Inside Daisy Clover (À Procura do Destino): O Filme de 1965 que Explorou Fama e Solidão
Inside Daisy Clover (À Procura do Destino, 1965) retrata os bastidores da indústria do entretenimento com emoção e profundidade. Saiba mais sobre sua narrativa impactante e legado cultural.

Dirigido por Robert Mulligan, À Procura do Destino (Inside Daisy Clover) é um filme que coleciona admiradores e é detestado por outros cinéfilos, dividindo opiniões. A história ambientada nos anos trinta traz uma adolescente pobre que sonha em se tornar uma grande estrela. Daisy vive com sua mãe, uma excêntrica figura que passa seus dias jogando cartas em seu trailer em uma comunidade à beira mar.
Quando há comparações neste sentido, lembramo-nos de curioso caso ocorrido com a icônica atriz Sarah Bernhardt. Já em idade avançada, a atriz interpretou no teatro uma adolescente de 15 anos. Mas sua interpretação foi tão marcante que todos se convenceram que ela era realmente uma jovem púbere. Mas o fato é que, excetuando-se essa pequena licença poética, Natalie foi bem elogiada pela crítica, embora o público não tenha ido conferir nos cinemas.
O final também fica bem aquém do apresentado no romance original de Gavin Lambert. No livro muitas coisas acontecem com Daisy, ela engravida, muda-se para Nova York e inicia carreira como cantora.Esse foi um dos primeiros papéis de destaque de Robert Redford, um ator promissor que era destaque na Broadway. Sua indicação veio após Wood presenciar uma de suas performances no teatro.
A química entre os dois acabou dando tão certo que eles repetiram a dose no ano seguinte, no filme This Property Is Condemned. Wade Lewis seria um bom papel mas Redford ficou muito incomodado por ele ser homossexual, e interferiu no roteiro para que o personagem se tornasse bissexual. Para desespero dele, após as filmagens uma nova linha de texto foi inserida e as cenas não deixaram dúvida sobre a sexualidade de Wade.
Finalmente, Ruth Gordon. Uma das queridinhas do público cinéfilo, a atriz nunca protagonizou um filme, mas é daquelas que estão sempre presentes em grandes produções. Com sua participação neste filme foi indicada pela quarta vez, mas só iria ganhar a estatueta em 1969 por O Bebê de Rosemary.
Natalie queria muito cantar as músicas, mas o roteiro fala sobre uma jovem que se destaca através de sua voz, e a da atriz era mediana para o papel. Os produtores decidiram então contratar Jackie Ward para os vocais.
Com um figurino maravilhoso desenhado por Bill Thomas, o único porém acaba sendo a peruca utilizada pela personagem que por muitos motivos não lhe cai bem. Tirando esses pequeníssimos detalhes, ainda é possível admirar este que apesar de não ser excepcional, se torna um bom passatempo. Tem bons momentos, mas há horas que o roteiro carece de um pouco da magia da época retratada. Um dos pontos altos do filme, que não pode ser considerado apenas um musical, é justamente durante o número “The Circus is a Wacky World”.