30 de abril de 2025

Vida e Paixão de Jesus Cristo (1903): Análise do Primeiro Filme Sobre a Vida de Cristo

Vida e Paixão de Jesus Cristo (1903) é um marco do cinema mudo que retratou pela primeira vez a história bíblica de Cristo. Descubra sua importância histórica e impacto cultural.

Vida e Paixão de Jesus Cristo (1903)

Os amantes do cinema clássico, sobretudo dos filmes mudos, ficarão felizes com conferir esse que foi um dos primeiros longas a retratarem a história de Jesus Cristo. Produzido pela Pathé Frères, “Vida e Paixão de Jesus Cristo” tinha inicialmente dezoito quadros, que posteriormente foram ampliados para trinta e dois. Com subtítulos que dividem a história em capítulos (Anunciação, natividade…), o longa é bastante didático e traz algumas curiosidades.

Alguns historiadores relutam em considera-lo um longa justamente pela subdivisão em capítulos, mas o fato é que na época em que foi lançado, 44 minutos era um feito para um filme. Dirigido por Lucien Nonguet e Ferdinand Zecca, sua estréia ocorreu em 1903, chegando à América no ano seguinte. Era um daqueles filmes que passavam anualmente durante o período de páscoa em muitos cinemas.
Além de tudo o filme traz algumas peculiaridades. Ele foi colorido na época com um processo Pathéchrome, patenteado por Pathè e que consistia em colorir as imagens em movimento com uma base de estêncil. Basicamente ele era realizado em preto e branco e pintado sobre uma base nas cores escolhidas.
Louis B. Mayer chegou a dizer que era um dos filmes que o influenciou a entrar para o ramo do cinema. Mas o fato é que ele, apesar da fama, chegou a ser considerado um filme perdido durante muitos anos. Finalmente em 1932 uma cópia foi encontrada. Desta, foi reimpressa, desta vez em tons vermelho-matizado. A trilha sonora utilizada nesta versão foi assinada por James C. Bradford.

 Desaparecido por duas décadas, quando foi julgado perdido, foi relançado em 1932 após uma cópia ser encontrada. No entanto, o filme foi impresso em papel vermelho-matizado, trazendo uma trilha sonora de James C. Bradford, que também fez trilhas para filmes conhecidos como O Filho do Shiek (1926) e General (1926), de Buster Keaton. “Vida e Paixão de Jesus Cristo”  teve imagens influenciadas pelas gravuras do ilustrador Gustave Doré:

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