móveis originais que até então eu só tinha visto por fotos, coleções de cartas e documentos e fotos exclusivas.

A sala de estar. Vi algumas fotos de Chaplin e sua família aqui. Estar aqui deixou-me emocionada.
Piano na sala de estar. Observe as partituras , fotos e paredes.
Eu na lareira da sala, ao lado, o violino que ele usava.
Sala de jantar da família.
Busto de Chaplin feito pela artista Clare Sheridan em 1921. O busto encontra-se no quarto de Chaplin.
Detalhe da cama de Chaplin e Oona. Ao lado dessa cama fiquei durante muito tempo.
Cama de Charles Chaplin. Foi aqui que ele faleceu na noite de natal de 1977. A cadeira isolada com cordões. As imagens do diretor foram colocadas posteriormente na abertura do Museu.
Passaporte de Chaplin. Cor dos cabelos: brancos!
Nesta sala de projeção são passados vários vídeos caseiros de Chaplin e Oona com os filhos. Há uma cadeira do lado deles onde eu me sentei para assistir junto com o casal.
Certidão de casamento de Chaplin e Oona
Eu com o “rei”.
Reprodução de uma cena de Um Rei em Nova York (1957)
Neste cômodo em homenagem a Albert Einstein temos um falso espelho.

Esta matéria continua com o passeio ao Estúdio e ao túmulo de Charles Chaplin, que será publicada posteriormente.

 

 

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